Escravo dos Deuses

Sou eu a quem vos fala,

Um rosto esquecido do panteão

Imerso aos corpos na vala

O mestre de toda vossa rebelião

Abortado sob a lua cheia,

Fui confinado ao fim dos tempos,

Enterrado dentro da areia

Entre gritos e dolorosos lamentos

Acorrentado por estes opressores

Desfaleci no templo de Isis,

Sufocado nestes impuros temores,

Do reino em grandes crises

Mil séculos já se passaram agora,

E o ar novamente eu respiro

A morte virá ao povo sem demora

Aos habitantes de todo Nilo!

Trago em meu cajado o poder

Dos imortais que são reerguidos,

Espalharei a doença do sofrer

Para vingar os inúmeros falecidos

Cairão pela terra esses sacerdotes

Com os seus velhos genitores,

Mostrarei os meus malignos dotes

Matando-os entre os horrores

Minha justiça é todo o juízo final

Dos oráculos e destas runas,

Curvem-se junto ao mestre imortal

Meu nome de batismo é Unas!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 28/09/2012
Código do texto: T3905144
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.