Melissa (Parte II)
Meus olhos aflitos nem percebiam,
Que a imagem próxima do meu olhar,
Eram os vultos que apenas sorriam,
Para a minha então apenas assustar
Com o terror eu estava paralisado,
O coração se comprimia em taquicardia,
Esse pânico havia me controlado,
Quando seu rosto retorcido aparecia!
Ela estava envolto em seu vestido,
Com a qual eu a enterrara,
Largo e branco e assim tão comprido
Que Melissa tanto desejara
Mas esse olhar meu era estático,
Tudo ao meu redor parecia parado,
Por este temor eu estava apático
Refém deste destino já traçado
Abri lentamente a fechadura,
Tentando pular para fora da carruagem,
Trêmulo apossado da compostura
Fugindo daquela horripilante miragem
Corri para a floresta encoberta,
Enquanto não me virava para detrás,
Ela morta estaria assim desperta,
E porque não descansaria em sua paz?
Talvez não haja resposta conveniente
Pois lembro que pela noite então,
Melissa me viu com uma dama sorridente
Praticando a maliciosa fornicação!
Após dois dias deste fato assim ocorrido,
Resolvera com as mãos se matar,
Desde que a morte a tivesse a acolhido,
Melissa voltou para me assombrar
Sua voz ecoava dentro da minha cabeça,
-Venha querido chegou à hora,
De nosso amor nunca mais se esqueça,
-Saque do coldre sua pistola
-Coloque-a bem firme em sua boca,
Ouvindo pela ultima vez o seu suspiro,
Irei acabar de vez com a voz louca,
Dentro da minha cabeça darei um tiro!