Cova de Zumbis
Enquanto caminho pela floresta,
Braços surgem por entre o chão,
Apenas uma sensação me resta
O temor a sua insana premonição.
Algo parecer estar me puxando
Debaixo da terra se erguendo,
Com força tento estar levantado
Na escuridão respira gemendo.
No esforço tento se desvencilhar
Das formas que parecem dedos,
Que me puxam para algum lugar
Aflorando todos os meus medos!
Já são muitos dedos sobre mim,
Empurrando para uma cavidade,
Minhas mãos feridas lutam enfim
Para se livrarem desta bestialidade
Aos poucos vou então entrando,
Pelo buraco sendo carregado,
As mãos pelo redor estão cavando
Em terror estou desesperado!
Caindo em meio a uma escuridão
Ouço gemidos dos seres infernais,
No ar o cheiro horrível da podridão
Da morte e seus enviados abissais
Escuto os barulhos dessas criaturas,
Pela penumbra se aproximando,
Com suas mãos podres e impuras,
Contra a terra vão me empurrando
Já sinto enojar-me a saliva,
De um ser a morder-me o torço
Serei para eles a refeição viva
A multidão reunida no pescoço!
Lentamente meu corpo inteiro
Começa a doer pelas suas mordidas,
Acendo com rapidez o isqueiro
Vendo diante de mim as feridas!
Uma horda de criaturas horrendas,
Engatinham para me devorar
São os zumbis- as criaturas horrendas
Mordendo-me até me matar!