Marcha Fúnebre - O despacho do Dêmonio - Primeira parte
Portsmouth, Inglaterra 1985.
George Arnold, ex-fuzileiro das forças especiais da rainha inglesa e combatente náutico inglês, passou toda sua infância em Portsmouth, com seus pais e parentes, proveniente de uma família sociocultural rica, sempre teve acesso a vários livros de diferentes literaturas, desde Sociologia a física quântica, por isso desenvolveu uma intelectualidade mais elevada do que os seus conterrâneos. Quando voltou para sua cidade natal depois de ter passado quase trinta anos seguindo as forças militares inglesas, passou a cuidar do ramo em que sua família sempre teve sucesso, importação de tecidos indianos, que por sinal lhe dava uma tranquilidade financeira estável. Pouco tempo depois de retornar Arnold passou a morar sozinho, nunca teve filhos, nem se quer uma companheira para esquenta-lo nas frias noites inglesas, apesar dos seus cinquenta anos de idade. Fato que despertava curiosidade nos populares e dava um ar misterioso a Arnold, por sua família ser sempre simpática e sociável. Por ter muitas qualidades em um só ser humano, como: educação, sensibilidade, caridade e franqueza, acabaram despertando inveja em alguns habitantes locais, que por ele ter uma vida solitária e decente não conseguiram encontrar defeitos que o rebaixasse perante aos outros, então resolveram criar boatos de homossexualismo sobre Arnold.
Três pessoas em particular, que eram lideres políticos da região: Meg Wintson, John Mc., Conselheiros, e o Prefeito Rimel farm. Criaram esse boato de homossexualismo por terem ouvido supostos rumores de uma possível candidatura de Arnold, para talvez prefeito da cidade, que por ventura também não passava de boatos. Mas as noticias sobre a opção sexual de Arnold corria com o vento, e em pouco tempo, desde as crianças até os mais velhos da região já estavam convictos de que era verdade a homossexualidade de Arnold, pelo fato de hábitos misteriosos, e então surgiram chacotas e maus olhares em torno de Arnold e sua família. Isso lhe incomodava incessantemente ao ponto de lhe tirar o sono e lhe ocorrer taquicardia quase que constantemente. Por ser religioso tentara se agarrar com seu Deus, buscara soluções em orações e preces direcionadas aos esclarecimentos dos boatos mentirosos. Mas passando algum tempo percebeu que continuara recebendo os mesmos olhares e criticas, então em um final de tarde de domingo, chuvoso e muito raio no céu, não suportou mais aquelas acusações, e por ser muito pacifico percebeu que não conseguiria vingança com o moralismo de seu Deus. Revoltou-se contra seu próprio Deus, e começou a invocar o Demônio em suas palavras acarretadas de tristeza, vergonha, raiva e sede de vingança, de repente escutou um barulho mais não deu importância. É só um trovão. Quando olhou para o espelho viu uma face Demoníaca estampada no mesmo, de tanto medo ficou paralisado a frente daquele ser, com voz confundível com um trovão, que em poucas palavras, disse: Tu que me invocastes, e eu realizarei seu desejo. Dar-te-ei a força maligna que necessitares para suprir a tua sede de vingança! Mas voltareis para buscar o que me pertence. O mal está contigo. E Arnold respondeu quase involuntariamente: ele está no meio de nós. Quando fechou seus lábios, seu sangue começou a correr mais rápido em suas veias, seus olhos começaram a ferver, e sua face mudou: de olhos expressivos e uma face simpática, deu lugar a um olhar frio, penetrante e assombroso. Em uma visão privilegiada pelo Demônio, passam-se diante de seus olhos três rostos embaçados, mas seu coração demoníaco sentiu o intimo de suas vitimas, e lhe foi revelado os culpados.
Em sua cabeça começaram a surgir planos mirabolantes, detalhadamente premeditava o final que conhecia bem, a morte. A partir daí decidiu quem seria a sua primeira presa, analisou as circunstâncias que seriam apropriadas para o ataque feroz e minucioso. No dia seguinte, uma segunda-feira, soube da morte do avô de Meg, que acabara de falecer por motivos cardiovasculares. Meg costumava fazer exercícios matinais nas primeiras horas do dia em um bosque relativamente próximo a casa de Arnold. Ele se aproveita dessa situação, que com um pano embebido em sonífero a ataca e a sequestra, e a deixa trancafiada em um porão velho de sua casa, habitado exclusivamente por ratos e baratas. Logo mais a noite, vai até ao cemitério e profana o tumulo do avô de Meg, que já começava a apresentar sinais de um estado de putrefação, mas mesmo assim decapita o corpo já sem vida e leva a sua cabeça para casa. Voltando mais uma vez ao porão onde se encontra Meg, ela implora por sua vida, e pergunta por que Arnold esta fazendo aquilo. Arnold simplesmente diz: “A close mouth catches no flies (em boca fechada não entra mosca)”, e torna a induzi-la ao estado inconsciente e dai começa o seu ritual de vingança. Primeiro pega a cabeça de Murph, o avô de Meg que estava em um freezer, onde ele guardava alguns mantimentos, começa o ritual retirando a face de Murph com uma faca extremamente afiada, logo após põe sobre a face de Meg que continua inconsciente, e costura sobre a mesma. Então deixa uma vela acesa e um espelho sobre a mesa e esconde-se atrás de uma coluna com a mesma faca ensanguentada em punho, fica a espera do despertar de Meg. Quando Meg acorda senti seu rosto dolorido e quando toca sente algo pregado nele, dai quando se olha no espelho vê a face de seu avô morto sobre a sua, enlouquecida começa a cair sobre os móveis velhos e chorando desesperadamente, tenta arrancar sua face, quando Arnold aparece do nada e desfere cinquenta e sete facadas intermitentes! E logo após, guarda o corpo em seu freezer.
Continuação - Segunda Parte