Nas Sombras O Vampiro

Nas sombras se emergindo,

Por detrás das árvores enegrecidas,

Um vulto maligno me seguindo

Este usurpador das lendas esquecidas

Seus caninos brilham na brancura

Da sua pupila dilatada de vermelhidão,

Ao bafejo pestilento da sepultura

Desperto veio nos trazer sua maldição

Aquela pele pálida e friorenta,

O olhar aterrador que me amedronta

Sem vida esta face tão macilenta

Com a condenação eterna me afronta!

Nem a reza e meu incrível esforço

Livraram-me de quando os olhos eu pus,

Dele se avançando ao meu pescoço

Então eu percebi um raiar de tímida luz!

Pensei em escapar da perseguição

Daquele monstro que a face me langue,

Mas a minha verdadeira maldição!

Era vê-lo extasiado pelo meu sangue!

Parei defronte uma encruzilhada,

Pensando que este pensamento tolo

Fosse toda a ilusão amortalhada

Mas eis que o monstro surgiu do lodo!

Uma fisgada pela jugular eu sentia

Debatendo-me loucamente transpiro,

O sangue daqueles furos escorria,

Pelos dentes afiados de um vampiro!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 24/11/2012
Código do texto: T4002934
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