Psicopata
Sou aquele que espreita,
Nas sombras da noite escura
De mim viste só a silhueta
Que vaga silencioso pela rua
Pela neblina branca e densa
Aguardo minha vítima passar
Meu raciocínio já não pensa
Minha fome maldita é matar
Já não faz efeito o tratamento
Muito menos sessões de terapia
A loucura é todo fundamento
Deste meu desvio de patologia
Tenho um distúrbio dissonante
E devoto a fé no canibalismo,
Ouço vozes ao espírito delirante
Mata com prazer e sadismo
Com a faca esquartejo o refém
Corto-lhe os nervos dos tendões
Que esta falecida alma no além
Faça-me sentir humanas emoções
Perdi a noção da própria realidade
Que permeia cada semelhante,
Sou o criador de toda bestialidade
Um assassino de mente brilhante
Vou lhe arrancar toda a extensão
Da pele que cobre tua epiderme,
Beber do sangue a minha porção
E decompô-lo como um verme
Peço então se tem uma noção,
Arma-te do revolver e se mata
Ranque com o tiro o seu coração
Ou seja vítima de um psicopata