O Lobisomem

Sob o clarão da densa madrugada,

Ao brilho da branca areia,

Surge uma criatura transformada

A sombra de uma lua cheia

Com seus caninos salientes,

Uivando para o espírito ancestral,

Entre as mandíbulas os dentes

Tem a fome de um terror visceral

Embrenhado no meio da mata,

Contempla nas presas as suas feições

Temeroso de tocar a pura prata,

Arrancam com as garras os corações!

O mal pelo sangue corre e assim vai

Transmitindo toda a licantropia,

Herança maldita herdade de um pai

Transformando toda a anatomia

Dos dedos nascem as garras retráteis

A boca modifica sua estrutura,

Pêlos crescem em números incontáveis

Músculos enrijecem a altura

As mandíbulas crescem lentamente,

Alterando uma sã consciência,

A dor proliferando no inconsciente,

Liberta essa maligna demência!

O sangue tornou-se o elo de vingança

Tantas vidas nas noites somem,

Apenas a lua testemunha a matança,

Por entre as presas do lobisomem

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 26/09/2012
Código do texto: T3901571
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