Ataque noturno
A jovem correspondia apaixonadamente ao beijo, quando sentiu a lufada de ar atrás de si. Tentou se libertar do abraço para ver oque era, mas o namorado a abraçou ainda mais forte. Nesse momento, algo a mordeu dolorosamente na nuca. O grito de dor interrompeu o beijo. O rapaz entrou em desespero quando a moça caiu ao chão, desmaiada. A lua cheia iluminou a cena macabra. Um enorme morcego sugava o pescoço da jovem desfalecida. Tremulo de medo, o moço apanhou um galho de árvore e avançou contra o animal. Ao ser atacado, o morcego se afastou da vítima e antes de alçar voo, seus olhos avermelhados ainda encararam o rapaz em desafio. Preocupado com a namorada que continuava inconsciente, o namorado a carregou até o carro e em alta velocidade dirigiu para o hospital da cidade. Duas horas depois a garota morreu, sem recobrar a consciência. O laudo da morte foi perda excessiva de sangue. Primeiro foi a vaca malhada, agora a cabra aparecera morta misteriosamente. O fazendeiro coçou a cabeça confuso. Que espécie de animal era aquele que matava a presa sugando todo o seu sangue? Nunca houvera ataques como esses por ali. Sua fazenda não era a única. Outros fazendeiros perderam criações nas mesmas circunstancias. Chegaram a se unir em uma caçada, mas o predador não foi encontrado. O pior é que agora animais pequenos, também estavam sendo atacados. Gatos, cachorros, e galinhas amanheciam mortos todos os dias. Era madrugada, a mulher acordou na hora de costume em que amamentava o filho. Fazia muito frio, por isso ela decidiu ficar na cama um pouquinho mais. Se o menino ainda não chorara reclamando a mamada, é porque estava dormindo. Com esse pensamento ela se enroscou no marido e adormeceu novamente. O sol atravessava as cortinas quando a mulher despertou novamente. Uma espécie de intuição a fez se levantar rapidamente e ir olhar o bebê. O baque que fez o seu corpo ao cair no chão, despertou o marido que ainda dormia. De um salto, o homem deixou a cama e se aproximou da esposa caída. Antes, porém que se abaixasse para socorrê-la, seus olhos se dirigiu para o filho. A criança estava muito quieta e em seu pescoço havia um grande ferimento com resquícios de sangue acumulado. Mesmo sem tocá-la, o pai soube que estava morta. Seu grito de desespero ecoou na manhã que se iniciava. (continua) Vânia Lopes 18/07/2012