O Psicopa - a Próxima Vítima -parte III

Dr. Edgar, por estar desejando fazer a sua futura campanha para vereador, buscava solucionar o caso do criminoso em série que a imprensa retratou de O Psicopata. Foi ao hospital e colheu o depoimento do travesti - este estava em choque, mas fez revelações surpreendentes. Dr. Edgar era um delegado experiente, muito experimentado - contava com uma boa equipe de investigadores, então decidiu.

- Neste caso vou precisar, e muito da investigadora Larissa.

- Eu?

Larissa é modelo fotográfico, devido aos parcos ganhos em comerciais para tv, e fotos publicitárias - modelos desconhecidas não são bem remuneradas-,ou, encontram uma segunda profissão, caso não tenham os pais para sustentá-las, ou vivem caçando jogadores de futebol nos CTs.

- Cherfinho tenho medo de pegar em armas, vou ter que atirar?

Os dias se passam. O psicopata parecia esperto. Os intervalos de tempo entre um crime e outro eram longos.

- Ou, não...

Disse o delegado para os seus investigadores - tinha uma boa equipe.

-Sabemos que o maníaco nao estupra a vítima. Porém, é de crueldade censurável. Após matá-la, risca o rosto da vítima, com a intenção de deformá-lo. E, risca no corpo da mesma " LINDA DE MORRER."

Longe dali, jamille Cares trabalhava de atendente de telemarketing. Vivia pouco preocupada com a atenção do psicopata. A última vítima, o ex-colega de serviço, Marcos, mas, conhecido como Sheilla, foi atacado, por sorte, conseguiu escapar, mas terá cicatrizes para o resto da vida nas mãos e braços. Dizia, falando como uma fanática religiosa:

- Allah me protege. Vocês não sabem o que é proteção espiritual. Allah é um Deus justo, o verdadeiro. Na sala, onde trabalhava tinha as maiores beldades da cidade. Eram negras lindas, gostosas, sensuais, loiras sedutoras, estonteantes, morenas formidáveis, de corpo e rosto.

Jamille Cares, fiel à filosofia de sua religião, vivia com o corpo coberto, e o rosto sempre protegido pelo véu. Na sua ausência as colegas á chamavam de Burca - e, davam risada.

Na sexta-feira, os bares do comércio e pelourinho, que ficava próximo, tornava-se o point das atendentes. Mesmo as casadas se programavam para compartilhar daquele momento de confraternização entre os funcionários. Coisas rolavam, as atendentes cheias de álcool ficavam mais atiradas. Trocavam telefones - e, selinhos-, com os colegas de sexo oposto. Alguns gerentes casados arrumavam ali, amantes que humilhavam à beleza de suas esposas. Chefes de secção, se comportavam como se fossem importantes, e seduziam áquelas beldades. O chopp rolava, cigarrilhas, martines e todos os tipos de bebidas. O grupo fazia dodo consumo de whisky com Redbull. Os bares do pelourinho eram escolhido pela oferta do bom espaço, boa bebida e boa frequência. Costuma o grupo se reuniar à sexta-feira na Cruz do Pascoal. Alguns, empolgadas dançavam agarradinha com outras colegas, ou com pares de sexo oposto. Falavam, bebiam e comiam fartos pratos de tira-gostos. Eram assalariadas, e comicionadas de acordo com o número de cobranças que tinham sucesso. Ali, se ganhava bem - não eram a empresa como as demais do Brasil que remunera mal, um salário de fome para as atendendetes. Todos se divertiam, menos Claúdio, conhecido como Cláudio, o estranho. Apesar de acompanhar o grupo, e de beber, comer. Não dançava, até recusando o convite das lindas colegas - era de timidez doentia. O seu porte físico era sofrível. Baixinho, magrinho e de pele escura. Usava um óculos fundo de garrafa que o deixava parecer um personagem de programa de humor da tv. Mais outra pessoa não se divertia, apesar de acompanhar o grupo, Jamille Cares - censurava as colegas por consumirem bebida alcóolica, por se vestirem de forma despudorada, e por terem um estilo de vida que ofendia á "religião verdadeira", como dizia. Cláudio parecia desejar a todas, sem contudo ter a coragem de fazer uma abordagem. Pensava consigo: " nunca uma mulher dessa vai me querer, não tenho chances."

E, ali, enquanto todos se divertiam na quela sexta-feira, o delegado Edgar e a sua equipe de investigadores estavam se organizando para pegar o Psicopata. E, ali, na Cruz do Pascoal era o point da empresa de telemarketing, suas atendentes eram mulheres lindas, lindas de morerrrem. Quem seria a próxima vítima? Quando o psicopata iria atacar mais uma vez?

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 21/10/2012
Reeditado em 04/11/2012
Código do texto: T3944474
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