Tutancâmon

Entre fundo nas catacumbas,

Observe os corpos em mumificação,

Adentre ao fundo das penumbras

Os faraós lançam-te uma maldição!

Tateando as paredes rochosas,

Hierógrafos espalhados pela alcova,

Imersas dentre as areias porosas

O sarcófago será a sua próxima cova

A respiração sôfrega neste momento

É uma maligna anunciação,

Da morte exalando o odor pestilento

Tua carne apodrecerá ao chão!

Põem-se o sol claro no horizonte,

A cripta adentra em densa escuridão,

O suor frio que escorre na fronte

É a febre da malária em bestial ação!

Suas pernas amolecidas agora tremem,

Os deuses invocam a proteção

As trombetas sinistras apenas gemem,

Suas pragas pela perturbação!

Eis que erguer-se a vós por perto,

O denso negrume das magias ocultas,

A besta originária do antigo deserto

Ao caixão mortuário então recrutas

A destra deste esquife entreaberta

Do sarcófago balouça a mão,

O mal de seu repouso assim desperta

Morra pela ira de Tutancâmon

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 17/09/2012
Código do texto: T3885569
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