O CONVITE DA MORTE
Caminhamos por estranhos caminhos, nunca sabemos o que realmente vamos encontrar ao cruzar uma esquina, ao adentrar por uma porta, como realmente será o dia de amanhã, ou como será o nosso fim. Estes pensamentos estavam a corroer a mente de Flávio, ele tentava se livrar deles, mas era inútil, tais reflexões pareciam uma pena que ele deveria cumprir.
Flávio percebia algo estranho acontecendo com ele naquele dia, pois ele cumprimentava as pessoas, mas elas não o respondiam, era como se ele fosse invisível. Os fatos estranhos começaram logo pela manhã quando Flávio percebeu que nenhum aparelho funcionava em sua casa.
O sol brilhava intensamente naquela manhã, porém de forma muito estranha e repentina a luz se converte em trevas. Uma voz grave e forte chama pelo nome do pobre Flávio, assustado ele olha para uma porta que se abriu à sua frente e lá dentro um homem alto, forte e com vestes negras estende a mão ao assustado rapaz lhe dizendo:
-- Venha Flávio, te mostrarei um novo mundo, pois você não pertence mais a vida. Venha comigo e te mostrarei os meandros da morte.
O desolado jovem grita assustado, ele tenta fugir, mas é levado em direção às trevas. E quando Flávio já se encontrava imobilizado pelo cavaleiro da morte, este lhe fala:
-- Pobre Flávio, se você tivesse me acompanhado de bom grado, seria transformado em um Ceifador e o seu sofrimento não seria tão grande, mas não te culpo, pois poucos homens caminham de bom grado em direção à morte. Ela é o caminho mais estranho e misterioso para vocês humanos que têm um grande temor pelo desconhecido.
E assim, o cavaleiro da morte em seu cavalo escarlate desaparece, cavalgando nas trevas com a alma do pobre Flávio espetada em sua foice sendo levada para a Suprema Morte.