A Maldição dos Faraós

Quem ousa com insolência despertar,

Minha alma do sono profundo,

Antes do caos universal me acordar,

E erguer-me para este mundo?

Maldito seja esses humanos vis mortais,

Irei ungi-los com desaprovação,

Dando suas carnes imundas aos chacais

Lançando sobre eles a maldição!

Levantarão os mortos das sepulturas

A peste tornará a terra em pó,

De vossas entranhas minhas criaturas

Ouvirão a profecia deste faraó!

Profanaram os solos antigos e sagrados

Com egoístas ambições terrenas,

Sentirão o peso de serem amaldiçoados

Por entre minhas mãos supremas

Do mar assim erguerá a besta aturdida,

Secará as colheitas de fartura,

Em suas peles escamosas a humana vida

Gemerá perante a sepultura!

Agora se levanta o sol para o Oriente

Queimando suas negras retinas,

A chuva apodrecerá a estrela do poente

Esta é a blasfêmia das tuas sinas!

Morrerá o povoado de dura inanição,

Sendo o pão para os necrófagos,

Esta é o misticismo de toda a danação!

Por violarem nossos sarcófagos!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 12/09/2012
Código do texto: T3877477
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