O Ùltimo Beijo VI

No burgo a rotina diária desenvolvia-se. Os camponeses ordenavam as vacas. Colhiam feno e cuidavam dos porcos, plantavam ou colhiam. cavalos bravios eram domados para o trabalho no campo. As mulheres cumpriam com o seu dever ajudando aos seus maridos e olhando os filhos. Um grupo de cavaleriços treinavam os jogos de guerra. A terra era hóstil, onde a segurança teria que estar em primeiro lugar. Armas eram forjadas.

O príncipe Dlady repousava, enquanto as pessoas de sua confiança cuidavam de suas terras. Notícias trazidas do grande centro do reinado diziam que Lady Bella seria resgatada pelo exército do seu pai e dos aliados do mesmo. haveria uma negociação, caso o príncipe resistisse, estaria uma batalha feroz declarada. A igreja estava do lado contrário, uma força superior, que poderia ser vital nesta disputa. O príncipe não demonstrou preocupação ao receber a notícia. Ainda com o cheiro de sua vítima foi repousar ao chegar da alvorada.

Todos estavam á postos aguardando o pior. Os camponeses que ficam fora do burgo eram os mais anciosos - temiam serem as primeiras vítimas de espadas e lanças sanguinárias. Organizaram um grupo grande que renovava a vigilância na entrada do bosque de caminho único. As feras criadas no fosso em volta do castelo foram deixadas famintas, prontas para o ataque.

- Esta movimentação, Carlicia, o que está acontecendo?

Indagava lady Bella para uma das criadas.

- O seu pai virá buscá-la, dizem. talvez seja apenas um boato. Não têm certeza de que ele vive, após o seu rapto.

- Oh, meu Deus, não acredito que tenha tentado contra a vida de meu pai...Eu quero sair daqui, eu quero fugir. Quero que me ajude.

Então, a criada demonstrou o quanto ali todos eram fiéis ao vampiro. Deviam por gerações seguidas a proteção do príncipe das trevas, desde os bisavós. nada lhes faltavam. Comida, casa, segurança.

- Sinto muito. O príncipe respeita os que habitam no seu burgo. Somos a sua família, apesar de não vivermos como tal. No início, quando fui escolhida para os serviços no castelo, fiquei apreensiva, temia pela minha vida. mas, percebi o quanto ele tem uma alma nobre,apesar de ser um...um...

-Um vampiro.

-Isso, um ser das trevas...

-Não entendo como podem aceitar isso. e as vítimas que ele faz quando sente sede de sangue humano?

-Dizem que ele não ataca mais as pessoas, so os animais, alguns animais amanhecem mortos, dilacerados...

Lady Bella não se deixou levar por tal conversa. Entendia que as pessoas ali, faziam vistas grossas aos ataques vampirescos. E, sabiam que as vítimas escolhidas pelo príncipe das trevas não eram escolhidas de forma aleatória. Com o tempo, aprendera a ser um ser humano sutil, inteligente - perdera a porção animal, ou aprendera a tê-la em comunhão perfeita com o seu lado humano.

- Eu vou acabar com este mal, é inaceitável nas terras onde o cristianismo tem tanta força aturar tal manifestação do mal.

- Minha senhoria, pensei que o amava...

Redarguiu a criada, com espanto na sua face e com timbre de voz ressonante.

lady Bella, afastou-se sem nada dizer.

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 05/06/2012
Reeditado em 16/06/2013
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