O Fantasma da Ópera

Uma alma anda nos bastidores,

Pelas óperas de concertos seculares.

Disposto a manifestar pavores,

Todos esses assentos e seus lugares!

Rosto coberto pela máscara,

Oculta a deformação deste seu rosto,

A morte sua fórmula báscara,

De ódio movido pelo eterno desgosto

Escondido por detrás da cortina

Ouve os aplausos da platéia presente,

O acidente é apenas uma má sina

Do descuido causado por um acidente

As desgraças estão acontecendo

Sob o esplendor da sua sádica autoria

Um por um os atores morrendo

Por culpa desta homicida melancolia!

Anos atrás deveria ter morrido,

No fogo que consumiu o teatro inteiro

Mas por sorte escapou ferido,

Retornando pela ira contra o dinheiro!

Seu vulto se projeta tão esguio

Entre as luzes que perambulam pálidas

A vida de nós estará por um fio

Entre as mãos ágeis e assim esquálidas!

Toda a multidão está pasma,

Avistando o intruso com riso estrondoso

Na escuridão era o fantasma,

Que causou a platéia o pavor criminoso!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 02/01/2013
Código do texto: T4064310
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