A CASA ASSOMBRADA DE SÃO VICENTE

     Quem me contou essa história foi uma colega de trabalho. E a mesma me disse que este fato que aqui será narrado, aconteceu com a sua própria família. Júlia era o seu nome, seu marido Mário e as filhas Isabela e Carolina.
     Segundo ela, que moravam de aluguel em uma casa e que a mesma fora pedida pelo proprietário, e eles que tiveram que se mudar para um a outra casa onde tudo aconteceu.
     Após o pedido para que desocupasse a casa, seu marido tratou logo de procurar outra casa para se mudarem assim que fosse possível. Depois de alguns dias procurando encontraram uma ótima casa, na verdade era um sobrado parecia antigo mas, em bom estado, recém pitado e o dono foi muito simpático e nem exigiu muito como outros proprietários de imóveis costumavam  fazer. O valor do aluguel foi bem razoável pelo tamanho da casa. Tudo parecia perfeito! Tirando a agitação das duas filhas, uma de sete anos e a outra de dez anos. Finalmente chegou o dia tão esperado para a mudança. Foi com alegria que o casal viu as filhas entrarem correndo eufóricas porta adentro da nova casa, procurando o quarto que seria o delas. Quando a noite chegou todos estavam cansadíssimos e caíram na cama e dormiram como pedras de tanto cansaço!
    Amanheceu o dia e lá estavam eles na casa nova, todos muito alegres desceram para o primeiro café da manhã que a esposa já havia preparado. E os dias transcorreram tranquilos senão por um detalhe, a mãe, Júlia atarefada com a arrumação, de vez em quando se virava como se alguém a tivesse observando, mas achou normal, pois as filhas e o marido andavam pela casa para lá e para cá a todo instante...
    Já havia se passado mais de uma semana na nova casa, e Júlia acordou durante a noite com a luz do banheiro acesa, provavelmente deixada por uma das filhas. Levantou-se e foi até o banheiro e apagou a luz. Na noite seguinte a mesma coisa aconteceu, ela acordou no meio da noite e a luz do banheiro estava novamente acesa, e como todos na casa tinham por hábito apagar as luzes para economizar, pensou: amanhã vou falar com elas. No café da manhã aproveitou para chamar a atenção das filhas sobre a luz acesa desnecessariamente, ao que elas responderam que não haviam se levantado durante a noite! Ficaram sem entender, mas não deram tanta importância ao fato.
   Certa noite, Mário se deitou antes de todos, pois estava muito cansado do trabalho, e depois de um primeiro sono rápido acordou com uns “risinhos” que vinham do banheiro de cima, onde ficavam os quartos. Se virou para lá e para cá e como não conseguisse dormir levantou-se para chamar a atenção das filhas pelos “risinhos” pois já era um pouco tarde, mas para sua surpresa suas filhas dormiam como anjos e sua mulher também já havia se deitado e dormia profundamente! Sem entender voltou para a cama pensativo, será que tinha sonhado? No dia seguinte comentou para a esposa e os dois ficaram preocupados com o episódio, sem, no entanto contar para as filhas.  Outros fatos estranhos continuaram a acontecendo, como por exemplo: Durante a madruga, tanto Mário quanto Júlia ouviam passos que desciam pelas escadas rumo ao andar Térreo, ou som de torneira aberta, quando iam fechar não havia nenhuma torneira aberta...As luzes continuavam aparecendo acesas inexplicavelmente, portas continuavam abrindo quando todos estavam deitados... O casal achava tudo muito estranho, mas não queria “dar asas a imaginação” e muito menos assustar as filhas. Haviam se passado alguns dias que estavam morando na casa.  Certo dia Júlia estava passando roupa no andar de cima ao lado da escada num espaço apropriado ao lado do banheiro, quando teve a sensação de que alguém a observava, a mesma sensação já tinha sentido outras vezes e virou-se rapidamente, e se deparou com uma menina de uns oito anos mais ou menos que debruçada no corrimão da escada olhava para ela atentamente com a cabeça apoiada no braço... Levou um susto e quando ia perguntar quem era a garota, a mesma desapareceu! Ficou muito assustada e esperou aflita a chegada do marido para lhe contar o que havia visto. Mário ficou muitíssimo preocupado e os dois chegaram a conclusão de que algo estranho acontecia naquela casa e que fugia a compreensão deles. Decidiram que iriam no dia seguinte falar com o proprietário da casa e pedir uma explicação. Nessa noite a esposa e as filhas ficaram até mais tarde no térreo, vendo um filme na televisão, e Mário subiu para o quarto, estava muito cansado e decidiu se deitar mais cedo...  Enquanto á em baixo o restante da família continuava a ver o filme. De repente um grito de pavor, e uma correria, era Mário que descia as escadas em disparada!  A esposa e as filhas assustadas perguntaram o que estava acontecendo e Mário quase sem poder falar e com os olhos arregalados, tentou explicar o que havia acontecido: Eu já estava quase dormindo quando senti que havia alguém no quarto... ao mesmo tempo, fiquei todo arrepiado e senti quando algo, entrou embaixo da cama e fez com que o colchão se elevasse, como se alguém muito grande passasse por debaixo dela... Pulei da cama e me precipitei escada a baixo! Enquanto Mário relatava o ocorrido, seu corpo tremia e suas filhas assustadas agarravam-se a Júlia! Naquela noite ninguém mais subiu para o andar de cima, dormiram todos na sala e com todas as luzes acesas!
    No dia seguinte foram falar com o proprietário o que estava acontecendo, e o mesmo um pouco constrangido pediu desculpas e  disse que mais uma vez ele estava perdendo inquilinos por causa do que acontecia lá. E então o casal perguntou :--- O senhor sabe porque essas coisas acontecem ? E ele respondeu abaixando a voz, como se temesse que alguém ouvisse:-- Há muito tempo, naquela casa aconteceu uma coisa terrível! Toda a família foi assassinada, inclusive as filhas do casal, duas meninas... 
    Não demorou muito Mário e a família encontrou outra casa e se mudaram... Sem olhar pra traz.  
    Essas coisas aconteceram com a família do Mário e continuará  acontecendo em todas as partes do mundo, sem que tenhamos uma resposta convincente... Vai depender da crença de cada um...

          Sonia Maria Piologo

Sonia Maria Piologo
Enviado por Sonia Maria Piologo em 24/08/2012
Reeditado em 12/10/2012
Código do texto: T3846425
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