O Fantasma da Ópera
Uma alma anda nos bastidores,
Pelas óperas de concertos seculares.
Disposto a manifestar pavores,
Todos esses assentos e seus lugares!
Rosto coberto pela máscara,
Oculta a deformação deste seu rosto,
A morte sua fórmula báscara,
De ódio movido pelo eterno desgosto
Escondido por detrás da cortina
Ouve os aplausos da platéia presente,
O acidente é apenas uma má sina
Do descuido causado por um acidente
As desgraças estão acontecendo
Sob o esplendor da sua sádica autoria
Um por um os atores morrendo
Por culpa desta homicida melancolia!
Anos atrás deveria ter morrido,
No fogo que consumiu o teatro inteiro
Mas por sorte escapou ferido,
Retornando pela ira contra o dinheiro!
Seu vulto se projeta tão esguio
Entre as luzes que perambulam pálidas
A vida de nós estará por um fio
Entre as mãos ágeis e assim esquálidas!
Toda a multidão está pasma,
Avistando o intruso com riso estrondoso
Na escuridão era o fantasma,
Que causou a platéia o pavor criminoso!