A Maldição dos Faraós
Quem ousa com insolência despertar,
Minha alma do sono profundo,
Antes do caos universal me acordar,
E erguer-me para este mundo?
Maldito seja esses humanos vis mortais,
Irei ungi-los com desaprovação,
Dando suas carnes imundas aos chacais
Lançando sobre eles a maldição!
Levantarão os mortos das sepulturas
A peste tornará a terra em pó,
De vossas entranhas minhas criaturas
Ouvirão a profecia deste faraó!
Profanaram os solos antigos e sagrados
Com egoístas ambições terrenas,
Sentirão o peso de serem amaldiçoados
Por entre minhas mãos supremas
Do mar assim erguerá a besta aturdida,
Secará as colheitas de fartura,
Em suas peles escamosas a humana vida
Gemerá perante a sepultura!
Agora se levanta o sol para o Oriente
Queimando suas negras retinas,
A chuva apodrecerá a estrela do poente
Esta é a blasfêmia das tuas sinas!
Morrerá o povoado de dura inanição,
Sendo o pão para os necrófagos,
Esta é o misticismo de toda a danação!
Por violarem nossos sarcófagos!