A Noiva X

As suas vestes estavam sendo rasgadas pelas mãos rudes do cocheiro. O sue hálito desagradável lhe invadia as narinas, dando-lhe nojo. Não adiantava implorar, dizer que era noiva de Cristo. Ele era obstinado na realização do seu prazer descabido. Ela sentia o seu membro hirto, de forma acidental lhe tocar na barriga, no quadril, enquanto lhe rasgava a camisola úmida. Por alguns segundos fixou o olhar no seu membro, admirando a sua grossura, não era grande , porém de volume considerável.

Uma das mãos segurava no seu pescoço, apertava, com força, impedindo, que gritasse, perdia aos poucos o fôlego. para sua surpresa, ele passou a ouvir o choque de algo metal contra as grades, e uma voz feminina a chamá-lo, de forma insistente, ao longe.

A jovem freira permanecia deitada no chão, em pêlos, tossia, tentando recuperar o fôlego. O corpo desnudo sujo com a poeira do chão.

- Mas, espere... jamais imaginei que houvesse viva alma por aqui, esta área do convento é isolada. Uma voz de mulher...batendo algo metálico em grades...

Usando do cinto de tecido de suas calças amarrou a freira nas munhecas e nas pernas,colocou uma venda na sua boca, trancou a porta e foi andando na direção do som metálico. Passou pela porta, ganhando o corredor escuro, descendo longa escadaria. O som se seguia: tanc,tanc...tanc... - Ei, você, ouvi a sua voz, aqui...- tanc,tanc,tanc..

Acendeu uma tocha que ja estava preparada na entrada do segundo corredor - como se estivesse pronta para servir a quem, ali chegasse.

E seguiu pelos corredores e escadarias pelo local escuro e repleto de teias de aranhas. paredes úmidas, de pedras escuras.

- Nossa, que local sinistro, amedrontador. O que elas teem aqui, uma prisioneira?

Os morcegos bailavam pelos vaos, podia se ouvir o canto agourento de pombos silvestres, que ali faziam ninhos. O cocheiro, perdendo a excitação sexual na realização do estupro seguia, com curiosidade.

- Nossa, querido amigo Abade, acho que estou encontrando o que procurava, vou ser recompensado. Há um segredo por qui...

Então, chegou ao portão de grades.

- Droga,está trancado com um grande cadeado.

- Ei, você, o cadeado é velho pode ser forçado, caso tenha uma barra de ferro. É um cadeado de dezenas de anos de uso.

Não foi difícil encontrar algo metálico por ali. Vários cômodos abandonados á própria sorte, empoeirados, úmidos e cheio de tralhas.

Após longos minutos conseguiu quebrar o cadeado, adentrou no pátio escuro, ficando na frente da porta. Não podia ver com clareza o rosto da mulher que lhe falava, a escuridão era intensa, e quando dirigia a tocha para ela, a mesma se escondia.

- Não se preocupe, queria, vou arrombar esta porta.

Depois de muitas tentativas, quando o suor ja lhe banhava o cenho, a porta, enfim, cedeu.

Entrou cauteloso segurando a tocha numa das mãos, abriu a porta de forma vagarosa, tendo o cuidado de encontá-la na parede, não permitindo que a mulher ali se escondesse. Ela estava de pé, frente á cama, sem roupas, em pêlos. Uma visão que lhe hipnotizou. Uma linda mulher de cabelos longos, escorridos. Olhos amendoados, nariz afilado. Uma boca de lábios carnudos, bem desenhados. Os seios apontavam para frente, fartos, durinhos, perfeitos. Uma cintura fina que se alongava num quadril fenomenal. As coxas eram grossas, torneadas, longas. A pele de brancura diáfina, limpa e saudável.

- Você estava me esperando, você quer ser abusada, você queima entre as pernas. Elas te colocaram aqui para ser castigada?

- Eu sou a Noiva que a igreja caça por todos os conventos da Itália.

Tentando ser forte, mas não conseguiu, ao notar a frieza dela, o seu olhar vítreo no seu. O seu coração disparou, o seu corpo ficou frio, a sua mão tremia segurando a tocha. Estava se sentindo frente a frente com uma serviçal do demônio. ja não era o mesmo homem que abusava da frágil freira na biblioteca abandonada.

- Eu faço o ritual de invocações. Eu convido os demônios dos prazeres para servirem às freiras e aos padres. Eu sou a escolhida. Os iniciados da igreja se servem dos meus serviços. mas, eu juro, eu não quero. Eu sou obrigada.

Quanto mais ela falava, ele se desestabilizava. Estava suando frio, ja não sabia o por quê de ter chegado até ali - sentia-se hipnotizado, tinha sido usado. Sentiu vontade de dar meia-volta nos calcanhares e sair dali correndo.

Provocativa, sentou-se na cama, e ordenou: - ilumine-me.

Encostou as costas na parede, Os joelhos dobrados, coxas abertas. Exibiu a sua coisinha, lisinha, lábios em tom róseo. Abriu os lábios, voz roca dizia: - largue a tocha, vem, preciso sentir prazer.

- Demônio, como consegue isso...estou amedrontado...e consegue me excitar...demônio...

Ele encenou uma nova ereção. As suas calças foram ao chão.

Ela sussurrava palavras desconexas, ininteligíveis numa lingua desconhecida, milenar. Dizia:" Succubus, Incubus...Succubus...Incubus...

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 02/09/2012
Reeditado em 05/09/2012
Código do texto: T3861607
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