Condessa Bathory

Nascida nos bastiões da realeza,

Escrava dos seus instintos doentios,

Pagou-se o alto preço pela beleza,

Por seus atos sádicos e sombrios

Matando algumas inocentes criaturas

Entoando o compasso do alaúde

Nas paredes do castelo as torturas

Preservariam sua insana juventude

Ela dormia quando o sol se esconde

Nas brumas negras do escapismo

Casando-se com um nobre conde

Imergiu a tona seu ritual de sadismo

A velhice era a sua débil fraqueza

Banhando-se no sangue virginal,

Imaginava perpetuar toda beleza,

Por meio do maquiavélico ritual!

Em sua face essa mãos tão frias

Acariciavam seus grandes espelhos,

Quando ao cálice o sangue bebias

Em prece louvava-o assim de joelhos

Donzelas ao castelo eram atraídas,

Com promessas de trabalhos triviais

Mutiladas perdiam as suas vidas

Apodrecendo nestas câmaras frias.

Sua loucura em insana demência

Despertara desconfiança da população

O sangue é o elo da divina essência

Aliviando a dor de sua condenação

Movida por seus impulsos anormais

Foi descoberta em cegueira,

Delatada pelos seus súditos desleais

Morreu queimada na fogueira!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 25/08/2012
Código do texto: T3848907
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