O morcego
Profundo dentro da noite,
Voa o vulto em macabro suspiro,
Batendo as asas no açoite,
A sombra negra de um vampiro!
Acorda de meu sono derradeiro,
Ofuscado de luzes bruxuleantes,
O demônio ao pescoço do cordeiro
Flutua entre seus vôos rasantes
Profundo dentro da escuridão
Sugando o líquido de toda vitalidade
Ouvindo cada batida do coração
Para saciar sua fome em imortalidade
No céu apenas o filete de luz,
Iluminando esse meu rosto grosso
Nem a benção da santa cruz,
Protegeu-me do ataque no pescoço!