E agora?

Sempre achei que era dono de tudo, cedo abandonei o lar paterno em busca de mim e de fortuna. Conheci Helena moça meiga e gentil e claro a filha de meu patrão. Não a amava e por grana me casei com ela. Minha mulher era doce e meiga, comecei a me aborrecer com tanta bondade. Eu tinha dinheiro e agora quiz minha felicidade. Comecei a espancar a sonsa, notei que Helena começou a perder a lucides. Minha mulher engravidou e eu fugi do lar que para mim era o purgatorio. Helena perdeu totalmente a sanidade, e quando vi meu filho o primeiro sentimento honesto brotou em meu peito. Amei Rodrigo desde o primeiro instante, e percebi que amava Helena e com meis modos brutos corrompi meu lar. Nunca mais Helena voltou a lucides, com dor a coloquei num hospicio. Eu a amava mais tive de refazer a vida, não podia casar mais gostei de Alice moça esbelta e delicada. Ela se tornou minha amante, Rodrigo crescia a olhos vistos. Todo domingo ia visitar minha amada Helena. O tempo correu veloz. Alice se tornou meu apoio, quando Rodrigo tinha dezoito anos os apresentei. Notei uma troca estranha de olhares entre os dois, mais decidi ignorar. Um dia fui visitar Alice e a vi na cama com meu filho, sem pensar descareguei o revolver nos dois. Chorei ante a traição do filho amado, percebi que perdera tudo por não ter dado valor a minha Helena, fui traido da mesma forma que a traira em seus sonhos de mulher. Fugi igual um covarde, sabia que me ligariam ao crime praticado. Fui procurar a unica pessoa que me amou verdadeiramente. Segurando nas mãos de Helena e comtemplando seus olhos vazios, percebi que eu já não tinha nada, eu não era nada. Ouvi de longe o barulho de um carro de policia. Peguei o revolver coloquei na boca e antes de tudo se apagar olhei pela ultima vez minha doce Helena, finalmente eu a deixaria em paz, a mesma que eu lhe roubei.

Alesandra Cristina
Enviado por Alesandra Cristina em 16/06/2012
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