O Último Beijo XV -

A batalha se desenvolvia de forma desenfreada. Os mortos se multilicavam quando Dlad ordenou que as feras que habitavam nos subterrâneos fossem lançados para o ataque. Muitos dos mercenários desertaram - sentiam que a luta era cruel, desleal.

O terreno se dividia entre o pântano, terreno rochoso e arenoso. Dlad e seus homens fiaziam so mercenários de espada de aluguel experimentarem o terror de ter invadido os seus domínios.

- Estão sendo esmagados. Estão sendo experimentando o dissabor de terem me desafiado.

Dizia Dlad, enquanto dois serviçais o ajudam a se livrar da sua armadura de guerreiro da espada vermelha. A cada incursão sua no campo de batalha, dezenas de inimigos eram furados, braços arrancados, cabeças rolavam ao chão. Até mesmo os corcéis experimentavam a sua fúria.

- O meu pai, Dlad, por favor, o Capelão da minha Igreja, por favor...

Dlad a olhou com um olhar frio, sem sentimentos.

- Por enquanto, ordenei aos meus guerreiros que poupem a vida daqueles tolos. Morrer para eles seria uma glória. O pior para os derrotados é viver como vencidos.

Dlad fora informado que os aldeões estavam amontinados pelas dependências do castelo. ocupavam os porões e as celas que não guardavam mais prisioneiros. Eram muitos. Não tinham muitos alimentos e a higiene não era das melhores. Muitas crianças e velhos.

- Existe uma passagem secreta por um túnel que leva até ao bosque do penhasco. La poderão aguardar o fim da batalha. Existem inúmeras cavernas. Deixem que levem mantimentos. O Ghuy que tem as chaves dos portões do castelo conhece o percurso. Cuidem de levá-los com urgência.

No campo de batalha os religiosos tentavam ver aos mmercenários de que Deus os protegia, e que as muitas perdas eram fruto da pouca fé em empunhar à espada do senhor.

Seres de formas grotescas, de estaturas avantajadas e empunhando armas rústicas e pesadas foram libertadas dos porões do castelo e estavam encurralando os invasores que lutavam contra Dlad. A morte rondava o campo de batalha. Os corpos se espalhavam pelo pântano, pela floresta e por entre o terreno rochoso. Os recrutados pela igreja eram de todas as idades. Crianças estavam morrendo de forma brutal, e covarde. Centenas de cadáveres em putrefação ja serviam de comida para os corvos, lobos e demais carniceiros da Floresta dos Morcegos.

Lady Bella vivia triste, e da janela do seu quarto podia ouvir o tilintar das espadas se chocando e os gritos de morte no furor da batalha. cavalos relinchavam morrendo. Apertava-lhe o coração ao ouvir jovens mancebos soltando ritos de pavor ao morrerem. Dizia:

-Não, meu deus, não...não, por favor, não.....Ja não suporto ver cenas tão mosntruosas, dantescas. Acontece uma coisa infernal.

Levada por um sentimento de amor fraterno, desesperada, Lady Bella desceu a vasta escadaria que conduzia ao salão de reuniões do castelo. Ali, encontrou Vlad em mais uma reunião com os seus homens de guerra. Acertavam de que forma se daria o cerco final, e o que fariam com os prisioneiros.

-Dlad, Dlad...Dlad...

mais uma vez, uma reunião importante interrompida.

-Deixe-me ir, é a mim que eles querem, parem com a matança. Vejo crianças serem assassinadas de forma impiedosa pelos mosntros que criam no seu calabouço. Isso é cruel criariatura dos infernos.

Um violento tapa fê-la ir ao solo. Todos ficaram em silêncio aguardando o desenrolar daquele embate entre o Príncipe das Trevas e a escolhida da igreja.

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 21/07/2012
Reeditado em 16/06/2013
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