O HOSPÍCIO FANTASMA - PRIMEIRA PARTE

Anos se passaram após aquele incêndio que acabou com tudo e com todos no prédio, pondo fim a vida de todos. Após muito anos do ocorrido o Prefeito resolveu demolir o restante da estrutura daquele Hospital. Reergueu em seu lugar um Hospício, para atender a população local.

Dr. Paulo, um psiquiatra de renome veio de uma cidade grande para assumir a Direção do Hospício.

Não demorou muito e o Hospício foi inaugurado, Dona Joana, mãe de Amanda a levou ao Hospício para uma consulta, o que resultou em sua internação. A mesma apresentava vestígios de insanidade mental, não podia ficar solta pelas ruas.

Naquele dia Dona Joana deixou sua filha internada e retornou para casa mais calma, por ter internado sua filha, na intenção de encontrar a cura para o seu mal.

Amanda ficou agitada, sendo sedada por orientação médica. Naquela noite ela dormiu bem, por estar sedada, acordando no dia seguinte após as 15 horas. A enfermeira a alimentou, e ela se mantinha calma, por vestígios dos sedativos tomados na noite anterior.

A noite se anunciava, e para tormento de todos Amanda começou a se agitar muito, ela via muita gente circulando no Hospital, o que a atormentava. Certa hora da noite, ela gritou:

- Me deixem em paz! Saiam daqui! Não quero ir com vocês! Me soltem! Socorro! - em meios a estas palavras, as enfermeiras chegaram ao seu quarto correndo, e assustadas com o comportamento de Amanda, perguntaram;

- O que houve Amanda?

- Elas querem me levar, não deixem. - respondia, Amanda aos gritos.

- Quem quer te levar? - perguntou uma enfermeira.

- As meninas.

- Que meninas Amanda?

- As meninas queimadas.

- Aqui não há nenhuma menina, Amanda, vamos dormir novamente.

- Não! Se eu dormir elas me levam.

As enfermeiras sedaram Amanda, que voltou a dormir até de manhã.

No dia seguinte as enfermeiras relatou ao Dr. paulo o ocorrido. Ele preocupado com o quadro que apresentava Amanda, pensou em testar novos tratamentos em Amanda.

Após aquela noite Amanda acordou e ao olhar para a poltrona em frente a sua cama, deparou com um fantasma, que cinicamente sorria para ela. Amanda agitou-se e gritou:

- Vão embora! Me deixem em paz!

Neste momento Dr. Paulo entrou em seu quarto para vê-la, quando o fantasma voou pelo ar, desaparecendo em seguida. Enquanto Amanda perdeu os sentidos.

No dia da visita a mãe de Amanda chegou ao endereço para visitá-la. Se assustou quando chegou ao local do Hospício, ele não estava lá. Ela esfregou os olhos, e abriu em seguida, na esperança de ver o Hospital, mas não havia nada lá a não ser uma Creche. Ela intrigada entrou na Creche e pediu informações, e lhe informaram que aquela Creche funcionava ali há cinco anos. Aturdida a mãe de Amanda saiu pelas ruas feito louca a procura do Hospital. Correu pelas ruas desesperada, não observando que corria no meio da rua, de confronto com um ônibus, que conseguiu parar dez metros depois de atingi-la, saindo arrastando a.

A mãe de Amanda levantou-se e continuou a procurar O Hospital, andou por toda a noite, até virar em uma esquina avistou o que parecia ser o Hospital, exultante correu até lá. Pediu para ver sua filha, mas a atendente não respondeu. Então ela caminhou pelos corredores até encontrar o quarto de Amanda.

Ao chegar ao quarto de Amanda viu que ela estava dormindo serenamente, porém estava amarrada. ela sentou-se na velha poltrona e acabou adormecendo, enquanto esperava sua filha acordar.

Pela manhã Amanda acordou e ao olhar para a poltrona em frente a sua cama vê sua mãe adormecida e vários fantasmas que a sacolejavam , tentando carregá-la. Ela acordou e foi levada pelos fantasmas, desaparecendo no ar. Em sua face rolavam lágrimas de desespero. Amanda assistiu a tudo sem poder fazer nada.

Após o que presenciou, Amanda se agitou muito e logo foi medicada com calmantes. Voltou a dormir e naquela noite teve um sonho. Sonhou que estava morando em um grande casarão e quando tentava sair dali as portas e janelas se fechavam, travando. No desespero ela correu tentando fugir dali, mas não conseguia, pois um exército de fantasmas estavam a sua caça, haviam vários fantasmas que morreram ali, ou se envolveram com aquele Hospício. Ela viu o fantasma de Roberta com uma faca, tentando lhe pegar. Amanda correu e se escondeu embaixo da pia da cozinha.

De manhã a enfermeira procurou Amanda em seu quarto e não a encontrando, saiu pelo Hospital a sua procura. Todos partiram a procura de Amanda, depois de muito procurá-la, finalmente a encontraram esvaindo-se em sangue embaixo da pia da cozinha.

Amanda levantou-se e avistou sua mãe, correu ao seu encontro, e depois de um longo abraço a tomou pela mão e sumiram no ar.

A fila a porta do consultório de Dr. paulo estava grande, ele estava passando a visita em seguida desceria para atendê-los. O Eduardo andava pelos corredores inquieto, enquanto sua mãe corria atrás dele. Carla batia com a porta do consultório e Mara batia a cabeça na parede. Para quem assistia a isto via que se tratava de insanos.

Após o que pareceu uma eternidade para aqueles jovens doentes, finalmente o Dr. Paulo chegou a sua sala sem fôlego de tanta agitação e disse:

- Desculpe-me a demora. Quem é o primeiro?

A mãe de Eduardo pegando o pelo braço entrou no consultório. Eduardo insano observava tudo atentamente, girava a cabeça em 360 graus, num ato de loucura. Viu um quadro na parede com uma foto amarelada pelo tempo, o qual se parecia muito com o Dr. Paulo e seus funcionários. O seu comportamento não deixou dúvidas quanto a internação.

Em seguida Carla foi atendida, não parava sentada, estava muito agitada e tentava atacar o Dr. Paulo que imediatamente falou no interfone:

- Enfermeira mande imediatamente para minha sala dois assistentes e tragam a camisa de força. Não teve outra solução, Carla foi amarrada e levada para um quarto.

Agora era a vez da Mara, que já entrou batendo a cabeça nas paredes, o que não deixou dúvidas, e o Dr. Paulo falou:

- Dona Salete, gostaria de lhe dar outro diagnostico, mas infelizmente não será possível, sua filha está em um grau elevado de insanidade, não há dúvidas, ela precisa ser internada imediatamente.

Mara foi levada ao quarto, e sua mãe em prantos partiu para casa, se perguntando: - Por que eu tive uma filha insana? Ela não se conformava com a doença de Mara.

Os três recém internos apresentavam inquietude, o que não deixou outra solução senão dopá-los. E assim a paz e o sossego voltou ao Hospício, pelo menos naquela noite.

A dosagem de calmantes dado a Carla foi pequena, o que a fez acordar na madrugada, escura e sombria do Hospício, ao se virar na cama sentiu um friozinho na nuca e ao se virar, dá de cara com uma figura horripilante roçando em seu cangote. E num acesso de pavor gritouuuuuu, acordando a todos.

Quando a enfermeira acendeu a luz de seu quarto, Carla gritava de pânico. A enfermeira sedou a mais uma vez, o que levou a dormir. Enquanto o fantasma a observava ferozmente.

Ainda estou escrevendo...