Assombrações V

Amália foi encontrada nua, desacordada no corredor da ala dos dormitórios. Alguns amigos, deduziram que estava bêbada, e, foi um momento de falta de lucidez.

- Ei, Amália, acorda, o que há, criatura?

Dizia Vivi, acordando-a com tapinhas no seu rosto.

Era mais de quatro horas da manhã. estava Vivi e sua namorada Manuela, mais um amigo, Diogo - dançarino profissional e fazia doutorado na Escola de Dança e Música.

- Ela estaá bêbada, ou passou mal? Cuidem dela, pois, eu vou dormir.

Indagava Diogo, revirava os olhos, demonstrando aborrecimento com a situação, pois, estava cansado. A noitada foi regada a muita bebida e a muitas gramas de pó.

- Oh, meu Deus, o que faço aqui, nua? O que está se passando?

- Não sabemos, queridinha. Chegamos da noitada, agora, e você estava desacordade, e nuazinha como veio ao mundo.

- A porta do quarto dela está fechado. Onde estão as chaves?

- No banheiro...eu sai de la correndo. A assombração, ela surgiu e ficou me assustando, chamava pelo meu nome. Eu saí desesperada para ca, quando ela veio atras de mim. Chamava o meu nome...

Todos se olharam. Alguns deram risada, de canto de boca. Colocaram-na coberta por um sobre-tudo de uma das amigas. Vivi foi buscar a chave no banheiro. Sem demora, retorna com a toalha e as chaves.

-Não vi nada, está tudo escuro e silencioso. Nunca vi essa tal de assombração, então fica você e mais dois tontos com essa história.

Amália não quis ficar sozinha no quarto. Vivi ficou junto com ela na cama. Adormeceram quando o sol surgia no horizonte, após uma breve troca de palavras. " Ela era morena, a pele parecia estar carcomida em algumas partes do corpo, como se estivesse queimada. Os cabelos em desalinho. Vestia uma roupa branca, acho..."

Disse para a amiga.

"Todos dizem a mesma coisa, a descrição é bem semelhante. Ou mentem, tirando proveito das informações recebidas, ou falam a verdade." Raciocinava Vivi, demonstrando os primeiros momentos de crença e tensão.

-Oi...

Disse Gustavo. Amália repousava na sua cama. estava acordada. Eleno veio logo atrás.

- Você está bem?

Perguntou Eleno, estavam abatidos. Sabiam o que era ter passsado pelos momento em que Amália havia sofrido - um encontro com o sobrenatural. Chorando, falou:

- Ela veio na minha direção. Vocês sabem o que é ver uma assombração? Real, ali ao vivo e ás cores na escuridão de um corredor vindo na sua direação e chamando pelo seu nome?

- Aconteceu comigo, Amália.

- E comigo.

Disseram os dois.

- Mas, não acham estranho que entre mais de vinte alunos, somos os únicos pertubados por essa assombração?

- Amália é pertubada pelo fantasma da mulher.

- Eu sou por um fantasma de um jovem como eu, e parece ser homossexual, sei la, ele tem a voz fina, é bem afeminado. Chama pelo meu nome..

- O que me pertuba é jovem, um rapaz mais ou menos de minha idade, também. Estou decidido, vou embora. Não suporto mais isso...

- Eu vou embora, mas vai ser muito triste para mim. Eu queria tanto fazer carreira no teatro, e aqui é a melhor escola de teatro da Bahia. Gostaria de morar fora daqui, mas a grana é curta.

- Não vamos nos render. São fantasmas, o máximo que podem fazer é nos assustar, nada além. Poderemos ficar juntos. Dividir o mesmo quarto, ficarmos juntos até mesmo na hora de se ir ao banheiro.

Os amigos foram aos seus quartos, trouxeram os colchões. Com aperto, dormiriam juntos. Os quartos do casarão antigo eram amplos e arejados, com grandes janelões. Uma parede em arco se estendia para o jardim-podia ser vista por uma das janelas. A vegetação era farta. UM breu amedrontador ali se posicionava durante a noite. Amália costumava ficar na janela olhando para o lugar, e se recordava dos momentos de tensão que havia passado. O que mais aconteceria, agora que estavam juntos ?-indagava-se.

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 27/11/2012
Reeditado em 27/11/2012
Código do texto: T4008480
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