A Silhueta
Vejo pelo reflexo da ampulheta,
Dentro de enorme escuridão,
Uma grande e diabólica silhueta
Vindo para minha direção!
Não sei se era algo natural,
Mas dentro do escuro ela crescia
Parecendo ser algo real,
Isso aumentava toda essa agonia
Essa sombra não desaparece
Eu fiquei por minutos a observar
Aos poucos parece que cresce
Estou com medo, pronto a gritar!
Silencioso vem se aproximando
Estou paralisado, não posso andar,
A sombra espessa caminhando
Com o meu olhar fixo a observar
Deve ter entrado por esta janela
Assim foi o que observei,
Apagou o pequeno toco de vela
Como aconteceu eu não sei
Um vento frio me apunhala,
O calafrio congela-me a espinha,
A maligna presença na sala,
Vem rápido para a direção minha
Ouço uma batida de repente,
Uma figura se forma nesta silueta,
Na mão levando um tridente!
Meu Deus! Não creio... É o capeta!