O Ataque da Succubus

Nota: "Succubus tem varias denominações em varias culturas, há referências desde os primórdios das civilizações humanas, passando pela idade média. A versão mais popular no ocidente descreve a Succubus representada por uma mulher-demônio/vampira que invade os sonhos dos homens, mantêm relações sexuais, drenam sêmen e sua força vital..."

Uma névoa fina se dissipou e revelou um caminho por entre árvores altas, o sol passava com dificuldade por entre os galhos, chuva de pétalas de flores brancas caia suavemente.

Dario continuou andando até avistar uma construção, semelhante a um templo, um véu vermelho-rubro protegia a entrada. Entrou no recinto e viu pedaços de carne sangrando pendurados por ganchos no teto e desciam ate perto de sua cabeça. Mais ao centro da sala onde estava, uma banheira de pedra negra, com muitas pétalas de rosas vermelhas ao redor, uma mulher se encontrava lá dentro.

Ela convidou-o para entrar com gestos delicados com as mãos, Dario se aproximou e foi recebido com um beijo em sua boca que durou um bom tempo, já estava ficando excitado quando a estranha mulher submergiu desaparecendo nas águas da banheira. A água verteu-se em sangue e dois braços fortes com uma textura parecida com pele de cobra, o agarraram quando ele fazia menção de ir embora, pareciam duas garras o sufocando...

Dario acordou suando frio, as batidas do coração eram bem audíveis, um pesadelo, era isso... era só isso, pensava ele. Levantou-se, já estava atrasado para o trabalho, tomou um café sem o esquentar e ganhou a rua pensando no que tinha sonhado, cansaço, muito cansaço sentia nos últimos dias. As horas do dia se arrastavam e atividades simples que costumava desempenhar sem problemas no seu emprego, por esse dias haviam se tornado um suplício.

Resolveu consultar um médico pra saber se estava tudo bem com sua saúde, o resultado dos exames o frustrou um pouco. Estava normal seu exame de sangue como todo o resto. Então qual era a causa?... perguntava-se. Os dias iam passando e a fadiga sem explicação continuava e os pesadelos se tornaram frequentes.

Sexta, 4 da tarde, teria ao menos dois dias de descanso e um pouco mais de tempo pra pensar em sua condição. 11 da noite, já com os olhos vacilando, resolveu deitar e dormir. A mesma mulher surgiu em seu sonho, lindíssima em um vestido vermelho esvoaçante, grandes olhos castanhos claros, pele branca, lábios carnudos. Um misto de medo e desejo embaralhava sua mente, turvando sua razão.

Como magia, se sentia atraído pela estranha, compelido a fazer tudo o que ela pedia. Ela em cima dele... "Ahhhh! Isso é tão bom...!!!" Pensava Dario. Mas se sentia cada vez mais fraco, parecia que sua alma estava indo embora, seus braços já perdiam a força, agora realmente sentia que sua vida estava sendo sugada!

—Não... saia daqui... não quero...!!!

Balbuciava essas palavras ainda num estado meio dormindo e meio acordado, cada vez mais fraco, assim como se estivesse perdendo muito sangue, seus braços ficaram frios e arrepios seguidos de espasmos o deixaram desesperado. Com esforço conseguiu abrir parcialmente os olhos, viu tudo escuro, como costumava dormir, quando conseguiu ficar com o rosto virado para o teto enxergou olhos vermelhos, ferozes, focados em cima dele. Quis levantar-se, mas mãos potentes o impediram segurando-o pela garganta, assim o impedindo de gritar.

Naquele estado, sem poder se mexer ou gritar, agonizando, ainda ouviu a criatura dizer com sua voz rancorosa aos seus ouvidos:

— A morte sorriu pra ti hoje!...

Na manhã seguinte, sua mãe foi até seu quarto:

— Dario... já são 10:30! Não vai levantar?...

Como não ouviu resposta ela girou a maçaneta, a porta estava destrancada, entrou.

— AHHHHHHHHHHH!!!!!!

Seu filho querido estava na cama com os olhos e boca abertos, aterrorizados, pálido como uma folha de papel, com o corpo todo retorcido. Desmaiou ao ver a cena, pouco depois seu pai, atraído pelo grito da esposa, também o viu daquele jeito. Seu filho estava morto.