Tempestade de Carne

Soldados deitados nas trincheiras,

Observando os canos dos velhos fuzis,

Pontos caminhando como fileiras,

Diante dos céus límpidos de tão anis!

Bombas derrubando os aviões,

Atrocidades pelos campos de batalhas,

Traumas movidos por decepações

Com as baionetas e cortantes navalhas

Corpos explodem dentro da minas,

Cabeças apodrecendo-se expostos aos sóis

O sangue como as profundas piscinas

Cobertas com sujos e contaminados lençóis!

Olhos hipnotizados pelas tensões,

Sempre atentos em profunda sonolência

Fantoches serviçais sem emoções

Adeptos dos crimes em ondas de violência

Tanques sitiam as cidades em chamas,

Estupros e crimes humanitários,

Controlados pelas forças que emanas

De regimes sujos e majoritários.

Mortos são lançados em valas coletivas

Orações para a póstuma vitória

Os feridos serão apenas alguns parasitas

Que lutam por toda a glória

O cheiro de morte exalando pelo ar

A sede da luta por uma justa sociedade,

É a oculta vontade de se aniquilar,

Com o sadismo da injusta brutalidade

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 05/10/2012
Código do texto: T3916854
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