Galeria do Suicídio
Entre na galeria por um momento
Sinta seu tormento interno,
No ar o odor da morte pestilento
São as aberturas do inferno
Nestas paredes os mesmos mortos
Apodrecem em suas carcaças,
Se tornando alguns podres corpos
Que alimentam novas traças!
Cada pedaço de um corpo caído
Com o suicídio itinerante,
Será até os ossos sempre corroído
Por uma natureza operante
Cadáveres espalhados pelo chão
Hospedaria de vários vermes,
Vísceras e muitos átrios do coração
Podres peles e suas epidermes
No interior do matadouro infernal
Seu sangue verte em esguicho
Para se tornar apenas resto material
E pela biosfera um novo nicho
Cada centímetro de massa corporal
Será estagnado pelo tempo,
E todo o sistema digestivo e sexual
Virá a apodrecer no relento