Nas Sombras O Vampiro
Nas sombras se emergindo,
Por detrás das árvores enegrecidas,
Um vulto maligno me seguindo
Este usurpador das lendas esquecidas
Seus caninos brilham na brancura
Da sua pupila dilatada de vermelhidão,
Ao bafejo pestilento da sepultura
Desperto veio nos trazer sua maldição
Aquela pele pálida e friorenta,
O olhar aterrador que me amedronta
Sem vida esta face tão macilenta
Com a condenação eterna me afronta!
Nem a reza e meu incrível esforço
Livraram-me de quando os olhos eu pus,
Dele se avançando ao meu pescoço
Então eu percebi um raiar de tímida luz!
Pensei em escapar da perseguição
Daquele monstro que a face me langue,
Mas a minha verdadeira maldição!
Era vê-lo extasiado pelo meu sangue!
Parei defronte uma encruzilhada,
Pensando que este pensamento tolo
Fosse toda a ilusão amortalhada
Mas eis que o monstro surgiu do lodo!
Uma fisgada pela jugular eu sentia
Debatendo-me loucamente transpiro,
O sangue daqueles furos escorria,
Pelos dentes afiados de um vampiro!