Melissa (Parte I)

Ainda vejo por dentre a velha janela,

Seu cadáver frio e pendurado,

Que a sombra do toco pálido da vela,

Pela sua morte foi consumado!

Toda noite ouço os passos na escuridão

Caminhando sobre a treliça,

Sinto seu espírito dentro da premonição

É sua alma que vaga Melissa

Vi ontem à noite a branquíssima figura

Passeando no silêncio sepulcral,

Era você? Que se erguera da sepultura

E voltou ao nosso plano carnal?

Melissa, você pode do além me ouvir,

Escutar esse meu pobre chamado?

Sempre que estou pronto para dormir

Tua aparição tem me atormentado

Nunca lhe fiz nesta vida mal algum,

Mas eu me culpo neste lunático delírio,

O cheiro de enxofre tão incomum,

Há de consumir-me em dolorido martírio

Um barulho assusta essa minha peliça

Quando pela viagem resolvera repousar

Controlando os cavalos vejo a Melissa

Gritando falou: - Retornei para te buscar

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 03/10/2012
Código do texto: T3913207
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