O Necromante
Erguem-se os vultos insolentes,
Por séculos reféns assim guardadas,
Os espíritos negros e malevolentes
Espectros brancos das almas penadas
Levantam-se das cinzas enegrecidas,
Com o hálito da sua defenestração,
Demoníacas forças antes esquecidas,
Dos rituais mediúnicos da possessão
Escute esse meu brado espiritualista,
Saiam dos túmulos e sujos ossuários,
De suas mesquinharias individualistas
Rasguem todos os pútridos sudários
Ao meu lado suas formas espectrais,
São os meus serviçais das liturgias,
Recém nascidos dos abismos colossais
Sou o mestre das satânicas magias!
Entre turbilhões dos velhos portais
Invoco toda maldade inquietante
Das dimensões negras tão infernais
Sou mestre da morte necromante!