O Mistério das 13 Almas II

Naquela manhã estava exausto. A noite não tivera sido fácil, na sua primeira noite de vigilante do cemitério, tivera até o primeiro problema da noite, e soube resolver numa boa, com autoridade. Indagava-se, se havia sido escolhido por ter o curso de vigilante atualizado, por ter boa experiência-porém, pressentia que havia um mistério no ar. Notara o estranho comportamento do companheiro José, soltando pensamentos audíveis, carregados de ironia, e até mesmo de Lucy, a sua contratante dizia frases repletas de reticências, cheias de mistérios, como se escondesse uma verdade, e estivesse aguardando o dia D da coisa.

- Bom-dia, senhor Diogo, teve uma boa noite de trabalho, ou teve alguma alteração?

- Bom-dia. Estava aguardando o José, está atrasado, estou sonolento. Estou preocupado por ter saido e não ter avisado a minha mãe que não voltaria, bem, Tive um pequeno problema.

Então ele fez a seguinte narrativa, sem tirar ou botar para impressionar:

" A noite trasncorria tranquila, estava úmido, ventava. A noite sem lua, o céu encoberto por nuvens carregadas, pensei comigo mesmo que iria cair aquela chuva, e seria bastante difícil para mim circular pelas dependências do cemitério debaixo do aguaceiro.

O vento frio açoitava no meu rosto, felizmente, havia trazido o meu grosso sobretudo.

Fazia como tinha me indicado, primeiro circulava andando ao pé do muro, pois, ficaria fácil surpreender os viciados em drogas, quando estes pulam o muro. Depois, por entre os túmulos. Confesso que não é nada fácil circular pelo cemitério á noites, principalmente pela escuridão que reina no cemitério. Fiquei arrepiado, a presença das lápides, dos túmulos é assustador. O coração acelera os seus batimentos, a pressão sobe -, somos envoltos por uma ansiedade, como se aguardássemos o inesperado..."

- Como, por exemplo?

Ela, indagou, interrompendo-no.

- O surgimento ali, na nossa frente de uma assombração.

- Mas, o senhor respondeu na ficha que não tinha medo...

- Sim, mas, responder é muito fácil, quando estamos pelas ruas do cemitério, entre os túmulos, tudo muda - a adrenalina sobe. Aqui parece um set de filme de terror, até as árvores têm caule ressequidos, deprovidos de folhagem. Algumas corujas vivem de galho em galho, com o seu canto agourento, não é fácil e até caía uma chuva fina.

Ele continuou com a sua narrativa:

" Quando estava na ala norte, ja próximo dos fundos, fiquei mais tranquilo, por estar próximo da casa do zelador - ja que ali, teria alguém de carne e ossos, como eu-vivo-, pore´,, ao olhar pela vidraça da janela, estava de luz apagada, devia velas à sono solto. Fiquei decepcionado, parecia precisar de alguém para trocar algumas palavras, segundo o José, ele não é muito amigável. Retornei pelo outro lado, contornando o muro, então, o inesperado..."

- O..o quê foi, o que viu?

Indagava, ela com espanto.

- Espero que não pense em pedir demissão, logo após a sua primeira noite de serviço, ai meu Deus, será que nunca vamos ter um vigia que tenha coragem.

Ele nada disse e continuou:

" Ao adentrar por entre a tumbas, impressionado pelas estátuas sobre alguns túmulos - parece nos fitar, parecem vivas. sabe, às vezes seguia olhando para cada túmulo e me questionando que tipo de ser humano estava ali, repousando? Havia sido uma boa pessoa, de que forma havia morrido...?"

- E, conclua, o que aconteceu? Seja breve.

Falou, enquanto deixava a bolsa ao lado da cadeira, sentou-se, e num vacilo deixou as pernas abertas, exibindo o interior das coxas e a calcinha vermelha. Ela notou o seu olhar indiscreto, fechando logo as pernas, num rápido movimento. Olhando para ele, em silêncio, desabotou os costumazes dois botões da blusa, que deixavam os seios mais soltos, revelando parte do sutien transparente. Tirou os óculos escuros do seu rosto, exibindo o par de olhos graúdos, passou a mão nos cabelos,e pediu:

-Pode continuar. Enquanto ligava o computador.

" Ao adentrar pela rua K - o meu coração disparou, a garganta travou, engoli em seco. As pernas ficaram bambas.

- O que acontecia?

- Ouvia vozes...em meio à escuridão, entre os túmulos. Fiquei perdido, sem saber como deveria agir, a vontade foi sair correndo dali, abandonar o posto e ganhar à rua.

- Hum, pelo visto não o fez, senão que tipo de vigia seria...

A sua narrativa perdurou assim:

" Fui seguindo, com coragem por entre os túmulos, fui incentivado, devido ouvir as vozes, elas eram vivas, de gente. Fui seguindo, resguardado pela escuridão, castigado pela dúvida - sempre achamos que é assombração. Então vi..."

- O quê?

Perguntou, enquanto abria os programas no pc de sua mesa. Os seios expostos através da blusa - ele estava meio de lado para ela, a blusa se abria, devido á abertura dos dois botões: Um par de seios medianos, pontudos, exibidos num novo sutien transparente, ele pôde ver o bico graúdo. Ela parecia não notar o olhar indiscreto dele.

"Epa parece ter ficado afim de mim" - pensava ele.

A história continuava, em sua voz rouca, travada pela exibição dos seios assim:

" fui me aproximando, de onde vinha o som das vozes. Uma chuva fina banhava os túmulos. O vento persistia. Então, vi uma visão aterradora."

- Minha nossa, o que viu?

Perguntou ela, com interesse, pondo uma das mãos sobre o tecido da blusa, tentando impedir a exposição dos seios - quando ela se dobrava para frente, as partes da bluasa se abriam em arco, facilitando a visão dos mesmos. Mais uma vez vacilou, e as pernas ficaram abertas - exibiram por longos segundos a calcinha vermelha. Ele não se fez de rogado, experimentou, ao máximo aquela visão sedutora - aconteceu assim quando empurrou a cadeira um pouco para trás para pegar o seu celular que estava numa mesinha à suas costas. Tentava pôr a mão no celular, com dificuldade, tendo o tronco meio virado, até que conseguiu pegá-lo - percebeu que havia dado um show à parte para ele, mesmo que não intencional.

Fim da parte II

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 30/09/2012
Reeditado em 05/08/2013
Código do texto: T3908886
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