O Cemitério de Realengo - 5ª parte
Voltando a terra, no Bairro Realengo era uma total cena de terror, os mortos estavam por todos os lados, um mal cheiro exalava em todo o bairro, foi o dia em que o bairro parou. Os vivos em pânico buscavam refugio na Igreja Nossa Senhora da Conceição, situada na Estrada Real de Santa Cruz, em frente onde um dia fora a casa de Maria. As lojas fecharam, ninguém ia ao trabalho ou escola, parecia o fim do mundo, os mortos tomaram conta do bairro, o que em sua concepção era deles, foi um terror inesquecível, ainda que se viva cem anos hão de lembrar. Em cada casa, em cada esquina,lá estavam eles assustando os vivos.
Enquanto isso na Igreja os lideres se reuniram para tentar entender o que estava acontecendo e encontrar uma solução para resolver o problema.
Os mais influentes do bairro começaram a dar opiniões de como sanar o problema, e discutiam, discutiam e ninguém chegou a nenhum consenso.
Foi quando um grupo de pessoas mais idosas que quando crianças ouviam contarem histórias sobre o local, se achegaram e juntamente com o Padre Miguel, relataram que aquilo estava acontecendo por desrespeitarem os mortos. E o Padre Miguel tomou a palavra e concluiu que o lugar onde havia a casa de Maria, no passado havia um Cemitério, o qual foi profanado, pois o solo era sagrado, fora consagrado aos mortos e os vivos não respeitaram isso, removendo o Cemitério de Realengo que ficava em frente a Igreja, para a Rua Murundu nº 1140. Profanando os túmulos e desrespeitando os mortos. Pois a cada ação, há uma reação. Agora descoberta a causa precisavam encontra a solução. O Padre Miguel começou a pesquisar em livros da Igreja, como mandar os mortos de volta ao seu descanso.
E naquela noite todos pernoitaram na Igreja, cerraram as portas e faziam revezamento do vigias. E os mortos causaram terror, tentavam entrar em todas as casas inclusive na Igreja e se tivessem fechadas, eles arrombavam.
E tentaram por toda a noite entrarem na Igreja, era morto por todos os lados até no telhado.
Continua...