O Fantasma

Quem vem ali bem adiante,

Não consigo sequer então enxergar

Tão longe e dos olhos distante

Sequer conseguiria eu identificar!

Esse nevoeiro está tão espesso,

Que já não vejo um metro ao além,

Ando em círculos e não mereço,

Estar confundido sem poder ver bem

Ando e a imagem vai se construindo

E permanece apenas parada,

Observo que ela está a mim sorrindo

Sob toda essa névoa estagnada

Talvez seja uma pessoa conhecida

Que me espera pelo longo caminho

Também poderia estar perdida

A seguir viagem, também sozinho

Um arrepio sobe pela espinha,

A sensação ruim de repente aparece,

Consumindo essa alma minha,

O misto de horror apenas engrandece

Caminho alguns passos lentamente

E aquela forma toma contorno,

Cada vez mais perto então de repente

Sinto um bafejar tão morno

Diante dos meus olhos uma mulher,

Fita-me com o olhar tenebroso

Pensei vê-la em um lugar qualquer

Aspergindo o seu ódio rancoroso

Os cabelos louros estavam molhados,

Suas mãos de sangue maculadas,

Os lábios brancos eram amortalhados,

Como se estivesse sido cortadas

A sensação do medo só aumentava,

Fiquei paralisado diante dela,

Minha mente apenas conjecturava

Algo de diabólico junto a ela

Foi então que eu assim me descrendo

Tentei fugir do horrível miasma

Toquei-a e ela calada foi desaparecendo

Não era ela apenas um fantasma?

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 21/09/2012
Código do texto: T3892727
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