Adrwey - Cap. 1 - O caçador

Em uma noite escura, John e Rony tentam tomar a decisão correta na mansão dos Janet’s, que se encontrava em um sítio americano.

-Temos que resolver isso antes que a tia chegue, ou você quer ser deserdado?- Indagou John.

-Você tem ideia de como fazer isso, gênio? -Disse Rony com tom zombeteiro.

-Na verdade tenho, mas quero que saiba desde já que não vai ser tão divertido para a vovó. -Falou John com a voz desafinando frequentemente.

-É o seguinte, Nicolas falou se tivéssemos problemas, entrássemos em contato com o cara desse cartão. O cartão estava muito gasto, mas o importante ainda estava legível:

Adrwey, o soberbo

Caço o que me dizem para caçar.

9313-6274

-Não vejo outra saída.- Choramingou Rony. - Você liga e chama ele.

Quando disse isso, John já estava ligando, chamou duas vezes, quando chegou na terceira, uma voz rouca e grave diz um alô fantasmagórico.

- Adrwey, o soberbo?- Perguntou John.

-Diz o endereço, chego o mais rápido possível.- Respondeu a voz do outro lado da linha.

***

Após alguns minutos chega um velho alto, aparentemente estando em seus 60 anos, ele tinha uma longa barba e cabelos igualmente longos, cuja cor era um negro muito escuro que ficava harmoniosamente combinado com sua capa negra.

-Qual é o problema? -Quis saber o velho.

Rony respondeu gaguejando com sua voz tremula. –É que... Nós...

-Deixe de rodeios e diga qual é o serviço, vermes malditos!-Gritou o velho.

John parecia mais frio que Rony e respondeu qual era o serviço.

-É o seguinte, nós temos uma avó muito velha, ela nos criou desde a morte da nossa mãe, e dentro de uma semana chegará nossa tia que vem com o intuito de ficar com toda a fortuna da nossa avó, porém no momento o testamento consta só nós dois como herdeiros e...

-Nem mais uma palavra. -Interrompeu o velho soberbo. –Não aprovo um velho pôr um fim em outro, mas é meu trabalho, não é? Onde a velha está?

-Lá em cima... Primeira porta à direita. -Informou Rony não menos assustado.

-Antes de tudo, quanto custa o serviço?- Indagou John que parecia ser o mais interesseiro.

-Depende de como a velha se comportará lá em cima.- Afirmou o caçador. -Ela pode ter uma arma.-(Nesse instante ouviu-se um ruído no andar de cima.) -Bem, é melhor eu ir andando. -E tirou uma seringa e uma arma com silenciador de um bolso interno de sua capa, ao dirigir-se para escada perguntou aos garotos. –Vocês têm certeza se é isso que querem?

John fez que sim com a cabeça.

Adrwey subiu as escadas e foi ao encontro da porta que lhe haviam informado, ao pegar na maçaneta empurrou a porta vagarosamente fazendo um rangido que até os garotos escutaram de tão silenciosa que estava aquela noite, ele averiguou o interior do quarto, havia somente uma cama e uma cadeira de balanço que estava com uma velha sentada, à balançar.

A velha virou sua cabeça para Adrwey, que assustou-se a ponto de atirar em um porta-retratos que estava na parede, ele ainda não estava acostumado com a idéia de matar velhinhas.

-Diga à eles que o dinheiro ia ser deles de qualquer forma. Disse a velha como quem chorando.

Adrwey impiedosamente apertou o gatilho e acertou a cabeça da pobre velha em cheio, e ela caiu no chão de olhos abertos. Adrwey desceu a escada às pressas e falou com os garotos:

-Quando eu estiver bem longe, chame a policia, digam que chegou um homem e subiu a escada, falem tudo que escutaram e agora me paguem.

-É que... Temos que... Esperar receber a grana do testamento. - Falou Rony.

-Malditos! Eu bem que poderia matar vocês agora mesmo, entro em contato em breve e é melhor vocês terem todo o dinheiro.

O velho saiu pelos fundos e desapareceu na mata.

***

Tock! Tock! Tock!

Alguém batia na porta da casa dos Janet’s.

Allan Marques
Enviado por Allan Marques em 16/06/2012
Código do texto: T3726988
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