A Cadeira Elétrica

Que Deus volte a sua benção,

Pois estou sentando nesta cadeira

Esperando uma alta tensão,

Queimar-me a minha cabeça inteira

Julgado como o réu culpado,

Observo a platéia toda posicionada

A sentença é estar sentado

E sentir o cheiro da pele queimada!

Meu cérebro irá se derreter,

Com os choques sendo desferidos,

Sem piedade virei a morrer,

Perdendo os meus cinco sentidos!

Os olhos saltarão das órbitas

O odor de algo então se queimando

É o sangue seco nas carótidas,

Que pela voltagem vai se secando!

A adrenalina controla-me agora

Ainda guardo um pouco de lucidez,

Lentamente a morte com demora,

Vem acalmar-me em sua palidez.

Ao meu lado os padres me ungem,

Antes de colocarem esse negro capuz

Pelos buracos os algozes surgem

Vão se apagando esses feixes de luz.

Enfim sinto as contrações musculares,

Deste grande choque elétrico,

Morrerei mordiscando os maxilares

Mas morro sendo um cético!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 29/09/2012
Código do texto: T3906748
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