Jack Estripador
Em meu olhar toda a santa doçura,
De meu semblante humano inocente,
É apenas a máscara oculta da loucura
Que alimenta o ódio nesta mente!
Caminho entre esses sujos bordéis,
Até escolher a minha vítima perfeita,
Levo-a para locais ermos e hotéis
Iniciando a minha demoníaca colheita
Tenho certa repulsa pelas mulheres,
Essas prostitutas que vagam pelas ruas
Retalho-as com os garfos e talheres,
Depois as abandono mutiladas e nuas
Envio meus conselhos para a polícia,
Órgãos dentro de cartas litúrgicas,
Agindo com a frieza e toda malícia
Destas minhas mutilações cirúrgicas
Atormentado desde a recém mocidade,
Nos corredores da aristocracia,
Alimentei toda a paranóia em atrocidade
Já me contaminava na fantasia
E essas mãos pesadas eu amordaço
Aqueles pescoços tão frágeis,
Com as cordas fazendo-se um laço,
Prendo-as nas cadeiras retráteis
Torturo cada vítima com certa maldade,
Que lhe caia bem no momento,
Rindo da minha maquiavélica crueldade
Pelo prazer de ver sofrimento
Apenas um bisturi serve para mutilar
Projetando na mente imagens
Movido por impulso doentio de matar
Os seios, as nádegas e cartilagens!
Corto cada pedaço da pele maquiada
Mutilando seus órgãos genitais,
Extirpando a cabeça na faca decorada
Desfazendo-se dos restos mortais
Manipulado pela patética convulsão
De injetar a maldade e o temor,
Caminhando pela cidade preste atenção
Para não encontrar o estripador!