A Casa dos 1000 Corpos

Seja bem vinda a minha moradia,

Hoje iniciei a bizarra exposição,

Quem entrar será a nova mobília,

E terá seu lugar junto ao balcão

Toda minha casa e a decoração,

Foram feitas nas imaginações minhas,

Trabalhei com tanta dedicação,

Matando pessoas com machadinhas

Pedaços de carne junto da geladeira

São meus sinais de canibalismo,

Vários viajantes afogados na banheira

Foram frutos de profissionalismo

Guardei seus restos complementares

Para futuramente se usufruir,

Dos restos mortais e muitos maxilares

Usá-los-ei para me divertir

Não tenha medo toda à galeria,

Desde o guardo até os imensos salões

Reformei com essa maestria,

Esperando pelas suas gratas opiniões

As cadeiras nas quais se sentam,

Estão coladas com ossos de fêmures,

Nas artes apenas representam,

A caça a algumas assustadas lêmures!

Creia em mim, que minha bondade

Veio para ti desde a entrada da porta,

Mas agora a ordem da maldade,

Obriga-me a amarrar-te com a corda

Não grite, pois esta tua grata beleza,

Sequer será ouvida pelos mortos,

Agora sua face jovem e de princesa

Será um objeto da casa dos mil corpos

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 10/10/2012
Código do texto: T3924853
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