A Morte

Vi-a sequer uma vez,

Com a foice e o cajado

Tinha o rosto em palidez

No negro manto trajado

Andava com certa calma,

Seguindo meu caminho,

Vinha buscar a minha alma

No trajeto que fiz sozinho

Sua aura era sobrenatural,

Tinha os cabelos brancos,

Seu aroma tão sepulcral,

Guiava-se a passos mancos

Tinha as mãos transparentes

Cobertas de enormes chagas,

E sua língua por entre dentes

Destilava as malditas pragas

Seu semblante era diabólico

E a sombra algo espectral,

Falava em um tom retórico

Com seu tom de funeral

-Vinde a mim pobre mortal,

Assim sussurrava o ser,

-Tua viagem transcendental

Será para mim um prazer

Percebi então que era tarde,

Que logro essa minha má sorte,

Pois ao inferno a alma arde,

Quando fui ceifado pela morte!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 03/07/2012
Código do texto: T3758320
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.