O Garanhão das Sombras- parte VIII - O Festim das Delícias

O ocorrido que vou narrar, agora vai causar impacto e mutos acharão tratar-se do delírio fantasioso de uma alma agônica, que se encontra no plano espiritual, do baixo astral, no mundo das sombras. Acreditem foi real, e ao mesmo tempo bastante revelador, um alerta para os que vivem na matéria densa vivenciando apenas as delícias dos prazeres da carne que a vida na terra oferece.

Quando o homem na terra dorme, a sua alma não repousa, liberta-se do corpo e dirige-se para as regiões no astral que lhe atrai, de acordo com o seu estado vibracional.

Inseguros, adentramos pelas paredes de pedras, ricamente decoradas com tecidos vermelhos e pretos. Arranjos de flores negras se espalhavam pelo ambiente. Feras selvagens dividiam o espaço com as pessoas - algumas me deixaram amedrontado, devido ao seu aspecto monstruoso -, falos enormes pendiam do escroto, balançando. Uma cena improvável, explícita, desprovida de pudor. Algumas mulheres rodeavam tais feras, observa-as, com desejo, acho. Outras se encontravam deitadas no chão de pedras, coberto com tapetes vermelhos, tendo um dos braços sobre o dorso dos animais, mantendo-os quietos, ao seu lado. Todos olharam para o grupo de homens e mulheres que chegava, e eu entre eles.Éramos farrapos humanos, com a aparência de mortos-vivos, o rosto aparentando a dictomima da morte, pós-túmulo. Esfarrapados, sujos e fedorentos, famintos e com sede. Muitos estavam envergonhados ao serem expostos num ambiente tão chique, arrumado e festivo.

De um portal de dimensão exagerada, surgiu, por entre as cortinas negras, com tiras vermelhas, um deles - parecia ser o líder dali.

- Sejam bem-vindos, deserdados. Sou o Mestre de Cerimônia do Festim das Delícias. Sejam bem-vindos ao poço dos prazeres.

Bateu palmas, e a criadagem nos conduziu para um outro cômodo.

O lugar estava agitado. Muitos homens e mulheres. O que me impressionava era a diversidade dos tipos que ali estavam. Tinha da mais bela mulher à bruxa mais pavorosa. Do mais belo homem ao mais grotesco, de aparência detestável. Algumas mulheres eram bem jovens. Não havia privacidade. Nuas e nus passavam para todos os lados.

Fomos jogados numa grande banheira coletiva, espécie de piscina. A água era ardente, ardíamos em fogo. Alguns tentavam sair da água, mas eram empurrados por lanças de ponta redonda. Feras se posicionaram rosnando e mostrando os dentes em volta da piscina, de forma intimadora. Ficamos ali. Eu sentia uma espécie de visgo desprender-se de minha pele, ao modo de uma sujeiraO ocorrido que vou narrar, agora vai causar impacto e mutos acharão tratar-se do delírio fantasioso de uma alma agônica, que se encontra no plano espiritual, do baixo astral, no mundo das sombras. Acreditem foi real, e ao mesmo tempo bastante revelador, um alerta para os que vivem na matéria densa vivenciando apenas as delícias dos prazeres da carne que a vida na terra oferece.

Quando o homem na terra dorme, a sua alma não repousa, liberta-se do corpo e dirige-se para as regiões no astral que lhe atrai, de acordo com o seu estado vibracional.

Inseguros, adentramos pelas paredes de pedras, ricamente decoradas com tecidos vermelhos e pretos. Arranjos de flores negras se espalhavam pelo ambiente. Feras selvagens dividiam o espaço com as pessoas - algumas me deixaram amedrontado, devido ao seu aspecto monstruoso -, falos enormes pendiam do escroto, balançando. Uma cena improvável, explícita, desprovida de pudor. Algumas mulheres rodeavam tais feras, observa-as, com desejo, acho. Outras se encontravam deitadas no chão de pedras, coberto com tapetes vermelhos, tendo um dos braços sobre o dorso dos animais, mantendo-os quietos, ao seu lado. Todos olharam para o grupo de homens e mulheres que chegava, e eu entre eles.Éramos farrapos humanos, com a aparência de mortos-vivos, o rosto aparentando a dictomima da morte, pós-túmulo. Esfarrapados, sujos e fedorentos, famintos e com sede. Muitos estavam envergonhados ao serem expostos num ambiente tão chique, arrumado e festivo.

De um portal de dimensão exagerada, surgiu, por entre as cortinas negras, com tiras vermelhas, um deles - parecia ser o líder dali.

- Sejam bem-vindos, deserdados. Sou o Mestre de Cerimônia do Festim das Delícias. Sejam bem-vindos ao poço dos prazeres.

Bateu palmas, e a criadagem nos conduziu para um outro cômodo.

O lugar estava agitado. Muitos homens e mulheres. O que me impressionava era a diversidade dos tipos que ali estavam. Tinha da mais bela mulher à bruxa mais pavorosa. Do mais belo homem ao mais grotesco, de aparência detestável. Algumas mulheres eram bem jovens. Não havia privacidade. Nuas e nus passava invisível que nos cobrisse. A água tornou-se escura e fétida.

- Saiam, saiam, ja basta. Gritava o criado do banho.

Saímos da piscina - sentia-me limpo, lavado. Tinha a sensação de que a imundície espiritual que nossos corpos absorviam do ar, de onde estávamos havia se desprendido do meu corpo.

Numa sala ampla fomos apresentados um a um a uma espécie de mago- este fez uma mágica, ou seja la o que foi que fez. Ele olhava nos olhos e dizia : "você é uma linda mulher. tem seios firmes, durinhos. Coxas grossas e bunda grande. Rosto de deusa grega."

E, acontecia diante dos nossos olhos. A bruxa se transformava numa linda mulher. O seu corpo, ali, ao vivo sofria uma transformação incrível. Cheguei a pensar que estava delirando - fruto de alguma droga que podia haver naquela água da piscina. Um a um foram se transformando e recebendo indumentárias ou fantasias que remetiam ao sensualismo, um erotismo desenfreado.

la fora, no cômodo que abrigava a todos, chegava até nós o som de música e de muita algazarra. Feras selvagens viviam a solta, por entre todos. Falos enormes que balançavam ao andar. Senti-me enojado com aquela falta de pudor. Uma festa de Baco, parecia - uma suruba programada, talvez. Um bacanal organizado nas Sombras.

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 10/06/2012
Reeditado em 10/11/2012
Código do texto: T3715777
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