A CASA DA COLINA (o medo é seu maior inimigo)
Ivanova e Kim eram um casal de universitários que moravam na capital paulista. Ela filha de russos e ele de sul coreanos radicados no Brasil.
Ela estudava medicina e ele veterinária, os dois planejaram que nas férias viajariam para Juquiá, uma cidade do vale do Ribeira. Ficariam em uma casa; herança dos avós de Kim, em um lugar afastado do centro da cidade chamado Iporanga. Na noite antes de viajar Kim e Iva dormiram juntos no apartamento de Kim, ansioso ele ficou imaginando como seria a casa e acabou dormindo profundamente.
O grande dia finalmente chegou. O casal era extremamente organizado, foram à frente para arrumar a casa, depois ligariam para os amigos avisando que estava tudo pronto e que poderiam vir. A casa não fivaca exatamente na cidade e sim em um bairro que ficava mais afastado. Para chegar lá tinham que atravessar uma ponte de madeira e mais trinta minutos de estrada de terra, no trajeto quase não se via casas e sim muita plantação de bananas, Iva como era chamada por Kim e pelos amigos, dormiu durante a viagem, mas acordou quando percebeu que estava chovendo e alguns pingos bateram em seu lindo rosto rosado.
O GPS não funcionava corretamente, não sabiam se estavam na rota certa ou não, seguIram um mapa feito à mão pelo pai de Kim que procurou algum morador ou alguma pessoa na estrada para perguntar onde ficava o endereço, mas não havia ninguém, só mato e pés de bananas e um rio que acompanhava por toda a estrada.
Kim não sabia da existência desta casa, só ficou sabendo por que ele descobriu alguns documentos guardados entre as coisas da mãe que havia morrido há dois anos, então o senhor Park, pai de Kim, contou-lhe sobre a casa, mas disse para o filho não á procurar, porque era um lugar amaldiçoado, seus pais morreram lá e o corpo da sua mãe jamais foi encontrado, no caso "os avós de Kim".
Finalmente chegaram á um vilarejo. Respiraram fundo e pararam o carro em frente a um bar onde há alguns homens conversavam e tomavam cachaça, Iva ficou no carro enquanto Kim desceu e pediu informação, ninguém sabia informar, Kim ficou meio desconfiado e voltou para o carro até que um menino correu em sua direção e disse que conhecia o lugar, mas avisou que era um lugar ermo no meio da mata, pediu para eles não irem para lá que era um lugar assombrado, muitos que passaram a noite lá por perto jamais voltaram para casa; a polícia só foi lá durante o dia, eles vasculharam tudo e não encontraram nada, nenhum corpo e nenhuma pista do desaparecimento das pessoas, a única coisa que viram, foi sangue, muito sangue no chão e nos troncos de arvores. Iva ficou apavorada com a historia contada pelo garoto, Kim, deu risada e disse que essas coisas não existiam, entrou no carro e seguiu caminho, mas antes agradeceu ao garoto e deu-lhe uns trocados. Agora estava mais calmo, sabendo que estava na rota certa, prosseguiu na estrada por mais cinco quilômetros mata adentro até chegar a uma bifurcação, no mapa não aparecia aquela bifurcação, mas o garoto havia informado que era para entrar à direita quando chegasse nesta placa que estava amarrada em um tronco de arvore.
Kim perguntou se Iva realmente acreditava na historia do garoto, ela disse que não havia motivo para o garoto inventar tudo aquilo, e se as pessoas que conhecerem o lugar não voltaram como ele disse, - como é que ele sabe de tudo isso?
Kim ficou meio pensativo por uns instantes, mas disse que estava tudo bem era só impressão, por estarem ali sozinhos, quando os amigos chegarem ficará mais tranquilo.
Parte 2
Finalmente chegaram. A casa era cercada por arame farpado, estava com aparência de estar muito tempo abandonada, ficava no alto da colina, apesar de ter chovido, estava muito quente, era uma casa muito reforçada, apesar de parecer fragilizada pelo tempo. Era feita com paredes duplas de blocos de concreto chapiscada com cimento pelo lado de fora, não parecia que foi usada como disse o garoto, havia uma grade de ferro protegendo a porta de entrada, as janelas também tinham grades de proteção e todas estavam em perfeitas condições. Ao lado havia outra casa, provavelmente seria uma edícula.
Kim procurou as chaves da casa, mas não as encontrou e perguntou se Iva sabia onde estavam. Ela respondeu que ele é que havia separado as chaves ainda no apartamento em São Paulo, aí ele lembrou de que esquecera as chaves em cima da cama, Iva se desesperou, não acreditava no vacilo de Kim, que não acreditava que havia cometido um erro desses. A única coisa que poderiam fazer era ligar para os amigos para pegarem as chaves com o porteiro do prédio e pegar as chaves que estavam em cima da cama. Ainda era cedo, não passava das treze horas da tarde, mas estavam com fome e Iva precisava ir ao banheiro. Kim ligou para Nicolas o sinal era péssimo, mas conseguiu falar com ele e pediu que pegasse as chaves no seu apartamento, Nicolas brincou e o chamou de burro, mas disse que já estava indo pegar e que iria chamar os outros amigos e combinariam para saírem juntos.
Sem saber o que fazer,o casal entrou no carro e fizeram um lanche, Iva disse que precisava ir ao banheiro, Kim sugeriu que ela levasse o papel higiênico e fosse a qualquer lugar, já que não havia ninguém para ficar observando a não serem os pássaros ou alguma cobra, Iva não gostou da brincadeira e foi fazer xixi atrás de uma arvore, enquanto estava agachada ouviu um barulho no mato, o xixi foi interrompido e voltou para perto de Kim avisando que ouviu um barulho, Kim deu risada e disse que não era nada, devia ser algum tatu ou porco do mato, mas ela ficou assustada e Kim para deixa-la calma, foi até o local e examinou o mato, mas não viu absolutamente nada.
Depois de comerem o lanche, resolveram dar uma olhada em volta da casa para ver se encontravam uma forma de entrar, mas era impossível. As grades eram muito bem reforçadas, pareciam que foram projetadas contra tanques de guerra, resolveram então olhar a casa que ficava ao lado, era uma espécie de casa de caseiro ou uma edícula, tentaram entrar, mas havia grades também na porta, o estranho é que esta casa não tinha janelas e sim pequenos buracos nas paredes com um tipo de exaustor. Kim começou a ficar irritado,chutou a porta e xingou a si mesmo, Iva pegou a filmadora e começou a filmar Kim nervoso, disse que ia gravar tudo para que ele se lembrasse da mancada que havia cometido, ele correu atrás dela para pegar a câmera, ela correu em volta do carro e por um instante a brincadeira fez com que ficassem calmos, Kim pediu desculpas para Iva e a beijou.
O celular de Kim tocou, era o amigo Nicolas, disse que estava a caminho junto com os outros amigos, Karina, Fernanda e Matheus, já estavam na rodovia, daqui umas duas horas eles chegariam. Kim deu as dicas de como chegariam lá, informou os detalhes da estrada e quando chegasse à bifurcação entrarem à direita e seguisse em frente, o sinal caiu, mas ele conseguiu explicar o caminho.
O tempo passou e Iva ficou impaciente, reclamou que já estava escurecendo e nada dos amigos chegarem, tentaram ligar para os amigos, mas não havia sinal. Na estrada o carro em que trazia os amigos furou um pneu, Nicolas parou no acostamento e tirou o estepe, mas no carro não tinha macaco, os amigos brincaram com ele, - como é que não carrega um macaco no carro? Ele justificou que desde que comprou o carro, nunca verificou se tinha macaco, era a primeira vez que ele precisava, - Fernanda disse que sempre tinha uma primeira vez. Agora ele não poderia falar nada do vacilo de Kim, o jeito era esperar um carro passar e pedir ajuda, mas naquele lugar não passava ninguém, já era noite e ligaram o pisca alerta e aguardaram sentados. Enquanto isso na casa da colina Kim e Iva ficaram dentro do carro, escutavam barulhos estranhos no mato, na verdade a casa ficava no pé de uma montanha e entre a mata fechada. A noite era um breu, não conseguiam ver absolutamente nada, alguma coisa passou voando sobre o carro, Iva deu um grito e se agarrou em Kim, que a acalmou dizendo que deveria ser alguma coruja, Kim saiu do carro e foi até o porta malas e pegou as lanternas, voltou para dentro do carro e deu uma para Iva, que qualquer barulhinho ela já apontava a lanterna, um grito de uivo ecoou no meio da mata, aí o desespero tomou conta dela, Kim também ficou com medo mas tentou acalmar a namorada.
Enquanto isso na estrada os amigos continuavam esperando socorro, as meninas ficavam desesperadas e começaram a chorar, Matheus avistou faróis ao longe se aproximando, todos ficaram apreensivos com esperança, o carro se aproximava, acenaram e pediram ajuda, o carro parou.
Era uma viatura da policia que fazia patrulha na estrada, os rapazes deram graças a Deus e explicaram a situação para os policiais que informaram para eles que ali era um local muito perigoso, que havia casos de pessoas desaparecidas que nunca foram encontradas. O policial perguntou para onde estava indo. Nicolas explicou onde ficava a casa, os policiais não aconselharam eles a irem a aquele local naquela hora da noite e disseram para encontrarem um local e passarem a noite, mas Karina disse que não podiam fazer isso, porque seus amigos estavam nesta casa esperando por eles com as chaves. Os policiais olharam um para o outro disseram que eles estavam correndo serio perigo e resolveram escolta-los até o local.
Os rapazes ficaram preocupados com os amigos, que ficaram do lado de fora da casa naquela escuridão e desprotegidos.
Parte 3
Finalmente chegaram ao local, chegaram mais rápidos com a escolta dos policiais que conheciam o local, mas nunca haviam ido até lá, já que há muito tempo não morava ninguém, achavam que nunca mais ninguém voltaria ali, porque há muito tempo atrás pessoas que andavam no meio da mata desapareciam misteriosamente, principalmente os palmiteiros, homens que se embrenhavam na mata durante dias e noites a procura clandestina de palmitos.
Os jovens correram até o carro e observaram as portas abertas e sem ninguém dentro, os faróis do carro iluminavam a casa, mas não havia sinal dos amigos, Karina entrou em desespero e gritava chamando os amigos, mas era em vão, cada um pegou sua lanterna, os policiais disseram que iam dar uma volta a lado da casa com as armas na mão, enquanto os quatro ficaram olhando se havia algum caminho na mata onde poderiam ter corrido, mas não encontram nada, Nicolas pegou as chaves e abriu a grade da porta depois abriu a porta de aço e entrou na casa, procurou o interruptor e ligou a luz, que acendeu, piscou por alguns segundos e apagou novamente, uivos ecoavam na mata que assustava ainda mais as meninas. os policiais chegaram e disseram que não haviam nada, Nicolas pediu para todos entrarem na casa, um enorme morcego passou raspando a cabeça de um dos policiais que atirou mas provavelmente não acertou, todos correram para dentro e Nicolas trancou novamente as portas.
Matheus encontrou um lampião, procuram um isqueiro, mas ninguém fuma, um dos policiais disse que tinha um na viatura e pediu para Nicolas abrir a porta para ele ir buscar, Karina pediu para ele ter cuidado, mas ele disse que estava armado, e que não era nada, apenas um pássaro de hábitos noturnos, que havia se assustado com a luz, o policial chegou até o carro e abriu a porta, quando de repente apareceu um vulto enorme.
Ouviram os gritos de socorro do policial, as luzes das lanternas tentavam encontrar o policial, mas só viram um vulto o arrastando para dentro da mata.
O outro policial saiu correndo para salvar o amigo, mas era tarde, ele ficou com medo de atirar e acertar o parceiro, ele chegou até a viatura e pediu socorro pelo radio, mas não há sinal, o radio nem os celulares não funcionavam. Ele recolheu a arma do parceiro que deixou cair no chão, aproveitou e pegou o isqueiro e voltou para dentro da casa.
As meninas juntas se acomodaram em um canto da casa enquanto Matheus acendia o lampião, finalmente um pouco de luz iluminava o breu dentro da casa, agora tentam entender o que estava acontecendo, procuram explicações, mas não acreditavam no que estava acontecendo, com a lanterna na mão Nicolas chamou o policial que estava armado para subirem até o andar de cima. Matheus ficou embaixo tomando conta das meninas, lá em cima também estava muito escuro e encontraram outro lampião preso na parede, o policial o acendeu e quando iluminou o quarto, percebeu que as janelas também estavam todas protegidas com grades e muitas réstias de alho.
Crucifixos estavam espalhados pelo quarto, o teto apesar de ser com telhas de barro, era protegido por uma grande grade de ferro com pequenos espaços e ainda protegidos com uma tela fina não permitindo a entrada de ratos ou alguma ave, havia duas camas ao lado de outra com alhos e crucifixos presos na cabeceira da cama, uma bíblia estava aberta sobre o criado mudo, foram até o outro quarto, mas estava trancada, Nicolas desceu para pegar as chaves com Matheus.
Voltou novamente para o andar de cima, passos eram ouvidos no telhado, o policial tentava ver com a lanterna, mas não via nada, Nicolas finalmente conseguiu abrir a porta e entrou, a decoração eram a mesma, alhos pendurados nas janelas e na cabeceira das camas, acenderam mais um lampião, de repente morcegos gigantes e dentuços se agarram nas janelas tentavam entrar, o policial jogou a luz da lanterna sobre ele que logo fugiu, agora eram passos no telhado, que fazia balançar as telhas. No andar de baixo as meninas começaram a gritar, morcegos se penduravam nas janelas, na porta de aço alguma coisa grande tentava entrar e batia forte na grade de proteção, mas Nicolas gritou lá de cima para ficarem calmos, que eles não iam conseguir entrar, ainda dentro do quarto ele viu um armário embutido na parede, tinha um cadeado, mas não tinha as chaves, o policial pediu que ele se afastasse e atirou no cadeado, Nicolas abriu o armário, encontrou algumas coisas estranhas, algumas garrafas com liquido dentro, estava escrito de caneta,” água benta”, também encontrou uma estaca de madeira e um rifle, ao lado tinha uma caixa de madeira com seis balas de prata, e uma folha com alguma coisa escrita em latim.
Nicolas recolheu a garrafa, a folha de papel e a estaca, o policial fica com o rifle e a munição e desceram para se juntarem ao grupo, mas antes o policial abriu uma gaveta do criado mudo e encontrou um tipo de arma de pressão, parecia um brinquedo de criança, um cano largo e comprido, parecia um tipo daquelas pistolas de arremessar bolas de tênis, não acharam interessantes e deixaram lá mesmo. Apesar de estarem todos em pânico a casa oferecia certa segurança, mas por pouco tempo, as mulheres estavam com fome, a comida e roupas cobertores estavam tudo no carro, os lampiões começaram a enfraquecer a luz, o querosene estava acabando, os lampiões começaram a se apagar, as meninas se desesperam. - Calma ainda tem as lanternas, dizia Matheus, Fernanda perguntou para Nicolas o que eles tinham encontrado lá em cima.
Ele disse o que havia encontrado e aí é que elas entraram em pânico de vez, Karina estava tão nervosa que não dizia nada, os olhos falavam por si, teria que manter a calma, cada um deles precisava uns dos outros e tudo o que fizessem dali pra frente teria que ser em grupo e tinham que terem calma para vencer aquela guerra, sabia que tudo parecia um pesadelo, não sabiam exatamente o que estava La fora, mas tinham que sair dali e procurar por seus amigos.
Tinha uma estaca, uma garrafa com água benta e um rifle que esta com o policial com balas de prata alem de uma folha de papel com alguma coisa escrita em latim, então temos que relacionar tudo isso e usar a seu favor. Os ponteiros não passavam da meia noite ainda. Karina que estava calada resolve falar.
- Nicolas essas coisas que você encontrou são para matar vampiros e lobisomem, agora as escrituras na folha de papel nem imagino para que seja.
- Fala serio, “disse Matheus”, essas coisas só existe em filmes de terror.
- É mesmo? “Ironizou Nicolas”,- e essas coisas que pegou o policial La fora e esses morcegos vampiros que querem entrar aqui dentro é mentira?
- Porque os avos do Kim guardavam estas coisas no armário e fizeram todas estas grades nas janelas e portas? - Ele sabia de tudo isso, mas porque Kim nunca comentou nada disso? Comentou Fernanda.
Nicolas respondeu:
-Seus pais nunca falaram para ele dessa casa. Só há alguns meses que ele ficou sabendo por que encontrou fotos e documentos dessa casa no meio das coisas de sua mãe, então seu pai contou sobre a casa, kim estava ansioso para ver a casa e queria que a gente viesse com ele.
A conversa serviu para acalmar e distrair um pouco a tensão, mas não foi por muito tempo, um grande vulto peludo, meio lobo meio homem com dentes enormes se atracou nas grades da janela e tentava arranca-la, o policial atirou nele, que se afastou, mas retornou logo em seguida, a grade estava quase saindo da parede quando Karina lembrou que as balas de pratas são para matar lobisomem, então o policial carregou o rifle e quando se preparava para atirar o lobisomem fugiu para a mata. Agora os lampiões se apagaram de vez, Karina comentou que geralmente uma casa de campo tinha algum gerador de energia, o policial confirmou dizendo que sim, que a maioria das casas antigas e longe do centro urbano tinha geradores, com certeza havia um por ali, mas onde?
Parte 4
Com a lanterna tentaram descobrir algum cômodo da casa que pudesse estar o gerador, mas não encontraram nada. - Deve estar La fora - disse Matheus, - mas como vamos sair com esses bichos querendo nos matar?
Na escuridão Fernanda foi até a cozinha onde ninguém tinha ido ainda, quando pisou numa parte do piso de madeira, percebeu que fez um barulho de oco e chamou os meninos.
– olha tem alguma coisa aqui embaixo, está oca aqui.
Nicolas iluminou com a lanterna e percebeu que havia uma porta no chão que levava a um porão.
- o gerador deve estar lá embaixo, vou dar uma olhada.
Ele procurou as chaves e abriu o cadeado que trancava a porta do porão, pediu para ficar lá em cima que ele ia sozinho, Fernanda disse para ele tomar cuidado, desceu as escadas de madeira devagarzinho, quando pisou nos degraus, fez um barulho de que ia quebrar, mas pisou com cuidado, tirou as teias de aranha que atravessavam sua frente, havia muitas ferramentas, foices, martelo, moto serras, tralhas de pescaria.
Um barulho atrás de uma parede de divisórias chamou atenção de Nicolas que foi ver imaginando que deveria ser ratos.
Mas quando olha de perto uma velha com os olhos esbugalhados e brancos tenta agarra-lo, ele gritou e saiu correndo em direção à escada, acabou caindo e machucou o joelho e saiu se arrastando e uma velha vinha se arrastando tentando alcançá-lo, Nicolas se esforçava e tentava chegar às escadas e pediu socorro, até que ele conseguiu subir os degraus e aquela velha zumbi conseguiu segurar na sua perna e o puxou de volta para baixo ele gritou muito misturando aos gritos dos amigos que tentavam fazer alguma coisa, mas era em vão, os gritos de Nicolas silenciaram, causando mais pânico e desespero, a velha retornou tentando sair do porão, o policial atirou, mas não aconteceu nada com ela que continuou tentando sair,a mão da velha ainda ficou para fora, mas Matheus com uma faca a golpeou fazendo com que ela recolhesse para dentro e finalmente conseguiram trancar a porta.
Por um instante tudo ficou calmo, pareciam que os monstros haviam dado uma trégua, o policial olhava pela janela e não via nada La fora, Matheus disse que precisava pegar as coisas que estavam no carro, Karina disse que não era boa ideia sair lá fora, Fernanda ainda estava em choque e ficava chorando sem parar. O policial disse para Matheus abrir a porta que ele ia até o carro, Fernanda gritava para não abrir a porta, Karina também dizia que não era boa ideia, mas Matheus dizia que precisava das coisas que estavam lá, principalmente água e comida, então tomou uma decisão, ele abriu a porta e ficou com uma arma e o policial foi até o carro.
Matheus abriu as porta de aço e depois a grade, o policial saiu bem devagar e cauteloso, correu até o carro, abriu a porta pegou as sacolas e voltou para a casa, neste instante um morcego gigante voou em sua direção, Matheus mirou a lanterna nele e atirou com o revolver, acertou em cheio o morcego que quando caiu no chão se transformou em homem e depois virou cinzas. Com o barulho outros morcegos se aproximaram e ataca o policial, ele se abaixava enquanto Matheus dava cobertura com a arma, Matheus acertou mais um que caiu e se transformava em uma linda mulher que em seguida virava cinzas também, finalmente o policial conseguiu entrar, mas o lobisomem apareceu e tentava entrar, Matheus conseguiu fechar a porta de aço, mas não à grade, o monstro peludo e dentuço bate forte na porta com suas garras, Karina e Fernanda não tinha mais voz para gritarem só abaixavam a cabeça, cobriam os olhos e choravam.
Do lado de dentro a porta de aço balançava com as pancadas, os pinos que a prendia na parede começaram a se soltar, o policial preparou o rifle com as balas de prata, enquanto isso os vampiros faziam a mesma coisa nas grades e a velha criatura tentava sair do porão. Matheus olhava no relógio, ainda eram 02h00min da madrugada, mais um pouco de paciência o dia começaria a clarear, mas cada minuto demorava equivalente a uma hora, ouvia-se um barulho La fora, os vampiros em forma de meio humanos e meio vampiros começaram a destruir os carros.
Abriram os capôs dos carros e destruíram arrancando fios e cabos, o lobisomem apareceu na grade da janela, através de um vidro quebrado, o policial mirou com o rifle e atiroi, mas a bala pegou no braço dele que uivava de dor e saiu correndo para dentro da floresta, mas os vampiros não se assustaram e furiosos continuaram destruindo os carros.
Enquanto isso dentro da casa, Matheus abria as sacolas e distribuía as garrafas de água para as meninas, separou uma pra ele e para o policial, em outra sacola tinha alguns itens que eles iam usar para decorar a casa, algumas bexigas, bandeirinhas coloridas e algumas garrafas de bebidas, até que no meio do pandemônio Karina teve uma ideia, - vampiro não morria com água benta? Então, a gente podia encher as bexigas e jogar neles, - o problema é como vamos fazer isso. - Já sei, - diz Matheus, - tem uma coisa La em cima que vai dar certo. subiu no andar de cima e foi ate o quarto e pegou aquela arma de pressão, desceu e pediu para as meninas irem enchendo as bexigas com a água benta, elas encheram varias, Matheus recarregou a arma com a bexiga e foi até a janela com o vidro quebrado e mirou em um vampiro e atirou a experiência da muito certo, assim que a bexiga bateu, ela explodiu e espalhou a água no seu corpo que começou a queimar imediatamente, ele mirou em outro e acertou também, assustados os outros fugiram no meio da escuridão. Por um instante tudo ficou silencioso, apesar de estarem em pânico, as meninas se sentiram um pouco mais seguras, com a luz das lanternas eles se reuniram no chão da sala e fizeram um lanche, Karina não se conformava com tudo aquilo, era para estarem com os outros amigos se divertindo e agora tinha um morto junto com um dos policiais e dois desaparecidos que provavelmente estavam mortos também.
Todos estavam cansados e com sono, Matheus dizia para as meninas dormirem um pouco que eles ficariam de guarda, elas disseram estar com medo e que não iam conseguir dormir, o policial dizia que agora aqueles bichos iam dar uma trégua, eles sabiam que tinham uma boa arma contra eles, que dava para eles três irem dormir La em cima.
Fernanda disse que ia, mas se Matheus e Karina também fossem, então cansados e com sono eles formam para o quarto de cima, já era quatro da manha e logo amanheceria, enquanto dormiam o policial ficava andando pela casa, para não chamar atenção dos malditos ele apagou a lanterna, sentou em uma cadeira de frente para a porta e acabou adormecendo. Amanheceu, mas todos ainda estavam dormindo, do lado de fora o alguém chamava pelo radio da viatura, mas ninguém ouviu, o policial despertou e viu que já era dia, olhou para fora pela janela, mas havia uma grande neblina, quase não dava para ver os carros que estavam há poucos metros, olhou para o relógio, era cinco horas da manha, subiu para ver os rapazes, ainda estavam dormindo todos juntos, ele acordou um a um, acordaram assustados mas logo foram tranquilizados pelo policial que disse que estava tudo bem que já era dia.
Levantaram-se aos poucos procuraram o banheiro, Matheus disse que não tinha água, - era de se esperar dizia Karina, escovaram os dentes com água mineral e lavaram o rosto.
Enquanto as meninas preparavam um lanche, Matheus e o policial aproveitaram a pouca claridade e vasculharam o resto da casa, mas nada de diferente foi encontrado, voltaram para a cozinha e comeram o lanche com refrigerante, Matheus disse que ia descer no porão para ligar o gerador, apesar de todos não concordarem, ele dizia que os mortos vivos não atacavam durante o dia, ele pediu para o policial abrir a porta do porão, ele desceu cautelosamente, mesmo assim os degraus rangiam cada passo que ele dava já La dentro ainda estava tudo escuro, tropeçou em uma cadeira velha, mas nada aconteceu, então se sentiu mais seguro, atrás de uma prateleira de aço encontrou o gerador, puxou a corda e deu a partida no motor que não pegou, percebeu que estava faltando combustível, procurou por galões de diesel, foi até uma parede de tijolos onde uma lona cobria galões, ele tirou a lona e não só descobriu o diesel como também uma pequena passagem escondida atrás dos galões, talvez estivesse ali de propósito para alguém descobrir quando precisasse do combustível, mas isso ele deixaria para depois, o importante agora era ligar o gerador. Pegou dois galões e abasteceu o gerador, tentou três vezes dar partida, mas nada, nesse momento o policial chegou para ajuda-lo, disse que fazia tempo que o motor não era ligado, então precisava dar um curto para o motor funcionar, pegou um pedaço de fio e deu um choque na lataria, depois puxou a corda e deu a partida, o motor pegou imediatamente fornecendo energia para a casa toda, as meninas gritavam de alegria lá em cima, agora todo o porão e a casa estavam iluminados, procuraram pelo corpo do Nicolas, mas só viram rastros de sangue, o corpo havia sumido.
Eles saíram e trancaram novamente a porta, aproveitaram para dar uma geral na casa, ver se encontravam mais alguma coisa útil, agora eram perceptíveis as réstias de alho nas janelas, no armário da cozinha havia varias garrafas de água benta estocada, vários objetos de prata e uma panela de ferro ao lado de um molde para fazer projétil. Depois de vasculhar e não encontrarem nada resolveu sair e procurar pela bomba de água deu mais uma olhada pelas janelas, apesar de dia, a neblina não deixava a luz de o sol penetrar, a casa estava situada bem no centro de uma mata fechada com árvores coníferas muito alta, e ainda ao pé da montanha onde as nuvens ficavam mais baixas, mesmo assim resolveram sair, o policial com o rifle, Matheus com a arma de pressão e as meninas com as lanternas, primeiramente foram até os carros, os motores estavam totalmente destruídos, o radio da viatura estava funcionando, alguém do outro lado chamava no radio, o policial respondeu, mas ninguém conseguia ouvi-lo, o radio também havia sido danificado. Procuraram aos arredores da casa, mas não encontram a bomba d’água, - só podia estar dentro da edícula, disse o policial.
Matheus abriu a grade e depois a porta, ligaram o interruptor e já avistaram a bomba e o poço, Matheus ligou o motor, mas também não funcionou, - os fios estão oxidados, disse o policial, com um canivete de bolso, o policial cortou os fios e raspou para tirar a oxidação, religou os fios e acionou o motor que funcionou perfeitamente, do lado de fora as meninas ouviram barulhos de sussurros, mas não sabiam exatamente de onde vinha, a neblina aumentava a ponto de um quase não ver o outro, Fernanda resolveu voltar para a casa antes dos outros, Karina pediu para ela esperar, mas ela correu para a casa com medo e sumiu na neblina, alguns segundos depois ouviu seus gritos, alguma coisa a pegou e arrastou para longe dali, seus gritos iam ficando mais fracos até desaparecerem totalmente.
Karina gritava pelo nome da amiga, ela se agarrou em Matheus que disse que era melhor eles ficarem dentro da edícula, trancaram as portas e cansados sentaram no banco de madeira, na edícula não tinha janelas, apenas pequenas janelinhas redondas abertas no alto das paredes com pequenos exaustores para diminuir o calor e ventilar o ambiente seco. Karina se desesperou e dizia que ia morrer também, Matheus dizia que nada ia acontecer com ela, que ele não ia deixar, o policial observou que havia uma portinhola na parede dos fundos atrás de um balcão de madeira, por uma brecha ele viu que ela dava uma linha reta até a porta que fica no porão por causa do desnível do terreno, as duas paredes ficavam a poucos metros uma da outra, mas alguém tinha que entrar na casa e abrir a outra portinhola do porão que está trancada por dentro. Matheus disse que ia tentar entrar na casa e se conseguisse ele ia ate o porão e abriria a outra portinhola, Matheus se molhou com água benta e correu em direção à porta da casa, Karina gritava pra ele tomar cuidado, mas ele sumiu na neblina, ficou um enorme silencio o nervosismo tomava conta dos dois que ficaram na edícula, o policial trancou as portas e foi olhar pela brecha da portinhola aguardando algum sinal de Matheus. A demora deixava Karina e o policial ainda mais apreensivos, mas finalmente Matheus deu sinal com a lanterna, - ele conseguiu diz o policial, - Karina, - vou até a outra janela para saberem que estou aqui, enquanto isso você abre a portinhola e corre até a outra que o Matheus está te esperando, aproveita e leva o rifle. Enquanto o policial ficou na janela observando a frente apontando a lanterna em direção da mata, Karina correu em direção da outra, Matheus abriu a portinhola e ela entrou, agora aguardavam a vez do policial.
Do lado de fora, na parte da frente da casa e da edícula, que ficavam lado a lado, vultos corriam de um lado para o outro desaparecendo na intensa neblina, ouvi-se se barulhos estranhos e agressivos, coisas andavam sobre o telhado da edícula, o policial estava preso ali e sem armas. Do outro lado Matheus e Karina esperam pelo policial.
Apesar de ser dia, a neblina ficava cada vez mais intenso, agora o policial ficou quieto, se escondeu e desligou a lanterna, acho que eles desistiram (pensava ele), ele se aproximou da portinhola, tentava ver a outra pela brecha da parede, mas a neblina impedia então ele ligou a lanterna e tentou fazer contato com Matheus, do outro lado Matheus tentava ver alguma coisa apontando a lanterna em direção à portinhola, o policial entendeu que ele estava dando sinal para ele ir, só que Matheus não estava vendo nada, o policial saiu e trancou o cadeado da portinhola e correu em direção a outra onde estava Matheus, mas ele ainda não havia aberto a portinhola, Matheus viu o policial correndo em sua direção, ele tentou abrir a porta, mas quando o policial bateu na portinhola, alguma coisa grande e cinzenta como a neblina o agarrou e arrastou seu corpo em direção á floresta, era possível ouvir seus gritos que logo silenciaram. Matheus e Karina se desesperaram saíram do porão e sentaram no sofá velho da sala, se abraçaram, choraram, mas Matheus dizia que precisavam manter a calma e tentar pensarem em alguma coisa.
Pelo relógio seriam onze horas da manhã, com o desgaste físico e psicológico, Matheus e Karina foram para o quarto, deixaram as armas próximas, e resolveram deitar abraçados e adormeceram.
Parte 5
Na delegacia onde trabalhavam os policiais, o delegado achando estranho o fato dos policiais não responderem seus chamados e nem ter retornado á delegacia, o delegado enviou uma viatura procurar pelos policiais, seria fácil já que era só seguir a sinalização do GPS da viatura.
Depois de um sono profundo, Matheus e Karina acordaram com fome, pegaram as armas e foram até a cozinha, Karina preparou o lanche enquanto Matheus observava o tempo lá fora, ainda estava com muita neblina, mas aparentemente calmo, Matheus comentou com Karina como é que eles iam sair dali, ninguém sabia que estavam ali, Karina disse que quando sentirem falta dos policias, alguém da delegacia iria mandar procura-los, - é verdade, responde Matheus, essa é nossa única esperança.
Enquanto comiam o lanche, ouviam uma sirene de carro de policia se aproximando.
- você é demais, eles te ouviram, dizia Matheus a Karina.
Eles observaram as luzes da viatura, mas quase não os viam, a neblina ainda estava muito forte, dois policiais saíram da viatura com armas na mão, observaram os carros destruídos e perceberam que havia alguma coisa errada naquele lugar.
Quando pensavam que seriam salvos finalmente, os policiais foram cercados por vampiros, não deu tempo nem para usar as armas, Matheus e Karina assistiam tudo, apesar de estarem á poucos metros, a neblina fazia com que só vissem vultos atacando, os faróis da viatura iluminava o palco de horrores, quando os vampiros fugiram, apareceu o lobisomem que arrastou os corpos para dentro da mata. Aterrorizada, Karina grudou-se no corpo de Matheus que também tremia de medo, mas sabia que não podia fraquejar, já era final de tarde, logo ficaria tudo no puro breu, mas pelo menos eles ainda tinham energia, mas por pouco tempo.
As luzes começaram a piscar, de repente a energia foi interrompida, ficou um breu só, Matheus procurava as lanternas, mas não as encontrou.
Quando estavam no porão e retornaram para o interior da casa, alguém esqueceu a porta aberta, na escuridão Karina encontrou uma lanterna, mas não funcionava, Matheus começou a gritar por Karina pedindo socorro, Karina finalmente fez a lanterna funcionar, apontou em direção da voz de Matheus, ela viu uma criatura horrível.
Uma velha com aspectos orientais, com roupa em farrapos, a pele se desprendendo do corpo, ela puxou Matheus para dentro do porão, Karina em desespero tentou segurar o amigo, mas nesta mesma hora apareceu outra criatura com os mesmos traços, só que era um velho que sussurrava alguma coisa em língua oriental e segurou na sua mão e a arrastou também para dentro do porão.
Depois dos gritos de socorro de Matheus e Karina, o silencio predominou.
Passado algumas horas o tempo finalmente melhorou, a neblina começou a dissipar, mas não totalmente.
Quando Kim e Iva estavam ainda no carro, sem saber para onde ir nem o que fazer, pegaram as mochilas e lanternas e correram numa direção que imaginaram em ver alguma luz, no caminho escuro Iva tropeçou e caiu dentro de um poço artesiano desativado, Kim para socorrê-la, desceu dentro de um grande balde de alumínio que estava amarrado com uma corda, lá embaixo Iva machucada pedia socorro, o namorado já lá embaixo a pegou e a puxou para dentro do balde que parou há alguns centímetros do chão, quando Kim iluminou o fundo do poço observou muitos ratos tanto no chão como nas paredes, Iva se desesperou, Kim percebeu que alguma coisa passou sobre a abertura do poço, ele pediu para Iva ficar quieta, olharam para cima e viram uma criatura com asas olhando para eles, mas como estava muito escuro, eles não foram vistos.
Ficaram dois dias dentro do poço, comendo o lanche e bebendo água que estavam na mochila, apesar de terem ouvido tudo o que aconteceu lá fora, não podiam sair porque seriam atacados, depois das mortes de Matheus e Karina, tudo ficou calmo e percebeu que não havia mais perigo, Kim escalou a corda e subiu até chegar do lado de fora do poço, logo em seguida ele puxou com uma manivela o balde que Iva estava dentro, do lado de fora eles observavam o lugar, parecia estar tranquilo e foram em direção da casa, mas enquanto seguiam abraçados, do nada apareceu uma criatura com dentes pontudos e olhos amarelos, um grande vampiro toma Iva dos braços de Kim que tentava impedir, mas foi tudo em vão, sem menos esperar ele também é agarrado por uma grande criatura peluda, olhos amarelos e boca de lobo, que estava com um dos braços ferido, mas uma força incomum, o chacoalhou freneticamente, ele ouvia os gritos de longe de Iva o chamando pelo seu nome, a criatura começou a bater forte no seu rosto.
Kim acordou totalmente assustado com Iva gritando para ele acordar e dando tapas no seu rosto que estava molhado de suor, ele sentou na cama com a camiseta encharcada e abraçou Iva que pediu para ele se acalmar, Kim estava tendo um pesadelo e como ele não acordava Iva teve que bater no seu rosto, enquanto ela foi pegar um copo de água para ele, avisou que já ligou para seus amigos, que logo mais estariam chegando. Ele não entendeu direito, aí que ele observou que não estava em seu apartamento, olhou para o teto e viu caibros cobertos com telhas e se levantou rapidamente e foi ver onde estava, abriu a porta e avistou um grande milharal que não tinha fim, Iva chegou com a água, então ele perguntou o que estavam fazendo ali, Ivã disse que era a casa de seus avós. Na estrada ele havia dormido a viagem toda e quando chegou era uma fazenda no meio do nada, só tinha plantações de milho, um senhor e um rapaz que era seu filho que tomavam conta e um cachorro muito estranho e bravo que ficava amarrado junto ao celeiro, Kim ainda estava apavorado e não acreditando no que estava acontecendo, uma grande tempestade estava se formando, o vento forte derrubou um poste de energia.
Kim pediu para Iva ligar para os amigos não virem, Iva não entendeu nada, mesmo assim ela ligou, mas não havia sinal no celular, a chuva começou a cair, então Kim foi até a varanda da casa e tentou avistar ao redor da casa, mas só viu muito mato e terras com plantação de milho, ele olhou para um espantalho na frente do milharal, vestido de camisa xadrez e com calça social e botas amarradas aos pés e um grande chapéu de palha, muitos corvos se aproximaram e pousou nos seus braços abertos, Kim paralisado ficou olhando para o espantalho que abriu os olhos vermelhos e sorriu para ele, Kim começou a gritar.
- nãoooooooooooooooooooooooo! Tudo de novo nãoooooooooooooooo!(...)
A casa da colina 2 (o espantalho) continua.....