O psicopa IV- A Nova Atendente

Uma ligação no banheiro, distante de todos os colegas.

- Alô, Dr. Edgar...

- OI, fale.

- Vai ser difícil a investigação. Temos um prédio com mais de 10 andares, centenas de funcionários. Nem sei a quem investigar.

- Vai pelo faro, vai pelo faro.

- Eu, por acaso sou cachorro?

O delegado desligou. A agente parecia ter entendido o recado. E, contrariando às regras de investigação. Foi até à direção da empresa, buscou a informação de quantas pessoas compunham a diretoria.

- Preciso ter uma reunião com a diretoria.

Todos acharam estranho que uma funcionária, recém-chegada, fosse capaz de tal ousadia. Vai ser difícil conseguir isso, os horários são diferentes, e as personalidades, também, caso tenha sugestões para treinamento das funcionárias, ou de metodologia de cobrança, esqueça, somos bem servidos de técnica e atuação eficiente. Eu sou o gerente administrativo do seu setor, não me entenda mal, mas quem é você para querer atravessar o meu caminho?

- Desculpe-me, mas não quero atravessar o seu caminho - tenho algo sério a resolver por aqui...

É?

É.

Respondeu ela, secamente.

- E, que tal resolver as ligações que tem que fazer hoje, e trazer dinheiro para a empresa.

Ela o arrastou eplo colarinho - estavam no corredor-,algumas atendentes observaram ao movimento inesperado daquela atendente, com espanto. O gerente foi arrastado até ao banheiro, com violência.

- Nossa, mas uma que quer subir de cargo abaixando a calcinha...

Disse uma das atendentes.

Eram em número de três, tomavam cafezinho e jogavam conversa fora, até o seu horário de trabalho.

- Eu, hein, vamos la olhar, ou quem sabe, ouvir?

-Nada, esse gerente é uma carne de pescoço - que se divirtam, vamos entrar.

O gerente saiu do banheiro vermelho, com a gravata torta, a camisa amarrotada e o seu ego ferido. Tinha uma marca de quatro dedos em um dos lados do seu rosto.

Inexplicavelmente, no dia seguinte, a atendente Manuela podia circular por todos os andares. Tinha recebido a promoção de Gerente de Área Geral.

- Estou aqui há dois anos e nunca fui promovida.

reclamou uma das atendentes, Josy. Uma morena bela, sedutora. gastava o salário mais com roupas e calçados do que com a faculdade.

- E eu, acho que vou pegá-lo pela gravata como ela fez e fazer um duradouro boquete no banheiro. Nossa, so em pensar me dá arrepios.

Longos meses se passaram.

O psicopata não atacou.

Manuela pediu demissão. Apesar de tudo, foi uma funcionária exemplar, com excelente rendimento. Mas, tinha outra profissão. Andava armada e gostava de atirar.

- Dr. Edgar, saí da empresa hoje. pedi a minha demissão.

- Seguiu o seu faro?

- Nossa, fui um animal, so. Vou lhe passar um relatório.

" As vadias, estou cansada disso aqui, caso não precisasse desse emprego ja tinha saido, mas tudo bem, eu cumpro com a palavra, sou fiel a Allah."

" Desgraça, vou pedir demissão. Todos aqui se divertem, menos eu. estou cansado de acompanhar esse grupo para o "happy-hour", e nada rolar. É todo mundo comendo todo mundo, e elas se quer me notam. Os feios so se dão bem, os que têm cargo de chefia. Por mais que me esforce, o meu chefe não me promove - bem que esta filha da puta poderia ser a próxima vítima do tal psicopata."

Algumas semanas se passaram, e nada de mais um crime acontecer. Porém, como ali existe muitas mulher linda, linda de morrer, talvez, a próxima vítima não demore a acontecer. Ou, quem sabe, em outra parte da cidade.

( Continua)

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 22/10/2012
Código do texto: T3946753
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