Devorado Vivo

Vermes rangendo no caixão

Vão rapidamente se procriando

Recortando toda a extensão

Calmamente vão me devorando

Em cima de meu rosto eles caem,

Neste covil solitário e preto,

Os músculos das pernas contraem

Famintos roem meu esqueleto

Roedores rastejam sobre mim,

Roendo todas as minhas digitais,

Enterrado no sepulcro esse fim

Será morrer sem restos carnais

Famintos sentem o pulso da vida

E por cima de mim andam eretos

Retalhando cada parte da ferida

Os vermes, bactérias e os insetos

Esta multidão maldita e repulsiva

Rasgam com furor o corpo quente

Cortando a musculatura carne viva

Em sua fúria visceral e demente

Dilaceram todo material exposto

Sem um remorso de consciência

Lacerando toda parte deste rosto

Desesperados pela sobrevivência

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 07/08/2012
Código do texto: T3817537
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.