Tempestade de Carne
Soldados deitados nas trincheiras,
Observando os canos dos velhos fuzis,
Pontos caminhando como fileiras,
Diante dos céus límpidos de tão anis!
Bombas derrubando os aviões,
Atrocidades pelos campos de batalhas,
Traumas movidos por decepações
Com as baionetas e cortantes navalhas
Corpos explodem dentro da minas,
Cabeças apodrecendo-se expostos aos sóis
O sangue como as profundas piscinas
Cobertas com sujos e contaminados lençóis!
Olhos hipnotizados pelas tensões,
Sempre atentos em profunda sonolência
Fantoches serviçais sem emoções
Adeptos dos crimes em ondas de violência
Tanques sitiam as cidades em chamas,
Estupros e crimes humanitários,
Controlados pelas forças que emanas
De regimes sujos e majoritários.
Mortos são lançados em valas coletivas
Orações para a póstuma vitória
Os feridos serão apenas alguns parasitas
Que lutam por toda a glória
O cheiro de morte exalando pelo ar
A sede da luta por uma justa sociedade,
É a oculta vontade de se aniquilar,
Com o sadismo da injusta brutalidade