Marcha Fúnebre – O despacho do demônio – Segunda parte
Após um banho abriu uma garrafa de whisky norueguês que ganhou de presente de seu falecido avô, e saboreando o suave e ardente sabor de sua bebida planejava como iria realizar sua macabra vingança. Atento com os hábitos de John Mc e Rimel Farm, percebeu uma brecha na vida de John Mc que depois de conselheiro era produtor e locutor de um programa noturno de rádio, e sempre chegava entre doze e meia e uma hora da manhã. John Mc era casado, mas sem filhos. Na terça, meia-noite, Arnold já estava preparado com seu plano de vingança em mente, estacionou seu carro em uma rua transversal a de sua presa John Mc.. John chegou em sua casa sem fazer muito barulho como era de costume, fechou a porta e deu as costas, quando ouviu uma batida na porta, abriu-a e não havia nada. Quando virou para entrar, sentiu apenas um golpe em sua cabeça que lhe fez perder a consciência instantaneamente. Sua mulher ao ouvir o barulho desceu as escadas e ao ver seu marido desacordado correu a seu socorro, quando se agachou próximo ao seu esposo, Arnold lhe desferiu um golpe brutal em sua cabeça, agora com os dois desacordados, amarrou-lhes e tapou suas bocas com fita adesiva, apenas sua mulher ficou com os olhos vendados. Quando retomaram a consciência Arnold já estava com um fio desencapado em suas mãos, em meios sussurros agoniantes dos dois, Arnold colocou o fio no pescoço de John Mc, que sofreu uma descarga elétrica terrível, seus olhos estufaram e o cheiro de queimado tomou todo o ambiente. A esposa de John apenas ouvia os gemidos de dor e desespero, e cheiro de queimado que penetrava suas narinas. Eletrocutado John sangrava por todas as suas mucosas cavernais, enquanto Arnold sorria constantemente. Logo após concretizar sua vingança recolheu o corpo de John, colocou-o em seu carro e partiu para sua residência. A mulher de John foi deixada para trás com vida e foi salva logo de manhã pelo entregador de jornal. Ao chegar em sua casa recolheu o corpo de Meg pois junto ao de John e desovou em um local próximo da cidade em que já era conhecido por ter muitos rituais satânicos. Mas faltava um...
A cidade ficou chocada com os acontecimentos, a morte de duas pessoas de certa forma influentes, e pela forma dos crimes tudo levava a crer que foram vitimas de um ritual satânico mortal. Uma espécie de sacrifício. As investigações foram direcionadas aos grupos que eram simpatizantes com sacrifícios. Após dois dias sem respostas resolveram dar inicio a marcha fúnebre simultânea dos dois. Muitas pessoas, quase a cidade inteira participaram da marcha, Arnold para não levantar suspeita, também compareceu ao quadro do terror, que ele mesmo foi o autor. Olhou para o prefeito Rimel Farm, e focalizou uma lágrima do mesmo, mas seu desejo era de abrir sua cabeça e comer seu cérebro ali mesmo, mas sua tranquila e diabólica mente não permitiu (a vingança é um prato que se come frio).
O prefeito seria o mais difícil pois sempre estava rodeado de populares e puxa-sacos, então se infiltrou na casa de Rímel Farm. Especificamente no quarto. Logo após o enterro Rimel foi para sua casa, e como era de costume foi tomar um banho depois de uma ida ao cemitério. Quando entrou no banheiro Arnold já estava a sua espera e o estrangulou com uma violência que quebrou seu pescoço e vomitou todo seu café. Arnold deixou o corpo para trás e foi para sua casa.
Chegando, tornou a invocar o demônio para cumprir sua parte do pacto, e disse: Venha pegar o que é teu, minha alma está à sua espera! Os objetos começaram a ganhar vida e tremular, no mesmo espelho que havia aparecido tornou a voltar, e disse: Sua alma já era minha desde que você buscou vingança, seu corpo e sua vida é minha parte!
Arnold sentiu uma dor enorme no estomago e sua vista escureceu de repente, e uma dor insuportável possuiu seu corpo, e desmaiou! Três dias após o despacho do demônio ele acordou, não sabia onde estava, percebeu que estava cego e tinha perdido o movimento de seu corpo. Tetraplégico, cego e perturbado ficara... A única coisa que ele ouvia era: choro, gritos, gargalhadas e vozes... E assim Arnold se perpetuou pelo resto de sua vida.