Missas Negras
Defronte ao carvalho retorcido,
Serviçais proclamam a anunciação,
Discípulos do mestre escondido
Diante das sombras da iluminação
O altar erguido em idolatrias,
Todos se ajoelham na congregação,
Libidos ardentes pelas orgias,
Invocando nas trevas sua aparição
Ergam-se sacerdotes do apocalipse,
Louvem aquele que porta a luz,
Alva lua enegrecida ante o eclipse,
A sombra maligna vos conduz
Adorem o senhor da pestilência
Príncipe de todos os imorais,
Que destila a maligna maledicência
Aos seus súditos espectrais
Teus seguidores ante a cruz,
Evocam a sua existência ancestral
Cantando o mantra que reluz,
Sob a imagem da origem do mal
Venham almas corruptas e frias
Entoar as suas libertinagens gregas,
Cantando as blasfemas elegias,
No altar de nossas missas negras!