A Bruxa
Quem é você que está parada
Olhando-me com os olhares de furor
Parada próxima da encruzilhada
Tentando me possuir com este horror
Na mão um livro de capa preta
Com algumas frases que desconheço
É você a mensageira do capeta?
Seu rosto nunca mais eu me esqueço
Em teus olhos não existe luz,
Só um esplendor de luto e desespero
Desde que neles o olhar pus
Arrepia-me até o ultimo fio de cabelo
A madrugada vem lentamente
Avança pelo nevoeiro em condensação,
Mas algo me arrasta de repente
Para junto desta temível assombração!
Quanto poder essa pessoa tem,
Apenas com poucas frases sussurradas
Esta magia é algo vinda do além,
Energia das almas mortas encarceradas!
Um círculo parece me arrastar,
Para um redemoinho que me puxa,
Não consigo sequer respirar
Maligna praga proferida pela bruxa!