O Colecionador de Humanos
Coleciono suas partes entalhadas,
Com o suor do meu esforço,
Decepo as tuas partes retalhadas,
Colocando o bisturi ao pescoço
Mutilando os seus órgãos genitais
Limpo-os em um banho de formol,
Ocultando alguns restos mortais,
Que apodrecem sob o calor do sol!
A cabeça como um troféu de caça
Exponho entre os muros dos portões,
Sua pele escalpelo entre a brasa
Retirando deles os longos tendões
Alguns cadáveres estão ressecados,
Dentro de caixas nas gavetas,
Por mim aos poucos são dissecados,
Com alicates, tesouras e canetas
Cada parte de um corpo semelhante
Conforta-me a mente de sapiência,
Faz acalmar-se este impulso delirante
Movido pela energia da demência!
Dentro da pilha de muitos crânios,
Ouço a mente em todo seu labor,
Infestando o jardim com os gerânios
Estátuas humanas do colecionador