Começou naquele 12 de junho. (parte2-Sabor de Sangue)

(continuação de "12 de junho banhado a sangue") Ps: Estou a muito tempo sem publicar textos, pois estou a muito sem escreve-los.

Oi! Meu nome é Isabel nasci no começo de 94 e até então já pude ver atentados terroristas, catástrofes naturais e guerras, tudo pela TV é claro...

Mas agora o mundo a minha volta se transformou num verdadeiro caos. Pelo o que lembro tudo começou naquele 12 de junho, nunca tinha visto tanto sangue. Agora tudo que posso fazer é me acostumar com o cheiro, pois tudo a meu redor cheira a sangue.

12 de junho de 2013...

Meus pais foram para a casa de praia com os amigos comemorar o dia dos namorados, só assim fiquei livre. Marcos e eu decidimos dá uma volta no Recife Antigo, parar em algum bar e escutar uma boa música. Andar pelas ruas de prédios degradados ao som dos mais variados ritmos regionais ou não, que se propagam e se misturam com as vozes dos passantes... Tudo para ser perfeito.

Caminhávamos as margens do Capibaribe a maré estava baixa, sua mão estava tão quente ou era a minha que estava fria ainda não sei dizer. O que sei, foi que vi uma pessoa se arrastando na lama escura, à pele pálida contrastava com o rio... “Oh! Meu Deus! Ela precisa de ajuda.”. Ele soltou minha mão e desceu até lá, observei da margem ele se aproximando cada vez mais. O que aconteceu a seguir mesmo agora é difícil demais de descrever, foi tão rápido e tão aterrorizante... Não esperávamos...

Ela o agarrou e deu-lhe dentadas, a cada pedaço de carne que era arrancada dele a poça rubra aumentava na lama.

Corri, corri e corri... “ALGUÉM ME AJUDA!” meu grito saiu em um timbre de pavor terrível. Então um policial me ouviu e foi em minha companhia até o local... Agora eram sete, talvez nove pessoas, surgindo da água. Com uma voz de espanto lembro-me do PM dizer, “Caramba! O que deu neles parecem está drogados?” então lhe disse ofegante, “Temos que fazer alguma coisa o meu namorado está lá!”... Ao ver o estado do corpo de Marcos, na verdade era a metade do corpo dele submerso no sangue. “DROGA! DROGA!” percebi que nada mais poderia ser feito. Percebi também que o PM já tinha saído correndo na direção do posto de policia.

“Venha logo Garota! Merda! Estou sozinho hoje tenho que ligar pra central pra pedir por reforços.” Entramos no posto policial que nada mais era que um trailer, além disso, tinha poucas armas e eu mal sabia o que era uma arma. Eu estava tão apavorada que nem tinha notado no peito dele o seu nome Rodrigo; pele parda, olhos verdes e cabelo curto, bem mais alto que eu e forte. Só podíamos esperar, e esperamos, mas uns dez minutos depois escutamos gritos lá fora, e mais uma fez fui deixada só. O vi saindo com um rifle fechando a porta na minha frente, e as paredes daquele cubículo pareciam se comprimir ainda mais a cada grito. Estava sufocando, precisava fazer algo... Abri a porta e sai de lá. Três daquelas criaturas tinham subido as margens.

Caos e desespero, duas senhoras que tinham saído da livraria foram atacadas uma delas estava com feridas graves. Um tiro, dois, três e ainda, nem recoavam, como se não sentissem dor. Fui até lá, ajudei à senhora que estava mais próximo a mim, a coloquei dentro do trailer e voltei para ajudar a outra. Rodrigo conseguiu derruba-los e já estava prestando socorro à velha, que se debatia no chão enquanto jorrava sangue de seu pescoço. Ele a levou para dentro e vez um curativo, enquanto isso eu estava com o radio comunicando a viatura mais próxima o que tinha acontecido...

Ela não resistiu aos ferimentos, já tinha parado de respirar a outra chorava sobre seu corpo, não aguentei a cena e estava do lado de fora. Os reforços enfim chegaram e fui posta em um carro para ser levada até a delegacia fazer um boletim de ocorrência. Mas antes que o carro saísse ouvi mais um grito e vi a senhora que chorava sair ensanguentada. O carro saiu e pelo retrovisor pude ver tiros sendo disparados contra a pessoa que eu acabara de ver morrer.

No radio da viatura uma voz feminina dizia: “Ataques semelhantes foram registrados em Porto de galinhas é grande o numero de mortos e feridos.”... “Os primeiros ataques foram feitos por náufragos. Provenientes de um navio que vinha da costa africana, tal embarcação nos alertou sobre presença de enfermos a bordo. E sumiu dos nossos radares há dois dias. Entre os primeiros infectados que aparecem na nossa costa identificamos os seus tripulantes.”. “Não temos nenhuma comprovação cientifica. Mas relatos indicam que se trata de uma infecção, transmitida pelo contado com o sangue e saliva. Os mordidos são infectados e logo desacordam, ficando num estado muito parecido com a morte. Então eles acordam descontrolados, e não se sabe por que começam a comer carne humana.”... “Que Deus nos ajude!”

Bela Pessoa
Enviado por Bela Pessoa em 17/08/2012
Reeditado em 20/09/2014
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