“Quem tem medo de Fantasma?”
(Terror)
Amanha será o aniversario de Pedro, a galera do colégio vai viajar para o interior paulista, nesta cidadezinha tem uma casa de campo, fica próximo a um rio.
Toda vez que chove o nível da água sobe, às vezes sobe tanto que os hospedes ficam ilhados.
No ultimo verão ouve uma tragédia nesta casa, um grupo de estudante foi lá para passar um fim de semana, alguns dos alunos saíram para ir à cidade mais próxima para comprar bebida e acabou chovendo e infelizmente às estradas ficaram intransitáveis e não foi possível retornarem.
Ficou na casa um casal, Julio e Patrícia, Julio não era namorado de Patrícia, mas o cara tinha fantasias com ela, porem, a amizade que ela sentia por ele, impedia qualquer relação intima.
As horas foram passando, e o pessoal não voltava, por volta de uma hora da manhã, o telefone tocou, é um dos amigos ligando para dizer que não tem como voltar, a pretendida festa não vai rolar, Julio decide investir numa relação com Patrícia, ela luta para resistir, mas o cara ta doidão de maconha na cabeça, vai com tudo pra cima da garota, ela luta com todas as forças, e consegue fugir, mas cai no lago e pra complicar ela não sabe nadar, nem o doidão.
A garota se bate e acaba morrendo afogada, Julio percebe a doideira que fez e se desespera, ao entrar na casa vê uma corda pendurada, corda usada para amarrar redes, e se enforca.
Na manhã seguinte, quando o pessoal chega, vê o maluco pendurado roxinho e não encontram a Patrícia.
Daí em diante, todos que vão passar ferias nesta casa, dizem que é mal assombrada.
Porem, a galera do colégio se reúne, vai mais de vinte amigos, Pedro não tem idéia que o evento é para comemorar seu aniversario, metade da galera é de garotas, e pensa em barbarizar, a festa será um arraso, tudo vai rolar, sexo, bebida e muito funk.
A noite chega, a lua cheia enfeita um céu cinzento, o lago parece brilhar! Por volta de 20h00 á energia elétrica acaba.
No escuro o pessoal decide tentar uma medida paliativa para iluminar a casa, mas não da certo; uma vez que a falta de energia se dava por problemas na caixa de fusíveis.
Um dos amigos; O Pezão decide chamar o pessoal para irem à cidade mais próxima buscar ajuda para restaurar a luz na casa. E decide dividir a turma, metade para cada cidade, quem conseguir ajuda primeiro liga para os outros para se juntarem e organizar a surpresa para o amigo aniversariante.
Por isso o Pedro não poderia ir com eles, assim ficaria na casa para cuidar de tudo por ali. As horas vão avançando, Pedro começa ficar preocupado, tenta ligar para o pessoal, ninguém atende, por volta das 22h00, sente um arrepio nos braços, como se alguém tentasse tocar nele, o arrepio fica mais intenso, Pedro vai ate a janela que da vista para o lago, derrepente ele vê um vulto próximo ao lago, ele não consegue visualizar direito, ele tenta chamar; Tem alguém ai? Mais uma vez, tem alguém aiiiiiiiiii. Pedro tenta fechar a veneziana antiga, sem pintura, e percebe que esta emperrada, derrepente ele ouve um gemido de voz masculina na sala de visita que fica no andar de baixo, parece um homem pedindo perdão e em seguido ouve barulho de cordas arrastando no assoalho velho da casa, uma cadeira cai e em seguido um grito de homem que diz; Nãoaoaoaoaoao! Pedro se desespera e começa pedir para o pessoal parar de brincadeira, isso não tem graça pessoal, para com isso, ele sai pra fora e não vê ninguém, agora já é meia noite, o lago parece brilhar com o claro pálido da lua, ele tem medo de retornar ao interior da casa, decide ficar na varanda.
Mas o vulto no lago se repete, agora ele vê que é uma moça, loira, cabelos longos, ela parece se esconder e quando Pedro firma o olhar, ela entra na água, e em seguido sai do outro lado caminhando em direção a casa, Pedro tenta seguir a moça, mas ela desaparece indo em direção à porta dos fundos, Pedro corre para dentro da casa e começa fechar todas as portas, derrepente um vulto passa por de trás dele, subindo as escadas, ele fica tão assustado e começa a gritar, mas a voz sufoca na garganta. Derrepente, ele ouve barulhos na água, e vai correndo ate a janela no andar de cima e olha para o lago, uma mulher se afogando, não gritava, apenas fazia gestos com as mãos, ela o chamava desesperadamente, mas os pés de Pedro não se mexiam, ele estava paralisado, em completo transe pelo medo.
Ele, desesperado deu um impulço e começou a correr em direção a escada e começou a descer, ao chegar próximo à porta, viu a maçaneta girar, alguém tentando abrir a porta, ele pegou um pedaço de cadeira que estava por ali, o levantou, ficou a espera, quando entrar vou meter a cadeira na cabeça, vai ver só.
Olhou o relógio na parede, já passa de meia noite, derrepente; a porta se abre, é o pessoal que chega com um bolo enfeitado com velinhas, lanternas, luzes de carros com faróis acesos para iluminar a casa. Seus amigos e suas amigas com pouca roupa e muito barulho, parabéns para você, nesta data querida, muita felicidade, muitos anos de vida, Pedro diz; puta que pariu vocês querem me matar do coração? Esta casa é assombrada, eu quase morri de medo.
O pessoal começou a rir muito e festejar com Pedro. A idéia era exatamente surpreender ele.
Lá por volta das 06h00, o pessoal foi dormir, Pedro ligou para a policia e pediu para investigarem o lago, bem lá no fundo, um cadáver de mulher.
O caso foi encerrado, mas a assombração sempre vai lá a casa para agradecer seu libertador, mas as cordas que enforcaram Julio, ainda se arrastam pela madrugada a fora. Quem tem medo de Fantasma?