Tudo que você sempre quis saber sobre amizades, mas tinha medo de perguntar (Trilogia: Um estranho à minha porta)

Por Ramon Bacelar

“Cama, caminha, camão... Sono, soninho, sonão: So-não!”

Jorge bocejou de satisfação e felicidade quando, após duas semanas sem sonos nem sonhos, Lorde Morpheus bateu à porta de sua impaciente paciência e mandou sua insônia para um merecido beleléu: “Be-le-léu.”, refletiu sonolento.

Enfiou-se no cobertor como um sorridente urso polar, mas antes de cobrir a cabeça, um som vindo da sala obrigou-o a levantar. Coçou pensativamente o aeroporto de mosquito e com um brusco puxão, arrancou o fio que restava: “A essa hora?”

Tateou o escuro e parou cautelosamente ao lado da porta.

- Quem é?

<Que frio meu Deus!> - emanou uma voz do lado de fora.

-Quem está aí?

<Abre logo Jorjão! Já não basta a desfeita e agora quer me matar de frio?>

-Que? – achou conhecer a voz, mas não identificou. – O Valter foi transferido...

<Valter?! E nem lembra de mim!!>

-Quem é o autor da piada? – disse com um fio de irritabilidade.

<Se você acha que me abandonar no meio de uma, uma...> - pausou bruscamente - <...não, não, minhas emoções podem estar à flor... Quer dizer, quero dizer, talvez tenha sido algo inconsciente e involuntário ou o outro dorminhoco... Deixa pra lá; mas isso não exclui o fato que neste momento, o amigo...> - suspirou visivelmente inconformado. - <... o amigo do peito nem se deu ao trabalho de acender a luz para me receber!>

-Quem!! – acendeu as luzes e respirou fundo. - Quem? Se não se identificar...

<Na verdade pedi para abrir a porta por uma mera, digamos, formalidade, mas o frio tá de lascar!> - riu. - <Pelo menos, agora, o amigão teve um pingo de consideração e... iluminou nossa longa e, acredito eu, fiel amizade.>

-Chegou, chegou, chegou... Che-gou!!! – abriu a porta. – Ca...

Silêncio.

<Então... Não vai falar nada? Tu fez uma falta danada amigão. Dá um abraço Jorjão!>

-Cadê você?! – “E-essa voz não me é...”, examinou os arredores, mas foi engolfado por uma aglomeração de escuridão; fechou os olhos, suspirou e abriu-os: à sua frente, apenas o gotejar de pétalas murchas e o gélido silvo da madrugada ventosa ocupavam o pórtico.

<Então?>

-Desgraçado!! – bateu a porta.

<Jorge.>

Silêncio.

<Jorge?>

Vazio.

<Cara... Desculpe, mas não fiz de propósito... Não mesmo - disse seriamente. - É que minha nova condição, causada em parte (acredito eu), pela sua indiferença, não lhe permitiu que me enxergasse como realmente sou: distante que estou de sua influência e companheirismo.>

-Que diabo está falando? Se realmente tem algo a dizer, seja homem e apareça!

<Estou no pórtico; do outro lado da porta.>

-O corajosão apareceu! – riu ironicamente.

<Você que não me viu antes de batê-la> - Jorge espumou, mas não respondeu. <Ok, ok, mea, mea culpa...Não me expressei corretamente: Na verdade estou no pórtico, como antes, porém debaixo da porta.>

-Que?!!

<Estou chegando, como é bom rever o amigo-irmão!>

Pela fresta da porta, uma mancha negra inchava e escorria para a sala como um disforme balão de piche.

-Socorro!

-Chegando parceiro, chegando; dá um abração! - esparramava no piso com movimentos viscosos e gelatinosos.

-Fique longe! Que merda de pesadelo meu Deus!!

-Na verdade o oposto: O fim do nosso pesadelo de distanciamento e solidão! O fim, fim, fim... - berrava entusiasticamente enquanto bolhas estouravam morosamente na superfície como lavas vulcânicas.

-Longe, longe, longe... ... ...

Silêncio.

-E aí... Saudades? – aguardou. - Então? Não vai sair de cima da mesa? O teto é de gesso, nada de pendurar no lustre, senão-senão. – escorreu languidamente e tocou o pé da mesa.

-Fora, fora!!... Meu Deus!!! - tremia mais que vara verde.

-Jorge, não... Não é possível: Impossível! - esbravejou. - Não notou nada diferente? Não sente falta mesmo... Né, ingrato? Eu sei que está mais esbelto e vaidoso, mas ninguém perde peso tão rápido nem muda de, de... Não, ok... Não acredita, é isso? Então... Suspenda a mão e olhe para o teto atentamente.

-Hã? – questionou atordoado, mas obedeceu.

-Sim, sim, assim... isso, isso... - Jorge parecia suspenso em um transe hipnótico. A coisa contorcia e ondulava ao lado da mesa como um oleoso verme obeso: Reflexos multicores na região do que seria o abdômen, revestia-a com o fugaz colorido de um arco-íris disforme e doentio; enroscou-se na cadeira e com uma inflexão semelhante a um suspiro, continuou. - Agora...

-Não, não! Não sou eu, eu, não! Mas sou eu, eu! Eu!! Não pode ser! Cadê, cadê a minha sombra?!! – encarava o teto com olhos vítreos - Minha sombra!!!

-Demorou, hein? Está falando com ela. Se ainda não me conhecia, muito prazer: Sua amiga e fiel... Contraparte sombriática – ondulou como um denso oceano de piche. – Aqui mesmo. No encosto da cadeira... Indo em direção a nossa sólida amizade, amigão!

-Socorro! - trepou no lustre.

-Jorge, não...

-Socorro!!

-Não! Vai, vai...Vaaaiii... Vixi!!! - despencou na TV antes de estilhaçar o retrato da Hebe.

–Porra!!! Ai, ai, ai...

-Calma... Calma. Quieto, quieto! – Jorge emudeceu – Machucou?

-Fora, fora!! O que eu tô falando, merda!!!

-Quieto, quietinho... Ok. Então, guardemos distância, mas não tanto quanto antes, irmão. Que estrago brother, doeu hein? O lado bom é que o sorriso da Hebe foi embora, mas a Dona Zazá vai comer teu rim! – aguardou quando detectou outra irritação. – Calma. Só quero... Conversar.

Silêncio.

-O q-que você quer? – tremia convulsivamente. – Quem é v... O que é você?! – piscou os olhos como se dissipasse um pesadelo.

-Sua sombra, você sabe; e minha voz: sua voz, porque eu sou você e você... Somos e sempre seremos, amigos inseparáveis. Embora ultimamente...

-Como?

-Como o quê?

-Eu assim e você... assado – procurou inutilmente sua sombra na parede - que loucura meu, meu...Que mundo é esse!!

-Como aconteceu? Se eu soubesse, tsc, tsc, tsc... Aaaahhh, mas como esquecer o clarão dos faróis da carreta e sua brusca freada quando notou a ameaça à sua frente? Sonolento? Bocejante? Não, não sei e pouco importa – continuou pensativo. - A última coisa que lembro foi...foi...– pausou como se refletisse profundamente. – A luz cegante minando minhas energias? O cheiro de borracha queimada? Ou meus fragmentos sombriáticos, desamparados, perdendo-se no infindável vazio noturno? Não, não posso precisar, mas foram essas as sensações, seguidas de uma repentina sucção e um duradouro e obsceno (meu Deus!)... Senso de vazio. Atordoado, olhei a estrada, mas não vi nada além das lanternas traseiras do nosso Sandero perdendo-se na monotonia de concreto e asfalto... e minhas feridas (como esquecer!), amalgamando-se à escuridão em busca de refúgio e amparo. Confusa, atordoada e solitária, sem fim, meio nem começo, eu vaguei errantemente por horas a fio, fingindo não saber, querendo não querer; mas no fundo, lá no fundo de minha angústia e solidão, como um ominoso oráculo selando meu destino, algo me dizia: escuridão atrai escuridão.

O silêncio que se seguiu só foi quebrado quando Jorge pediu-lhe para se afastar. A sombra se contorceu nervosamente e com uma súbita liberação de um fluido fétido e transluscente, continuou:

-Então, antes que eu me desse conta do... – pausou bruscamente. - Opa-opa amigão; o que é isso? Só queria justificar a minha ausência. Não precisa...

-Saia, saia; não quero ouvir. Eu sei, sei. A culpa foi minha quando... Quando o caminhão buzinou; se eu tivesse brecado... Que merda eu tô falando. Olhando para... – contemplou o reflexo nos estilhaços da tela da TV - ...uma parte de mim? A culpa, culpa...

- Não, não. A carreta entrou em sua mão. Você fez o que pôde.

-Mas eu podia...

-Não, não podia. – disse rispidamente; flexionou a superfície e mudou o tom com uma erupção vaporosa. – Fui precipitado em lhe acusar sem ter certeza. Olha, levante-se e vamos encerrar o assunto, ok amigão? Que tal mudar o astral?

Não respondeu.

-Vai continuar assim? – aguardou. - Mesmo? É... o clima tá pesado. Que coisa. Até parece o centenário do Paulo Maluf – Jorge positivou com um tímido sorriso. – Agora, enxugue o rosto.

-Desculpe... e obrigado.

-Obrigado? – questionou curiosa.

-Pela atenção.

-Por isso? – riu com movimentos aquosos. - Para que servem os amigos?

-Putz, amigos. – “Com quem estou falando!”, pensou. - Então estamos quites; somos o que somos. Mas... Estamos meio que num dilema, né? Não, na verdade eu que estou meio confuso – examinou atentamente as contorções oleosas e fluorescências prismáticas antes de continuar. – Se você realmente é o que afirma ser: uma sombra sem homem; e eu, sendo agora, o que nunca fui: um homem sem sombra, logo é de se supor que nós realmente... Somos o que realmente somos: Eu assim, você assado.

-Que merda é essa? Aonde quer chegar com essa retórica?

-Bem aí – apontou para sua contraparte. - Você diz que é uma sombra, mas para mim se assemelha a uma viscosa, obesa, sebosa, nojenta, fedorenta e disforme lombrigona alienígena, resgatada dos canais de marte pela sogra do John Carter. Ainda que sua voz em muito se assemelhe à minha. Que horror!

-Grato pelas doces e atenciosas adjetivações; Como pode ver... Sinceridade nem sempre mata. – liberou um gás ácido e fétido.

-Sorry, foi maus. – “eeeeccaaa!!”, tapou o nariz. – Bem, o x da questão... Se você é o que é, e eu sou o que sou, como vamos, como dizer? Fundir? Amalgamar? Posso ter minhas idiossincrasias, mas verme eu não sou!

-Huuummm...

-Sim?

- Huuummm... Huuummm... – murmurava pensativamente.

-E agora José?

-Huuummm... Agora, bem. Acho que coloquei o carro na frente dos bois. Mea culpa; deveria ter lhe falado das minhas novas propriedades moleculares e possibilidades mutáveis. Precipitei-me quando cheguei a sua, nossa, porta... Quando minha ansiedade e entusiasmo me saíram do controle e deixei, por assim dizer, me levar pelas emoções: Por estranho que pareça, neste momento eu sou a materialização, o reflexo do meu drama de distanciamento e solidão – contorceu nervosamente. – Como lhe falei, as emoções saíram do controle e me tornei... Isso aqui. – deu uma mexidinha e segurou os gases.

-Possibilidades mutáveis? Quer dizer que você muda de forma ao... Bel-prazer?

-Sim, como aqueles gibis do Homem Elástico e Quarteto Fantástico que nós líamos na infância. O Quarteto é demais, hein? Como esquecer a origem dos Fantásticos? O majestoso e aterrador Galactus, a saga de Ego: O Planeta Vivo. Naquela época os roteiristas escreviam de verdade, né?

-Na verdade...

-Deixa falar! – continuou entusiasticamente. - Verbosos balõezinhos obesos, explodindo com palavras, sentimentos e emoções; desenhistas e arte-finalistas que (ainda!) sujavam as mãos com nanquim. Hoje é uma encheção de linguiça pseudo-cinematográfica com essa ‘desculpa’ de descompressão narrativa para vender esses bolos de casamento e enriquecer os traseiros dos executivos... Pura necessidade mercadológica!

-Está se exaltando Dona Sombra – ela continuou como se envolta em um transe hipnótico.

-Que saudades daqueles mini-épicos em duas edições; sagas em que não se precisava ter um PHD em cronologia para entender o que estava acontecendo! Histórias relativamente auto-contidas e super heróis idealistas sem um traço dessa horrenda ironia e cinismo pós-moderno, aaarrrggh!! Não se fazem mais gibis como, como... Huuummm, estou divagando? – disse a si mesmo.

-Que nostalgia verborrágica mais fora de hora, até parece... eu... – riu constrangido. - ...e nem pense em tocar na minha coleção do Quartetão com esse piche sebento! – suspirou arrependido quando viu a sombra tremer. – Sorry, sorry.

-Eu entendo amigo, entendo - positivou com uma nova radiância e continuou. -Tivesse eu um pingo de auto-controle e sensatez, teria preservado minha substância sombriática antes de entrar. – Movimentou-se espasmodicamente e com uma súbita flexão retraiu-se como uma bexiga murcha: exalações vaporosas envernizaram a forma porosa e corroeram a superfície como ácidos gástricos; a sombra murmurou e com um derradeiro jorro ácido, corroeu o que restava e resgatou sua essência etérea. – Então, que tal?

-Agora... – Jorge contemplava a densa névoa negra com inefável fascinação. - Tá melhorzinho. – “Sombra?”

-Então vamos.

-Pra onde?

-Nos fundir, ora – silêncio. – Ainda está com medo de mim?

-Claro que não... Sim! Não... Quero dizer, me diz uma coisa, como você se virou sozinho este tempo todo?

-Como você bem sabe... Solidão não é fácil. Por outro lado, são em situações de pressão que às vezes descobrimos novas potencialidades e no processo, novas portas se abrem. As minhas se abriram com a descoberta da minha condição mutável. Na verdade me salvou do tédio e desespero.

-Como?!

-Como? Quando eu, ferido, ainda vagava noite adentro, percebi, casualmente, que se conseguisse amalgamar com a parte mais escura da noite, poderia manipular alguns elementos de minha, minha... – pausou pensativo. - Olha, é uma longa história e... confesso, um tanto desconfortável; dor, confusão, dúvida, desamparo... Não, não quero continuar, não posso continuar assim, desculpe.

-Imagino.

-Mas nem tudo foi dor e desespero. Em minhas andanças, aprendi a controlar e moldar minha essência, e foi aí que realmente a primeira porta se abriu. Na verdade, os portões de uma escola – continuou pensativo. – A criançada no jardim infância... Como foi gratificante me esconder em latas e potinhos de massa de modelar e, e, como colocar?... – falava com inefável entusiasmo. - ...me deixar levar pela inocência travessa da imaginação infantil: A criançada me esticava, amassava e modelava com mãozinhas gorduchas e inocentes; suas diabruras e gritinhos matinais, bálsamos revigorantes depois do aterrador silêncio noturno. Eu me olhava na superfície espelhada dos potinhos e mesmo confinado às formas a que elas me submetiam, explodia em risadas: Um elefante sem tromba, um bolo de cerejas e até uma macieira repleta de trufas de chocolates, me levaram a súbitos sorrisos e inesperados deleites; mas quando um gorduchinho faminto resolveu saciar sua fome com uma salsicha em S... Nossa, como doeu!

-Está falando sério?

-Claro. Agora mesmo, depois de todo aquele estica e puxa (Nota do autor: sem a festa da Xuxa)... – flexionou a superfície sombrosa e retornou a forma original – Putz, estou mais quebrado que biscoito em fim de feira. Mas o que importa é que estou aqui, não?

-Sim, claro. Mas é que esse papo de rearranjo molecular e essa substância enevoada, ainda...

-Sei, sei. Não se convenceu do que eu sou, e para falar a verdade, no momento estou ficando, se não angustiado como antes, certamente, um tanto entediado – riu maliciosamente. – Se ainda desconfia o que eu sou, o que realmente sou, que tal uma certeza do que, quero dizer, de tudo aquilo que não sou? – Jorge não respondeu, mas franziu os cenhos incredulamente. – Feche os olhos.

-Para que? – disse assustado.

-Feche e conte até dez!

Obedeceu cegamente.

-1, 2, 3, 4...

-Agora... Abra - Jorge sentiu a voz reverberar por todos os lados. – Que tal?

-Cadê você? Vai começar...

-Aqui, aqui, aí, ali, lá... Acolá. Gostou da nova decoração?

-O que você está falando? Cadê...

-Seu novo papel de parede! Gotinhas negras envernizadas sutilmente por fluorescências multicores!! Ou prefere meu negro polvilhado com um estiloso cinza enevoado? – A sombra decorava a parede como uma epidemia de fungos.

Jorge emudeceu, ela continuou:

-Então, agora?! Fusão e trevas, trevas, trevas...

-O que está fazendo! – bateu na cabeça e piscou os olhos.

-Trevas, trevas... – inchava e sombreava o recinto desmesuradamente como um balão gelatinoso.

-Chega. Você está me assustando; está, está escurecendo!

-Trevas... Trevas!!! – tremia convulsivamente. – Olha só Jorjão, agora eu sou o ‘Tecelão da Escuridão’, o ‘Pai da Incerteza e Indefinição’: um diabólico e inconsequente Pudim das Trevas! – explodiu na gargalhada. – Olha como sou malemolente e gelatinoso!

-Chegou palhaço!! Chegou: Che-gou!!!

Silêncio.

-Vixi...Tá bom, tá bom – murchou, desprendeu-se da parede e reverteu à sua essência sombriática.

-Vou dormir e sair desse...

-Sem mim? Logo agora que você sabe exatamente o que eu não sou. Você sabe quem eu sou, sabe sim: sua sombra, amigão: fiel, amiga e companheira, e sendo assim... – escorreu pelo chão. – Vamos.

Jorge sentiu a sombra tocar seus pés: filetes gélidos percorreram pernas, torso e pescoço; fechou os olhos e sentiu a escuridão de suas pálpebras amalgamarem-se à essência sombriática; foi tomado por uma súbita onda de calor e com um grito estrangulado, abriu os olhos.

-Está bem, amigão? Acho que a fusão foi tranquila, não?

-A-acho que sim...mas... – suspirou fundo após olhar a parede. – ...mas, essa sombra de nariz de bruxa não é a minha!

-Sorry – ajustou- o. – Assim está melhor?

-Perfeito – tocou o nariz entusiasticamente. – Quase perfeito! Mais bonito que o meu! Mas, pode dar mais uma amassadinha no meio e outra esticadinha na ponta?

-De novo? – disse rígido.

-Por favor.

-Huummm... Claro, não é pra isso que servem os amigos?

-Amigos? – refletiu profundamente. - Sem sombra de dúvida! – com estas palavras, Jorge acariciou a parede e com um riso na face foi dormir mais um sono profundo.

FIM

Ramon Bacelar
Enviado por Ramon Bacelar em 16/10/2012
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