A CASA DA COLINA 2 (o espantalho)
(...) leiam a casa da colina (o medo é seu maior inimigo)
Kim pediu para Iva fechar todas as portas e janelas,ela ficou nervosa e disse que ele a estava assustando, então Kim a perguntou:
- mas você não se lembra? dos vampiros,lobisomem, meus avós que voltaram do porão e mataram nossos amigos?
- você estava só sonhando, foi um pesadelo.
- você não entendeu, o espantalho sorriu pra mim e os olhos dele ficaram vermelhos.
- você está muito agitado é melhor tomar um calmante, quem sabe você não dorme, quando acordar estará mais relaxado.
Não nada de calmante e tranquilizante, se eu dormir vai ser pior.
A chuva começou a aumentar, o caseiro, um sujeito estranho de cabelos compridos e grisalhos, coberto por um grande chapéu de palha, camisa xadrez surrada e galochas, segurava um facão quando bateu á porta.
Kim pediu para que Iva não abrisse, para perguntar quem era primeiro, ela respondeu que era o caseiro, então Kim disse para ela o deixasse entrar.
Quando Kim olhou para o caseiro, começou a se tremer todo, não conseguia dizer uma palavra.
O caseiro disse que se precisasse de alguma coisa ele estaria na casa ao lado do celeiro, se não quisessem se molhar era só puxar a corda do sino que ficava pendurado na varanda.
Iva percebeu o pavor nos olhos de Kim, e perguntou a ele porque estava daquele jeito, ele disse que tinha alguma coisa errada naquele lugar.
Enquanto isso na estrada os amigos, Matheus, Karina, Nicolas e Fernanda já estavam chegando, na estrada Karina avistou uma ponte de madeira, mas apesar de estarem próximos da fazenda, lá não chovia, estava um dia lindo e ensolarado, o carro se aproximou da ponte, Matheus diminuiu a velocidade e atravessou a ponte bem devagar, Fernanda fechou os olhos para não olhar para baixo, era um grande precipício com um pequeno rio que passava embaixo.
A ponte era bem velha com madeiras podres, Nicolas pediu para Matheus ir com calma, mas já estava quase atravessando, as rodas dianteiras já haviam passado quando a ponte começou a desmoronar, Karina e Fernanda começaram a gritar para Matheus acelerar, ele acelerou mas a ponte já havia caído totalmente, as rodas dianteiras ficaram penduradas no precipício, Nicolas pediu para que ninguém se mexesse, Matheus disse para Nicolas sair do carro devagar e para as meninas passarem para a frente e sair também pela porta dianteira, o carro começou a balançar, só faltava Fernanda sair, ela apavorada se enroscou no cinto de segurança, Matheus pediu para que ficasse calma, mas era impossível, finalmente ela conseguiu sair.
A traseira ficou mais leve, consequentemente as rodas traseiras se nivelaram e os pneus já encostavam no barranco, quando Matheus acelerava e os pneus patinavam nos cascalhos na beira do barranco, mas aos poucos as rodas foram subindo até se nivelar com a rua de terra.
Matheus acelerou e o carro saiu em velocidade na estrada soltando poeira no ar, aliviados todos aproveitaram para beberem água, Matheus pediu para que Nicolas dirigisse o restante do caminho, já dentro do carro, Matheus aproveitou para relaxar as costas e as pernas.
Karina tentava ligar para a amiga Iva, mas só dava fora de área ou desligado, acabou desistindo.
Na fazenda, Kim fechou todas as janelas e portas, era tarde, mas já parecia noite, a chuva forte e o vento que assoviava batendo nas janelas, Iva estava com medo, pediu para que Kim se deitasse ao lado dela na cama, Kim disse que não, tinha que estar atento a qualquer anormalidade, determinado ele vasculha a casa que ainda não conhecia, não havia muita coisa para se defender a não ser algumas ferramentas, foices, machados, rastelos, mas memorizou tudo, onde estava cada objeto caso precisasse, no quarto havia uma porta no teto que levava até um sótão, ele preparou uma escada e subiu, aproveitava enquanto ainda era possível ver alguma coisa, no sótão, tinha uma janela de vidro que tinha uma visão geral de toda a área da fazenda até onde seus olhos pudessem alcançar, uma cama ao canto esquerdo e uma pequena escrivaninha de frente para a janela, talvez fosse o melhor lugar para alguém que gostasse de escrever algum romance, abriu as gavetas e encontrou um crucifixo com as pontas em forma de setas pontiagudas, provavelmente deveria ser de sua avó e guardou no bolso da calça, sem ver nada mais interessante ele desceu, fechou a porta e guardou a escada, como ele não quis se deitar com Iva, ela foi até a cozinha fazer um chá e observando as atitudes estranhas do namorado. Kim foi até a parte de trás da casa e descobriu outro cômodo que apesar de ser colado ao da casa principal, não viu nenhum acesso para ele por dentro da casa, era uma porta dupla de madeira, estava fechada com uma corrente que atravessava por dentro e saindo em outro buraco na outra folha de madeira, ele puxou a corrente que estava apenas enrolada e jogada as pontas para dentro, abriu as portas e encontrou algumas lamparinas antigas, mas mesmo assim ele as separou.Está escurecendo rápido, muitos raios rasgavam o céu seguidos de trovões, Kim aproveitava os clarões para olhar dentro do cômodo, no momento que um raio iluminou o cômodo e viu um espantalho parado no canto e olhando direto para ele, Kim se assustou e acabou tropeçando, na sequencia mais um raio disparou e a claridade fez ele perceber que era apenas um chapéu colocado sobre uma escavadeira, o coração parecia que estava saindo pela boca,se recompôs do susto e quando estava saindo, observou uma ferramenta não muito comum, ele entrou novamente no cômodo e pegou aquela ferramenta e levou para o lado de fora para ver melhor.
Na verdade se tratava de um tipo de lança chamas, tinha dois tubos de gás presos com uma tira que prendia as costas formando um tipo de mochila, uma haste em forma de maçarico, ele pegou e levou para dentro da casa,ele mostrou o que havia achado para Iva, e perguntou para ela o que uma coisa daquelas estaria fazendo ali, Iva que estudava veterinária sabia bem para que servia aquilo, ele explicou que se tratava de um lança chamas caseiro, geralmente era usado em galinheiros para queimar as penas e as fezes para eliminar bactérias que causariam doenças nas aves e nas próprias pessoas, ele achou interessante e guardou em um canto da casa.
O tempo escureceu de vez, apesar de ser tarde estava parecendo noite, o céu estava carregado e com nuvens escuras, relâmpagos rasgavam o céu escuro acompanhados de trovões, Kim entregou as lamparinas para Iva que as acendeu, clareando um pouco pelo menos uma parte da casa.
Os amigos já estavam chegando na fazenda, quando Karina que sempre estava atenta, observou alguma coisa estranha, ao longe ela avistou as nuvens escuras e os raios que caiam céu abaixo, ela avisou para os amigos que acharam estranho, onde estavam fazia sol ainda, como é que estava chovendo lá na frente? Pingos de chuva começaram a cair sobre o carro e cada vez mais ia ficando mais intenso, definitivamente parecia que entraram em outra dimensão, o tempo se fechou de repente e estavam no meio de uma tempestade, os raios cortavam a escuridão á frente do carro, as meninas se grudaram no banco traseiro, mais a frente um raio caiu dentro da mata e atingiu algumas arvores que pegaram fogo, uma delas caiu no meio da estrada impedindo a passagem do carro, a chuva estava muito forte e os poucos postes de luz que havia na estrada não estavam funcionado devido ao raio que atingiu o reator próximo á fazenda. Era uma cena assustadora, na escuridão os faróis do carro iluminavam o restante da estrada de terra á frente, os pingos de chuva que atravessavam na frente dos faróis, raios que caiam um atrás do outro, trovões que fazia estremecer o chão, dos lados e atrás não era possível ver absolutamente nada, era pura treva.
Matheus e Nicolas desceram para tentar remover o tronco de árvore, mas era muito pesada, na escuridão dentro da mata, Fernanda disse ter visto olhos vermelhos olhando para eles, Nicolas pediu pra ela parar com aquilo, que deveria ser as faíscas das arvores que queimaram, Matheus deu risadas e disse como poderia ser faíscas naquela tempestade, eles entraram no carro e ficaram pensando uma forma de sair dali, para se distraírem, Matheus ligou o som e ficaram ouvindo The Number Of The Best, do Iron Maiden , acendeu uma marihuana e compartilhou com os amigos.
Na escuridão alguém ou alguma coisa passou correndo atrás do carro, Matheus perguntou aos amigos se alguém tinha visto aquilo.
- aquilo o que? Perguntou de volta Karina.
- alguém ou alguma coisa de chapéu passou correndo atrás do carro.
- se liga Matheus só deu uns tragos e já ta viajando?
Fernanda a mais medrosa diz:
- gente para com isso, não tem graça essas brincadeiras.
- mas eu to falando sério, passou alguma coisa correndo...
De repente alguma coisa subiu encima do carro e começou a bater no teto.
Matheus pediu para o amigo desligar o som e os faróis, que de alguma forma chamou atenção de algum bicho.
Uma revoada de corvos se aglomeraram em cima do carro e começaram a crocitar.
Enquanto isso na fazenda,a noite estava mais escura que o costume, Iva preparava o jantar, enquanto Kim se distraia consertando ou dando uma revisada no lança chamas, um corvo conseguiu entrar dentro de casa por algum lugar e pousou em um dos caibros que sustentava o telhado, com um grito alto começou a incomodar Iva, Kim tentava espanta-lo com uma vara mas o corvo se sentindo ameaçado,começou atacar Kim com voos rasantes, ele teve uma ideia repentina, pegou o lança chamas e apontou para o corvo que voou em sua direção tentando ataca-lo com bicadas, Kim não pensou duas vezes e acendeu o maçarico e lançou o fogo sobre a negra ave que caiu em chamas grasnando aterrorizantemente, logo em seguida vários corvos tentavam invadir a casa, muitas começaram a bater as garras e dar bicadas no vidro das janelas, Iva pegou uma vasoura e ficou perto de Kim, naquele momento um raio atingiu o milharal e alguns pés começaram a pegar fogo, o cachorro do caseiro começou a latir freneticamente, o caseiro e seu filho saíram para fora com lamparinas na mão e tentavam ver alguma coisa, viram o milharal pegando fogo, foram até a casa principal ver se o casal estava bem, Kim e Iva estavam na janela observando o fogo que aos poucos se apagava com a chuva e avistaram o caseiro e seu filho vindo em sua direção, nesse momento uma nuvem cinzenta de corvos grasnando ferozmente atacaram os dois homens que tentavam se proteger com as mãos, os dois caíram no chão quando Kim abriu a porta e correu para socorrê-los, alguns avançaram em sua direção, ele apontou o lança chamas e ateou fogo naqueles que tentavam se aproximar , muitos pegando fogo soltavam um grito terrível e assustador, mas aqueles homens se debatiam e gritavam de dor enquanto os corvos malditos dilaceravam seus corpos, quando Kim se aproximou deles, os corvos olharam para ele com olhos vermelhos como fogo, Kim se assustou mas se aproximou e lançou as chamas sobre eles, alguns caíram fumaçando no chão enquanto outros se afugentaram, Kim tentava Levantar os Homens, mas eles já estavam sem vida, seus olhos haviam sido arrancados, seus rostos todos com buracos feitos com as bicadas das malditas aves, com uma fúria descontrolável, o cachorro se soltou da corrente e partiu em direção ao milharal, na confusão toda Kim olhou para onde o cachorro estava correndo, foi quando ele percebeu que o espantalho havia sumido, no lugar só havia uma grande cruz de madeira queimada pelo raio que atingiu o milharal (...).
Ainda na estrada os amigos ainda estavam dentro do carro esperando a tempestade passar, os corvos permaneciam encima do carro, uma criatura grande de olhos vermelhos como fogo, vestido de caipira e um grande chapéu de palha atacou o carro quebrando os vidros com uma foice, as meninas começaram a gritar desesperadamente, os rapazes abriram o carro e tentaram atacar a criatura, mas com a foice ele cortou a cabeça de Matheus, enquanto sua cabeça rolava na lama, seu corpo que jorrava sangue ainda permanecia em pé por alguns segundos e desabou no lamaçal da estrada, as meninas foram atacadas pelos corvos dos infernos, seus gritos de terror e de dor ecoaram na escuridão, Nicolas tentou se proteger com um pedaço de pau que encontrou no chão, os corvos o atacaram enquanto o espantalho foi em sua direção, ele tentou correr mas um dos corvos começou a bicar seus olhos, com uma das mãos tentava se proteger enquanto a outra dava pauladas no ar tentando acertar os corvos, mas era tarde demais, os gritos das amigas são silenciados, ele sente um grande impacto em suas costas, não consegue sentir mais dor, os corvos não o incomodam mais, sente um liquido quente correr pelo seu corpo, a escuridão era total, a pouca luz que ainda podia ver, agora foi se apagando rápido demais, nem mesmo sentiu seu corpo cair por cima do tronco da arvore caída na estrada.
(...) Kim ouviu gritos de Iva dentro da casa, ele correu em sua direção dizendo que já estava chegando, quando ele entrou, viu sua amada morta e cercada pelos corvos grasnando e com os olhos ainda pendurados no bico, ao lado um grande espantalho de olhos vermelhos fumegantes com seu sorriso macabro juntamente com seu cachorro de dentes afiados e os olhos da mesma forma do dono estavam á sua espera, Kim segurou firme seu lança chamas e ateou fogo em direção aos inimigos, mas as aves do inferno formaram um escudo á sua frente e sacrificaram suas vidas para salvar o mestre, o fogo não atingiu o inimigo, nessa hora Iva se levantou e olhou para Kim com os olhos de fogo, o caseiro e seu filho também chegaram e o cercou, os corvos se afugentaram em direção ao milharal, nesta mesma hora seus amigos entraram, Iva se aproximou de Kim e disse que agora estavam todos reunidos, o espantalho desaparece juntamente com seu cachorro, ficaram apenas Iva e os amigos cadáveres de olhos vermelhos, Kim pediu pelo amor de Deus para não mata-lo, mas os amigos avançaram pra cima de Kim, cada um agarrou uma perna e um braço, Iva debruçou sobre seu corpo, Kim tentava se debater, mas estava seguro, ela aproximou seu rosto bem próximo ao de Kim, ele começou a gritar e viu a boca dela se transformando em bico igual ao dos corvos e se aproximando a sua, ele fechou os olhos para não vê-la arrancar seus olhos, mas o que ele sentiu foi uma grande quantidade de água gelada caindo sobre seu rosto, Kim acordou e viu os amigos o puxando pelos braços e pelas pernas, Iva dava risadas segurando uma jarra de água, seu coração batia tão forte que podia ver seus batimentos na camiseta grudada ao corpo misturada com suor e água gelada, em vez de ficar nervoso ele se levantou respirou profundamente e deu um grande beijo na sua amada, depois ele abraçou cada um dos amigos e perguntou o que eles estavam fazendo ali.
Iva tomou a frente e falou primeiro.
- você foi dormir pensando tanto nesta viagem que acabou tendo um pesadelo, primeiro começou a Murmurar e a se mexer demais na cama, mas agora de manha você piorou, eu não te acordei porque dizem que não era bom acordar quem está tendo pesadelo, aí você começou a gritar literalmente, fiquei com medo e sem saber o que fazer, liguei pros meninos que chegaram e resolveram fazer uma brincadeira com você.
- Mas e aí Kim, o que foi que você sonhou? Perguntou Nicolas.
- sonho? Isso foi pesadelo pesado mesmo, o pior de tudo é que em vez de um, tive dois pesadelos, um seguido de outro, mas depois eu vou contar pra vocês mas acho que não vou lembrar de tudo, mas foi punk!
- bom, de qualquer forma a nossa viagem está de pé não é? Pergunta Fernanda.
- o que? Você esta é maluca, meu pai não queria que eu fosse para aquela casa, acho que esse pesadelo quis me avisar alguma coisa, vamos viajar sim, mas vamos para outro lugar, se alguém tiver alguma ideia fique a vontade.
- minha tia tem uma casa para temporada em Paraty no interior do Rio, posso ligar pra ela, diz Karina.
- opa! Pode ser sim, só sei que não quero ficar em casa nas férias, comenta Iva.
Karina ligou para a tia e confirmou, a casa estava vazia, como as coisas já estavam prontas, era só pegar a estrada.
Todos foram para a rua, Kim desceu para a garagem para tirar o carro, Iva ficou esperando por ele na rua junto com os amigos, Iva entrou no carro que ia também Matheus e Karina, já que Nicolas e Fernanda foram na saveiro que levava as malas, agora era real, Kim estava finalmente indo curtir a férias com os amigos, tinha um bom caminho pela frente, mas o Rio era logo ali, Iva pediu para Kim ligar o som e por o cd do AC/DC, HIGHWAY TO HELL! Os carros sumiram na autoestrada, partindo para uma nova aventura, mas dessa vez sem pesadelos, assim esperava Kim. FINAL!
Um Sonho dentro de um Sonho
Tome este beijo sobre tua fronte!
E, desvencilhando-me de ti agora,
Permita-me confessar -
Não erras, ao supor
Que meus dias têm sido um sonho;
Ainda se a esperança esvaiu-se
Numa noite, ou num dia,
Numa visão, ou em nenhuma,
Tudo aquilo que vemos ou nos parece
Nada mais é do que um sonho dentro de um sonho.
Permaneço em meio ao bramido
Da costa atormentada pelas ondas,
E seguro em minha mão
Grãos dourados de areia-
Quão poucos! E, contudo como arrepiam
Por entre meus dedos às profundezas,
Enquanto choro e quanto choro!
Oh Deus! Não posso eu segurá-los
De punho mais firme?
Oh Deus! Não posso salvar
Um único da onda impiedosa?
Tudo aquilo que vemos ou nos parece
Nada mais é do que um sonho dentro de um sonho.
(Edgar Allan Poe)
PARALISIA DO SONO:
Você está dormindo em sua cama… de repente, acorda, mas, para sua surpresa, não consegue se mexer… “o que está acontecendo?” você pensa, enquanto olha para seu corpo, imóvel na escuridão do seu quarto.
Enquanto isso acontece, você nota algo diferente. Então percebe: não está sozinho.
Pior, uma presença com forma humana esmaga seu peito. E ela é má.
Você acordou no mundo dos sonhos, e não há nada que possa fazer a respeito.
Esse fenômeno estranho acontece com uma porcentagem estimada de 50% da população pelo menos uma vez na vida. No meu caso acabei acordando uma das pessoas que dividia a casa comigo com meus gritos, depois que a paralisia passou (história real).
O que é?
A Paralisia do Sono é caracterizada por uma paralisia temporária do corpo imediatamente após o despertar ou, com menos frequência, imediatamente antes de adormecer. Também é conhecida como Atonia REM por estar diretamente relacionada à paralisia que ocorre como uma parte natural do nosso sono REM, a fase do sono em que ocorrem nossos sonhos mais vívidos. Durante esta fase os olhos movem-se rapidamente (em Inglês, rapid eye movement) e a atividade cerebral é similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado.
Como é sabido, nosso cérebro paralisa os músculos durante essa fase do sono para prevenir possíveis lesões pelo fato de algumas partes do corpo poderem se mover durante o sonho (principalmente ao sonharmos que estamos caindo ou quando damos uma pancada na parede). Quando acordamos subitamente o cérebro pode “não perceber” e o estado de paralisia não é desativado.
O resultado vocês já devem prever: a pessoa fica consciente, mas incapaz de se mover. Para piorar o cenário de desespero esse estado pode ser acompanhado pelas chamadas alucinações hipnagógicas, que envolvem imagens e sons, características dessa condição.
Alguns cientistas acreditam que este fenômeno está por trás de muitos relatos de abduções alienígenas e encontros com fantasmas (tenho certeza que vai ter muita gente reclamando nos comentários).
Os sintomas (adaptado da Wikipedia)
Paralisia: ocorre pouco antes da pessoa adormecer ou imediatamente após despertar. A pessoa não consegue mover nenhuma parte do corpo, nem falar, tem apenas um controle mínimo sobre os olhos e a respiração.
Alucinações: Imagens e sons que aparecem durante a paralisia. A pessoa pode pensar que existe uma presença atrás dela ou ouvir sons estranhos. As alucinações parecem-se muito com sonhos, possivelmente fazendo a pessoa pensar que ainda está sonhando. Algumas pessoas relatam também sentirem um peso no peito, como se alguém ou algum objeto pesado estivesse pressionando-o.
Estes sintomas podem durar de alguns poucos segundos até vários minutos e podem ser considerados assustadores para algumas pessoas.
Pouco se sabe sobre a fisiologia da paralisia do sono. Já foi sugerido que ela esteja relacionada à inibição pós-sináptica de neurônios motores na ponte do tronco cerebral. Particularmente, níveis baixos de melatonina podem interromper a despolarização em atividade nos nervos, a qual previne o estímulo dos músculos.
Alguns estudos sugerem que existem vários fatores que aumentam a probabilidade da ocorrência de paralisia do sono e de alucinação. Eles incluem:
• Dormir de barriga para cima;
• Agenda de sono irregular; cochilos; privação de sono;
• Stress elevado;
• Mudanças súbitas no ambiente ou na vida de alguém;
• Um sonho lúcido que imediatamente precede o episódio; a indução consciente da paralisia do sono também é uma técnica comum para entrar em um estado de sonho lúcido;
• Sono induzido através de medicamentos, como anti-histamínicos.
• Uso recente de drogas alucinógenas (essa era fácil de imaginar que estaria na lista)
• Espero que tenham gostado deste conto, abraços e até o próximo encontro!
(...) leiam a casa da colina (o medo é seu maior inimigo)
Kim pediu para Iva fechar todas as portas e janelas,ela ficou nervosa e disse que ele a estava assustando, então Kim a perguntou:
- mas você não se lembra? dos vampiros,lobisomem, meus avós que voltaram do porão e mataram nossos amigos?
- você estava só sonhando, foi um pesadelo.
- você não entendeu, o espantalho sorriu pra mim e os olhos dele ficaram vermelhos.
- você está muito agitado é melhor tomar um calmante, quem sabe você não dorme, quando acordar estará mais relaxado.
Não nada de calmante e tranquilizante, se eu dormir vai ser pior.
A chuva começou a aumentar, o caseiro, um sujeito estranho de cabelos compridos e grisalhos, coberto por um grande chapéu de palha, camisa xadrez surrada e galochas, segurava um facão quando bateu á porta.
Kim pediu para que Iva não abrisse, para perguntar quem era primeiro, ela respondeu que era o caseiro, então Kim disse para ela o deixasse entrar.
Quando Kim olhou para o caseiro, começou a se tremer todo, não conseguia dizer uma palavra.
O caseiro disse que se precisasse de alguma coisa ele estaria na casa ao lado do celeiro, se não quisessem se molhar era só puxar a corda do sino que ficava pendurado na varanda.
Iva percebeu o pavor nos olhos de Kim, e perguntou a ele porque estava daquele jeito, ele disse que tinha alguma coisa errada naquele lugar.
Enquanto isso na estrada os amigos, Matheus, Karina, Nicolas e Fernanda já estavam chegando, na estrada Karina avistou uma ponte de madeira, mas apesar de estarem próximos da fazenda, lá não chovia, estava um dia lindo e ensolarado, o carro se aproximou da ponte, Matheus diminuiu a velocidade e atravessou a ponte bem devagar, Fernanda fechou os olhos para não olhar para baixo, era um grande precipício com um pequeno rio que passava embaixo.
A ponte era bem velha com madeiras podres, Nicolas pediu para Matheus ir com calma, mas já estava quase atravessando, as rodas dianteiras já haviam passado quando a ponte começou a desmoronar, Karina e Fernanda começaram a gritar para Matheus acelerar, ele acelerou mas a ponte já havia caído totalmente, as rodas dianteiras ficaram penduradas no precipício, Nicolas pediu para que ninguém se mexesse, Matheus disse para Nicolas sair do carro devagar e para as meninas passarem para a frente e sair também pela porta dianteira, o carro começou a balançar, só faltava Fernanda sair, ela apavorada se enroscou no cinto de segurança, Matheus pediu para que ficasse calma, mas era impossível, finalmente ela conseguiu sair.
A traseira ficou mais leve, consequentemente as rodas traseiras se nivelaram e os pneus já encostavam no barranco, quando Matheus acelerava e os pneus patinavam nos cascalhos na beira do barranco, mas aos poucos as rodas foram subindo até se nivelar com a rua de terra.
Matheus acelerou e o carro saiu em velocidade na estrada soltando poeira no ar, aliviados todos aproveitaram para beberem água, Matheus pediu para que Nicolas dirigisse o restante do caminho, já dentro do carro, Matheus aproveitou para relaxar as costas e as pernas.
Karina tentava ligar para a amiga Iva, mas só dava fora de área ou desligado, acabou desistindo.
Na fazenda, Kim fechou todas as janelas e portas, era tarde, mas já parecia noite, a chuva forte e o vento que assoviava batendo nas janelas, Iva estava com medo, pediu para que Kim se deitasse ao lado dela na cama, Kim disse que não, tinha que estar atento a qualquer anormalidade, determinado ele vasculha a casa que ainda não conhecia, não havia muita coisa para se defender a não ser algumas ferramentas, foices, machados, rastelos, mas memorizou tudo, onde estava cada objeto caso precisasse, no quarto havia uma porta no teto que levava até um sótão, ele preparou uma escada e subiu, aproveitava enquanto ainda era possível ver alguma coisa, no sótão, tinha uma janela de vidro que tinha uma visão geral de toda a área da fazenda até onde seus olhos pudessem alcançar, uma cama ao canto esquerdo e uma pequena escrivaninha de frente para a janela, talvez fosse o melhor lugar para alguém que gostasse de escrever algum romance, abriu as gavetas e encontrou um crucifixo com as pontas em forma de setas pontiagudas, provavelmente deveria ser de sua avó e guardou no bolso da calça, sem ver nada mais interessante ele desceu, fechou a porta e guardou a escada, como ele não quis se deitar com Iva, ela foi até a cozinha fazer um chá e observando as atitudes estranhas do namorado. Kim foi até a parte de trás da casa e descobriu outro cômodo que apesar de ser colado ao da casa principal, não viu nenhum acesso para ele por dentro da casa, era uma porta dupla de madeira, estava fechada com uma corrente que atravessava por dentro e saindo em outro buraco na outra folha de madeira, ele puxou a corrente que estava apenas enrolada e jogada as pontas para dentro, abriu as portas e encontrou algumas lamparinas antigas, mas mesmo assim ele as separou.Está escurecendo rápido, muitos raios rasgavam o céu seguidos de trovões, Kim aproveitava os clarões para olhar dentro do cômodo, no momento que um raio iluminou o cômodo e viu um espantalho parado no canto e olhando direto para ele, Kim se assustou e acabou tropeçando, na sequencia mais um raio disparou e a claridade fez ele perceber que era apenas um chapéu colocado sobre uma escavadeira, o coração parecia que estava saindo pela boca,se recompôs do susto e quando estava saindo, observou uma ferramenta não muito comum, ele entrou novamente no cômodo e pegou aquela ferramenta e levou para o lado de fora para ver melhor.
Na verdade se tratava de um tipo de lança chamas, tinha dois tubos de gás presos com uma tira que prendia as costas formando um tipo de mochila, uma haste em forma de maçarico, ele pegou e levou para dentro da casa,ele mostrou o que havia achado para Iva, e perguntou para ela o que uma coisa daquelas estaria fazendo ali, Iva que estudava veterinária sabia bem para que servia aquilo, ele explicou que se tratava de um lança chamas caseiro, geralmente era usado em galinheiros para queimar as penas e as fezes para eliminar bactérias que causariam doenças nas aves e nas próprias pessoas, ele achou interessante e guardou em um canto da casa.
O tempo escureceu de vez, apesar de ser tarde estava parecendo noite, o céu estava carregado e com nuvens escuras, relâmpagos rasgavam o céu escuro acompanhados de trovões, Kim entregou as lamparinas para Iva que as acendeu, clareando um pouco pelo menos uma parte da casa.
Os amigos já estavam chegando na fazenda, quando Karina que sempre estava atenta, observou alguma coisa estranha, ao longe ela avistou as nuvens escuras e os raios que caiam céu abaixo, ela avisou para os amigos que acharam estranho, onde estavam fazia sol ainda, como é que estava chovendo lá na frente? Pingos de chuva começaram a cair sobre o carro e cada vez mais ia ficando mais intenso, definitivamente parecia que entraram em outra dimensão, o tempo se fechou de repente e estavam no meio de uma tempestade, os raios cortavam a escuridão á frente do carro, as meninas se grudaram no banco traseiro, mais a frente um raio caiu dentro da mata e atingiu algumas arvores que pegaram fogo, uma delas caiu no meio da estrada impedindo a passagem do carro, a chuva estava muito forte e os poucos postes de luz que havia na estrada não estavam funcionado devido ao raio que atingiu o reator próximo á fazenda. Era uma cena assustadora, na escuridão os faróis do carro iluminavam o restante da estrada de terra á frente, os pingos de chuva que atravessavam na frente dos faróis, raios que caiam um atrás do outro, trovões que fazia estremecer o chão, dos lados e atrás não era possível ver absolutamente nada, era pura treva.
Matheus e Nicolas desceram para tentar remover o tronco de árvore, mas era muito pesada, na escuridão dentro da mata, Fernanda disse ter visto olhos vermelhos olhando para eles, Nicolas pediu pra ela parar com aquilo, que deveria ser as faíscas das arvores que queimaram, Matheus deu risadas e disse como poderia ser faíscas naquela tempestade, eles entraram no carro e ficaram pensando uma forma de sair dali, para se distraírem, Matheus ligou o som e ficaram ouvindo The Number Of The Best, do Iron Maiden , acendeu uma marihuana e compartilhou com os amigos.
Na escuridão alguém ou alguma coisa passou correndo atrás do carro, Matheus perguntou aos amigos se alguém tinha visto aquilo.
- aquilo o que? Perguntou de volta Karina.
- alguém ou alguma coisa de chapéu passou correndo atrás do carro.
- se liga Matheus só deu uns tragos e já ta viajando?
Fernanda a mais medrosa diz:
- gente para com isso, não tem graça essas brincadeiras.
- mas eu to falando sério, passou alguma coisa correndo...
De repente alguma coisa subiu encima do carro e começou a bater no teto.
Matheus pediu para o amigo desligar o som e os faróis, que de alguma forma chamou atenção de algum bicho.
Uma revoada de corvos se aglomeraram em cima do carro e começaram a crocitar.
Enquanto isso na fazenda,a noite estava mais escura que o costume, Iva preparava o jantar, enquanto Kim se distraia consertando ou dando uma revisada no lança chamas, um corvo conseguiu entrar dentro de casa por algum lugar e pousou em um dos caibros que sustentava o telhado, com um grito alto começou a incomodar Iva, Kim tentava espanta-lo com uma vara mas o corvo se sentindo ameaçado,começou atacar Kim com voos rasantes, ele teve uma ideia repentina, pegou o lança chamas e apontou para o corvo que voou em sua direção tentando ataca-lo com bicadas, Kim não pensou duas vezes e acendeu o maçarico e lançou o fogo sobre a negra ave que caiu em chamas grasnando aterrorizantemente, logo em seguida vários corvos tentavam invadir a casa, muitas começaram a bater as garras e dar bicadas no vidro das janelas, Iva pegou uma vasoura e ficou perto de Kim, naquele momento um raio atingiu o milharal e alguns pés começaram a pegar fogo, o cachorro do caseiro começou a latir freneticamente, o caseiro e seu filho saíram para fora com lamparinas na mão e tentavam ver alguma coisa, viram o milharal pegando fogo, foram até a casa principal ver se o casal estava bem, Kim e Iva estavam na janela observando o fogo que aos poucos se apagava com a chuva e avistaram o caseiro e seu filho vindo em sua direção, nesse momento uma nuvem cinzenta de corvos grasnando ferozmente atacaram os dois homens que tentavam se proteger com as mãos, os dois caíram no chão quando Kim abriu a porta e correu para socorrê-los, alguns avançaram em sua direção, ele apontou o lança chamas e ateou fogo naqueles que tentavam se aproximar , muitos pegando fogo soltavam um grito terrível e assustador, mas aqueles homens se debatiam e gritavam de dor enquanto os corvos malditos dilaceravam seus corpos, quando Kim se aproximou deles, os corvos olharam para ele com olhos vermelhos como fogo, Kim se assustou mas se aproximou e lançou as chamas sobre eles, alguns caíram fumaçando no chão enquanto outros se afugentaram, Kim tentava Levantar os Homens, mas eles já estavam sem vida, seus olhos haviam sido arrancados, seus rostos todos com buracos feitos com as bicadas das malditas aves, com uma fúria descontrolável, o cachorro se soltou da corrente e partiu em direção ao milharal, na confusão toda Kim olhou para onde o cachorro estava correndo, foi quando ele percebeu que o espantalho havia sumido, no lugar só havia uma grande cruz de madeira queimada pelo raio que atingiu o milharal (...).
Ainda na estrada os amigos ainda estavam dentro do carro esperando a tempestade passar, os corvos permaneciam encima do carro, uma criatura grande de olhos vermelhos como fogo, vestido de caipira e um grande chapéu de palha atacou o carro quebrando os vidros com uma foice, as meninas começaram a gritar desesperadamente, os rapazes abriram o carro e tentaram atacar a criatura, mas com a foice ele cortou a cabeça de Matheus, enquanto sua cabeça rolava na lama, seu corpo que jorrava sangue ainda permanecia em pé por alguns segundos e desabou no lamaçal da estrada, as meninas foram atacadas pelos corvos dos infernos, seus gritos de terror e de dor ecoaram na escuridão, Nicolas tentou se proteger com um pedaço de pau que encontrou no chão, os corvos o atacaram enquanto o espantalho foi em sua direção, ele tentou correr mas um dos corvos começou a bicar seus olhos, com uma das mãos tentava se proteger enquanto a outra dava pauladas no ar tentando acertar os corvos, mas era tarde demais, os gritos das amigas são silenciados, ele sente um grande impacto em suas costas, não consegue sentir mais dor, os corvos não o incomodam mais, sente um liquido quente correr pelo seu corpo, a escuridão era total, a pouca luz que ainda podia ver, agora foi se apagando rápido demais, nem mesmo sentiu seu corpo cair por cima do tronco da arvore caída na estrada.
(...) Kim ouviu gritos de Iva dentro da casa, ele correu em sua direção dizendo que já estava chegando, quando ele entrou, viu sua amada morta e cercada pelos corvos grasnando e com os olhos ainda pendurados no bico, ao lado um grande espantalho de olhos vermelhos fumegantes com seu sorriso macabro juntamente com seu cachorro de dentes afiados e os olhos da mesma forma do dono estavam á sua espera, Kim segurou firme seu lança chamas e ateou fogo em direção aos inimigos, mas as aves do inferno formaram um escudo á sua frente e sacrificaram suas vidas para salvar o mestre, o fogo não atingiu o inimigo, nessa hora Iva se levantou e olhou para Kim com os olhos de fogo, o caseiro e seu filho também chegaram e o cercou, os corvos se afugentaram em direção ao milharal, nesta mesma hora seus amigos entraram, Iva se aproximou de Kim e disse que agora estavam todos reunidos, o espantalho desaparece juntamente com seu cachorro, ficaram apenas Iva e os amigos cadáveres de olhos vermelhos, Kim pediu pelo amor de Deus para não mata-lo, mas os amigos avançaram pra cima de Kim, cada um agarrou uma perna e um braço, Iva debruçou sobre seu corpo, Kim tentava se debater, mas estava seguro, ela aproximou seu rosto bem próximo ao de Kim, ele começou a gritar e viu a boca dela se transformando em bico igual ao dos corvos e se aproximando a sua, ele fechou os olhos para não vê-la arrancar seus olhos, mas o que ele sentiu foi uma grande quantidade de água gelada caindo sobre seu rosto, Kim acordou e viu os amigos o puxando pelos braços e pelas pernas, Iva dava risadas segurando uma jarra de água, seu coração batia tão forte que podia ver seus batimentos na camiseta grudada ao corpo misturada com suor e água gelada, em vez de ficar nervoso ele se levantou respirou profundamente e deu um grande beijo na sua amada, depois ele abraçou cada um dos amigos e perguntou o que eles estavam fazendo ali.
Iva tomou a frente e falou primeiro.
- você foi dormir pensando tanto nesta viagem que acabou tendo um pesadelo, primeiro começou a Murmurar e a se mexer demais na cama, mas agora de manha você piorou, eu não te acordei porque dizem que não era bom acordar quem está tendo pesadelo, aí você começou a gritar literalmente, fiquei com medo e sem saber o que fazer, liguei pros meninos que chegaram e resolveram fazer uma brincadeira com você.
- Mas e aí Kim, o que foi que você sonhou? Perguntou Nicolas.
- sonho? Isso foi pesadelo pesado mesmo, o pior de tudo é que em vez de um, tive dois pesadelos, um seguido de outro, mas depois eu vou contar pra vocês mas acho que não vou lembrar de tudo, mas foi punk!
- bom, de qualquer forma a nossa viagem está de pé não é? Pergunta Fernanda.
- o que? Você esta é maluca, meu pai não queria que eu fosse para aquela casa, acho que esse pesadelo quis me avisar alguma coisa, vamos viajar sim, mas vamos para outro lugar, se alguém tiver alguma ideia fique a vontade.
- minha tia tem uma casa para temporada em Paraty no interior do Rio, posso ligar pra ela, diz Karina.
- opa! Pode ser sim, só sei que não quero ficar em casa nas férias, comenta Iva.
Karina ligou para a tia e confirmou, a casa estava vazia, como as coisas já estavam prontas, era só pegar a estrada.
Todos foram para a rua, Kim desceu para a garagem para tirar o carro, Iva ficou esperando por ele na rua junto com os amigos, Iva entrou no carro que ia também Matheus e Karina, já que Nicolas e Fernanda foram na saveiro que levava as malas, agora era real, Kim estava finalmente indo curtir a férias com os amigos, tinha um bom caminho pela frente, mas o Rio era logo ali, Iva pediu para Kim ligar o som e por o cd do AC/DC, HIGHWAY TO HELL! Os carros sumiram na autoestrada, partindo para uma nova aventura, mas dessa vez sem pesadelos, assim esperava Kim. FINAL!
Um Sonho dentro de um Sonho
Tome este beijo sobre tua fronte!
E, desvencilhando-me de ti agora,
Permita-me confessar -
Não erras, ao supor
Que meus dias têm sido um sonho;
Ainda se a esperança esvaiu-se
Numa noite, ou num dia,
Numa visão, ou em nenhuma,
Tudo aquilo que vemos ou nos parece
Nada mais é do que um sonho dentro de um sonho.
Permaneço em meio ao bramido
Da costa atormentada pelas ondas,
E seguro em minha mão
Grãos dourados de areia-
Quão poucos! E, contudo como arrepiam
Por entre meus dedos às profundezas,
Enquanto choro e quanto choro!
Oh Deus! Não posso eu segurá-los
De punho mais firme?
Oh Deus! Não posso salvar
Um único da onda impiedosa?
Tudo aquilo que vemos ou nos parece
Nada mais é do que um sonho dentro de um sonho.
(Edgar Allan Poe)
PARALISIA DO SONO:
Você está dormindo em sua cama… de repente, acorda, mas, para sua surpresa, não consegue se mexer… “o que está acontecendo?” você pensa, enquanto olha para seu corpo, imóvel na escuridão do seu quarto.
Enquanto isso acontece, você nota algo diferente. Então percebe: não está sozinho.
Pior, uma presença com forma humana esmaga seu peito. E ela é má.
Você acordou no mundo dos sonhos, e não há nada que possa fazer a respeito.
Esse fenômeno estranho acontece com uma porcentagem estimada de 50% da população pelo menos uma vez na vida. No meu caso acabei acordando uma das pessoas que dividia a casa comigo com meus gritos, depois que a paralisia passou (história real).
O que é?
A Paralisia do Sono é caracterizada por uma paralisia temporária do corpo imediatamente após o despertar ou, com menos frequência, imediatamente antes de adormecer. Também é conhecida como Atonia REM por estar diretamente relacionada à paralisia que ocorre como uma parte natural do nosso sono REM, a fase do sono em que ocorrem nossos sonhos mais vívidos. Durante esta fase os olhos movem-se rapidamente (em Inglês, rapid eye movement) e a atividade cerebral é similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado.
Como é sabido, nosso cérebro paralisa os músculos durante essa fase do sono para prevenir possíveis lesões pelo fato de algumas partes do corpo poderem se mover durante o sonho (principalmente ao sonharmos que estamos caindo ou quando damos uma pancada na parede). Quando acordamos subitamente o cérebro pode “não perceber” e o estado de paralisia não é desativado.
O resultado vocês já devem prever: a pessoa fica consciente, mas incapaz de se mover. Para piorar o cenário de desespero esse estado pode ser acompanhado pelas chamadas alucinações hipnagógicas, que envolvem imagens e sons, características dessa condição.
Alguns cientistas acreditam que este fenômeno está por trás de muitos relatos de abduções alienígenas e encontros com fantasmas (tenho certeza que vai ter muita gente reclamando nos comentários).
Os sintomas (adaptado da Wikipedia)
Paralisia: ocorre pouco antes da pessoa adormecer ou imediatamente após despertar. A pessoa não consegue mover nenhuma parte do corpo, nem falar, tem apenas um controle mínimo sobre os olhos e a respiração.
Alucinações: Imagens e sons que aparecem durante a paralisia. A pessoa pode pensar que existe uma presença atrás dela ou ouvir sons estranhos. As alucinações parecem-se muito com sonhos, possivelmente fazendo a pessoa pensar que ainda está sonhando. Algumas pessoas relatam também sentirem um peso no peito, como se alguém ou algum objeto pesado estivesse pressionando-o.
Estes sintomas podem durar de alguns poucos segundos até vários minutos e podem ser considerados assustadores para algumas pessoas.
Pouco se sabe sobre a fisiologia da paralisia do sono. Já foi sugerido que ela esteja relacionada à inibição pós-sináptica de neurônios motores na ponte do tronco cerebral. Particularmente, níveis baixos de melatonina podem interromper a despolarização em atividade nos nervos, a qual previne o estímulo dos músculos.
Alguns estudos sugerem que existem vários fatores que aumentam a probabilidade da ocorrência de paralisia do sono e de alucinação. Eles incluem:
• Dormir de barriga para cima;
• Agenda de sono irregular; cochilos; privação de sono;
• Stress elevado;
• Mudanças súbitas no ambiente ou na vida de alguém;
• Um sonho lúcido que imediatamente precede o episódio; a indução consciente da paralisia do sono também é uma técnica comum para entrar em um estado de sonho lúcido;
• Sono induzido através de medicamentos, como anti-histamínicos.
• Uso recente de drogas alucinógenas (essa era fácil de imaginar que estaria na lista)
• Espero que tenham gostado deste conto, abraços e até o próximo encontro!