O Psicopata

Cortes precisos feitos por um bisturi, talvez. Uma lâmina de corte preciso. O primeiro corte, no mínimo foi feito no pescoço pra evitar que a vítima gritasse. Depois ele brincou com a morte dela. Riscos no rosto bonito para deformá-lo, e por fim, escreveu,desta vez nas costas:" LINDA DE MORRER". O corpo estava ali, inerte,despido. O delegado correu os olhos pelas suas curvas - ela era linda, linda de morrer.

Dizia o médico-legista para o delegado: - esta é a sexta, Dr. Todas neste padrão de beleza.

- A família ja sabe?

perguntou o delegado com a sua peculiar experiência- podia estar ali um crime comum pegando o embalo do doente que estava à solta na cidade retalhando indefesas mulheres. O que tem de mulheres sendo vítima da violência, principalmente daqueles que devia proteger - seus amores.

-Ninguém veio reclamar o corpo, até agora. Os pertences dela estão ali. Ele não levou nada. Desta vez, os caras do rebecão não tocaram nos pertences da vítima. Tem até alguns trocados, cartões de crédito, cartão de conta do banco e uma barra de chocolate.

- O que levaria um ser humano a matar outro desse forma, sem um objetivo específico, sem uma razão?

-Ora, doutor um psicopata não tem sentimentos, é uma mente doentia, fria e calculista. Traça um objetivo macabro específico, e pronto. Não é uma pessoa solidária, é desprovido de sentimentos. Não se solidariza com a dor do outro. E, não há um objetivo comum, como, por exemplo, vingança. Mata por matar.

- Triste que exista gente desta laia no mundo.

Dr. Edgar, era um delegado experiente. Foi designado pelo secretario de segurança pública para esclarecer os crimes atribuídos ao psicopata, ja que o delegado de outrora, não resolvera o caso. Capturá-lo, era o seu objetivo maior. A imprensa cobrava resultados. A sociedade estava em polvorosa. As mulheres lindas, apavoradas, as feias recuadas.

Não muito longe dali, as operadoras de telemarketing estavam aterrorizadas. Algumas pediram demissão, outras eram levadas pelos maridos, e estes iam buscá-las. A empresa providenciou seguranças para levá-las aos pontos de ônibus. A última vítima dele foi uma linda jornalista. Jovem, de carreira promissora.

O terror estava instalado.

Longe dali, na casa da última vítima.

- Gente tenho uma notícia triste. Nem sei como dizer...

-Fala logo, Armando, sei que algo de sério aconteceu com a minha filha. Ela não dormiria fora sendo uma mulher casada, responsável.

E, a notícia foi dada. Instalou-se o terror, o desespero. A dor da perda do entequerido, de forma cruel, violenta. Abrupta.

Para surpresa de todos soou a sirene do carro da polícia. Freada brusca, o cantar dos pneus no asfalto. Homens entraram apressados na pequena residência.

Dr.Edgar não perdia tempo.

Disse o delegado, interpelando o esposo da vítima:

- Quero falar com o senhor, mocinho. Está detido para averiguações. Tendo um advogado tratre de contatá-lo. Virá conosco.

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 07/06/2012
Reeditado em 23/02/2013
Código do texto: T3711695
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