Cova de Zumbis

Enquanto caminho pela floresta,

Braços surgem por entre o chão,

Apenas uma sensação me resta

O temor a sua insana premonição.

Algo parecer estar me puxando

Debaixo da terra se erguendo,

Com força tento estar levantado

Na escuridão respira gemendo.

No esforço tento se desvencilhar

Das formas que parecem dedos,

Que me puxam para algum lugar

Aflorando todos os meus medos!

Já são muitos dedos sobre mim,

Empurrando para uma cavidade,

Minhas mãos feridas lutam enfim

Para se livrarem desta bestialidade

Aos poucos vou então entrando,

Pelo buraco sendo carregado,

As mãos pelo redor estão cavando

Em terror estou desesperado!

Caindo em meio a uma escuridão

Ouço gemidos dos seres infernais,

No ar o cheiro horrível da podridão

Da morte e seus enviados abissais

Escuto os barulhos dessas criaturas,

Pela penumbra se aproximando,

Com suas mãos podres e impuras,

Contra a terra vão me empurrando

Já sinto enojar-me a saliva,

De um ser a morder-me o torço

Serei para eles a refeição viva

A multidão reunida no pescoço!

Lentamente meu corpo inteiro

Começa a doer pelas suas mordidas,

Acendo com rapidez o isqueiro

Vendo diante de mim as feridas!

Uma horda de criaturas horrendas,

Engatinham para me devorar

São os zumbis- as criaturas horrendas

Mordendo-me até me matar!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 16/08/2012
Código do texto: T3832715
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