O Psicopa - Os Suspeitos

-A diretoria em peso soube da minha infiltração na empresa, como a funcionária Manuela,um nome de mulher bonito,escolhi. Estava sempre bonita,charmosa, torrei o meu dinheiro todo em roupas e sapatos e ele não atacou. Graças a Deus, imagina se me pega na covardia.

Disse Larissa, a investigadora, e modelo para o delegado dr. Edgar.

- Eu sempre segui o meu faro policial, sempre pensei que o assassino, apesar de agir por toda a cidade, tinha como preferência a área do Comércio, da Calçada até o Campo Grande. Sempre uma idéia me martelava na cabeça, ou ele mora por ali, ou trabalha por ali, os ambas as opções, mora e trabalha na área, por onde comete os crimes.

- Mas, se assim for, será fácil pegá-lo.

Observou a investigadora.

- Ele sabe como agir, esse é o x da questão. Estou sendo pressionado pelo Secretário de Segurança Pública. Para não falar da imprensa. A campanha se aproximando para vereador, ja tinha até escolhido o meu slogan de campanha: Para Vereador Delegado Edgar, Este Resolve."

- Chefinho estou fazendo artes marciais e frequento o Clube do Tiro, duas vezes por semana. Estou lutando capoeira, la no Museu da Capoeira no antigo forte de Santo Antônio. Sinto-me mais segura.

O delegado nada isse, de cenho franzido revelava preocupações mil com o caso do assassino em série. Alguns jornais estavam postos na sua mesa. Traziam matérias e fotos das vítimas." Lindas, lindas, um desperdício existir um sujeito que mata tais mulheres" - dizia o delegado, em silêncio.

- Três das vítimas trabalhavam na área do Comércio, em empresa de telemarketing. No geral, essas empresas possuem quadros de funcionários com muitas mulheres jovens, bonitas, começando a vida, a maioria são estudantes universitárias, vindas do interior.

Falou o delegado, enquanto folheava os jornais.

- Sim, natural, a abelha vai estar onde estão às flores.

-Isso. Tem mais a considerar, ali tem duas ou mais faculdades, repletas de mulheres, dos mais diversos biotipos. Uma coisa me intriga, por que ele se situaria naquela região? Faculdades e empresas repletas de mulheres bonitas existem por toda a cidade.

- Talvez, pelo ambiente lhe favorecer. Ruas escuras e a oferta de diversas rotas de fugas. Espere, talvez seja isso,mesmo. Ele não tem carro, e se tem preferência agir à pé. Acertei?

- Isso, mesmo, meu caro, Watson.

Enquanto discutiam o sexo dos anjos, talvez, o assassino estivesse no encalço da próxima vítima. Larisse expunha a sua lista de suspeitos. Um gerente de aparência sofrível, que era galanteador, apesar de casado. Gostava de dar em cima das mais jovens, e eram as mais lindas. Odiava ser regeitado, não aceitava, nunca um "não". Mandava embora quem não aceitasse uma noitada para uma cerveja na Cruz do Pascoal, ou perseguia de forma sistemática, trocando o horário de plantão, com a intenção de prejudicar nos horários de estudo, forçando assim o pedido de demissão. Três chefes de sessão. Um era emburrado, parecia ser homossexual enrustido, do tipo que odeia às mulheres, Paulo Silas. Não olhava nos olhos de ninguém, suas ordens eram secas, frases curtas, monossilábicas. Diogo era calado, introspectivo, casado e de difícil relacionamento. Manuel era organizado, comunicativo, elegante e bem popular com todos, principalmente, com as mulheres.

- Vejo que não vai obter sucesso nessa investigação, esses perfis, fazem parte de to-da-hu-ma-ni-da-de.

Observou dr, Edgar, rindo. E emendou assim:

- Siga o seu faro de policial, não use a razão em demasia, que vai dar com os burros n`agua.

Ele tinha razão, o psicopata é friel, inteligente, usa à razão, e sabe usá-la. Insensível, programado - sabe o que está fazendo.

- O que leva alguém à matar de forma acelerada, sem um motivo aparente, sem, sem sentido?

Perguntava a investigadora, com ares de espanto.

- O psicopata tem uma sede de sangue que não tem uma explicação lógica, minha cara. Mata por que existe em seu ser uma necessidade sem razão, sendo que neste caso, até que existe uma: odeia mulheres bonitas, taí uma questão a ser observada.

-Sei, mas muita gente, também, matou e mataram gente por ser negro, judeu,cristão, ou estrangeiro. Não se esqueça de gente como Hitler, Mussoline, Stálin, Lênnin, e até Moisés com a sua sede de sangue e poder.

-Não vamos chegar a uma conclusão plausível, procure gastar as suas energias buscando soluções - se é que existe uma, falar nisso, teria alguma idéia para o caso?

- Existe mais um forte suspeito. Você mataria mulheres, de forma cruel e irracional, caso fosse por elas recusado?

- Muitos maridos não matam suas esposas, quando estas recusam dar continuídade ao casamento, e até noivos, namorados. É possível...

- Pois, tem um sujeito que precisamos pôr alguém na cola dele. Cláudio é bem introspectivo, acompanha o pessoal para o ""hapy-our, mas não se diverte, fica ali, como se estivesse à espreita, feito um lobo cercando à lebre para o abate. É de porte físico sofrível, baixinho, magrinho, usa um horroroso óculos fundo de garrafa.

-Não sei, siga o seu faro de policial, siga o seu faro, ja te disse.

Larissa era uma mulher de porte físico invejável. Cintura fina, desenhada. os seios maravilhosos. Dois montes que apontavam para frente, convidativos ao toque e ao olhar masculino, e é, claro, feminino, era objeto de desejo 24 h por dia, o tesão era maior ao vê-la empunhar uma arma, ter um distintivo. desejada pelos homens e por algumas mulheres. O encaixe do seu quadril com a bunda e o colo era de manequim. Coxas grossas, roliças, longelíneas. Alta, elegante. O rosto de barbie, olhos ligeiramente amendoados, de olhar de loba voraz, lábios grossos e bem desenhados, os cabelos sempre bem tratados, ruiva." Uma policial linda, linda de morrer" - pensaria assim, o psicopata, caso a visse de plantão.

( continua)

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 04/11/2012
Reeditado em 09/11/2012
Código do texto: T3968173
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